CULTURAS DA INFÂNCIA: UM OLHAR PARA AS CRIANÇAS QUILOMBOLAS
CULTURES OF CHILDHOOD: A LOOK AT QUILOMBO CHILDREN
DOI:
https://doi.org/10.30712/guara.v1i17.40931Palavras-chave:
Culturas da Infância, Crianças, Crianças QuilombolasResumo
O projeto “Comunidade Quilombola: Constituição identitária e vivências formativas escolares e não escolares”, registrado no Sistema de Informação de Extensão da Universidade Federal de Goiás – Regional Jataí (PI0116-2016), foi desenvolvido na Comunidade Quilombola do Cedro, localizada no Município de Mineiros, Estado de Goiás. O estudo seguiu a regulamentação do Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CAAE nº 62116416.9.0000.5083, em conformidade com o parecer consubstanciado nº 1.864.576). Este trabalho buscou compreender a composição identitária e as experiências formativas escolares e não escolares de um grupo de sujeitos residentes no bairro Quilombola do Cedro, Mineiros, Goiás, a partir de dados coletados entre os anos de 2016 e 2022. Considerando que partimos de paradigmas da Psicologia e da Educação, dois campos que apenas recentemente se interessaram pelos estudos étnicos, foi necessário complementar os subsídios teóricos que sustentam este projeto de extensão com conhecimentos antropológicos. Assim, os resultados são frutos da conexão entre saberes antropológicos, psicológicos e pedagógicos. O aprofundamento da pesquisa teórica foi importante, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento humano contextualizado com base na teoria do desenvolvimento ecológico de Bronfrenbrenner (1996), que ajudou a criar uma mudança de paradigma na psicologia educacional. Entre os resultados, destacamos a verificação da cultura oral como forma de transmissão de conhecimento e valores; a relação com a terra e a natureza como importante vivência formativa não escolar; a capoeira, atividade muito presente na comunidade, como prática esportiva e também uma forma de expressão cultural; bem como o reconhecimento de que dentro de cada criança quilombola do Cedro há uma rica construção social, cultural e histórica, resultantes de uma interpretação única e especial que clama por atenção e valorização.
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