Marcas de uma pandemia
o narrar a si de um licenciando em química
DOI:
https://doi.org/10.47456/krkr.v1i15.37612Palavras-chave:
marcas; narrativa; pandemia; formação.Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar as marcas negativas – do ser menos – deixadas nas narrativas de vida de um licenciando em química, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Londrina, em tempos pandêmicos. A construção das narrativas ocorreu por meio da realização de uma entrevista áudio-gravada, de forma remota, com auxílio de uma plataforma virtual de reuniões, realizada a partir de um roteiro semiestruturado. Os dados produzidos foram analisados sob a óptica da análise de conteúdo que deu origem a três categorias: a) Marcas negativas que afetam o Eu; b) Marcas negativas que afetam o Outro e, c) Marcas negativas que afetam o Nós. Em seu narrar, o entrevistado mostra-se marcado pelo medo, angústia, vícios, vulnerabilidades, luto, entre outras marcas. Este processo de escuta atravessa as narrativas possibilitando a percepção das marcas negativas do ser menos deste licenciando, permitindo traçar estratégias formativas-constitutivas para superá-las e catalisar o seu ser mais.
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