A condição da entrada das mulheres no cangaço e sua importância para esse movimento do sertão nordestino (1930-1938)

Autores

  • Brenda Figueiroa de Santana Universidade Federal de Sergipe
  • Acassia dos Anjos Santos Rosa Universidade Federal de Sergipe https://orcid.org/0000-0002-5858-6628

DOI:

https://doi.org/10.47456/krkr.v1i23.47441

Palavras-chave:

Cangaceiras; Cangaço; entrada; resistência; sertão

Resumo

Este artigo tem por objetivo discutir as condições de entrada das mulheres sertanejas nos bandos de cangaceiros a partir de 1930, ano em que Maria Bonita inaugura a presença feminina no Cangaço, dessa forma, Lampião é destacado como aquele que permitiu uma mudança na estrutura dos bandos da época. As mulheres vão permanecer até o fim dos bandos, no ano de 1940, e diferente do que muito se afirmou, elas não enfraqueceram os grupos, pelo contrário, vai ser esclarecido o quanto foram importantes na resistência, na organização e na identidade do grupo, apesar de estarem inseridas num ambiente repleto de violência. Para tanto, foram consultadas pesquisas que valorizassem as memórias dessas mulheres a fim de construir um trabalho que problematizasse o lugar da sertaneja da época, bem como seus modos de vida.

Biografia do Autor

  • Acassia dos Anjos Santos Rosa, Universidade Federal de Sergipe

    Possui Doutorado em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Mestrado em Letras e Graduação em Letras Português/Espanhol pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Atualmente é professora Associada de Língua Espanhola do Departamento de Letras estrangeiras da Universidade Federal de Sergipe, onde atuou como coordenadora do colegiado do curso de espanhol (2023-2025). É Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) e do Programa de Pós-Graduação em Letras Estrangeiras (PPGLES) da UFS. É coordenadora Institucional do PIBID (2025-2026) e membra da Diretoria Executiva da Editora da Associação de Linguística Aplicada do Brasil (EDALAB 2023-2027). Integra o GT21 da ANPED - Educação e Relações Étnico-Raciais e participa do grupo de pesquisa Diálogos Interculturais e Linguísticos, atuando principalmente nos seguintes temas: identidades na América latina; educação linguística; mulheridades; educação decolonial; currículo e relações étnico-raciais; decolonialidade; formação de professores de espanhol; letramentos críticos e materiais didáticos.

Referências

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Publicado

25-06-2025