A afetividade no contexto de ensino-aprendizagem de estudantes com deficiência

contribuições das teorias de Wallon e Vigotski

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo analisar as contribuições de Henri Wallon e Lev Vigotski[1] no contexto no contexto de ensino-aprendizagem e tem como eixo de discussão a afetividade no trabalho pedagógico de estudantes com deficiência. Ele fundamenta-se em uma abordagem teórico-metodológica na teoria Histórico-Cultural que une as teorias de Wallon, com sua ênfase na integração entre afetividade e cognição no desenvolvimento infantil, e de Vigotski, com sua perspectiva sobre a mediação social e a zona de desenvolvimento proximal. Foram feitas entrevistas semiestruturadas com professores que lecionam na EJA/NEEJA, abordando o entrecruzamento entre elementos cognitivos e afetivos na educação. Essa abordagem integrada busca construir relações de ensino-aprendizagem mais harmônicas e humanizadas, potencializando a transformação subjetiva dos estudantes. Os resultados obtidos apontam que ao implementar abordagens pedagógicas baseadas na teoria de Vigotski e de Wallon, as escolas podem não apenas respeitar as especificidades dos estudantes com deficiência, mas também maximizar seu potencial de desenvolvimento através de relações de afeto, o que consequentemente pode promover um ambiente educacional inclusivo e enriquecedor. A flexibilidade pedagógica e o uso de metodologias diferenciadas parecem ser essenciais para promover a inclusão de estudantes com deficiência, possibilitando que alcancem seu pleno potencial cognitivo e social. A revisão revela ainda que a interação social e o ambiente afetivamente seguro são elementos fundamentais para a construção de práticas educacionais inclusivas, conforme proposto pelos teóricos analisados.

Palavras-chave: Afetividade. Ensino-Aprendizagem. Educação Especial.

[1] Existem diversas variações da escrita do nome Vigotiski, tais como Vygotski, Vygotsky, Vygotskii e Wigotski. Sendo assim, adotaremos a grafia Vigotski, conforme Duarte (2001) e Prestes (2010). Entretanto, serão preservadas as variações utilizadas em cada referência bibliográfica, o que nos impedirá de padronizar a grafia do nome do autor.