Contribuições e limites das bandas marciais escolares de João Pessoa
uma análise a partir de experiências de ex-integrantes
DOI :
https://doi.org/10.47456/krkr.v1i7.35625Résumé
As bandas marciais são atividades educativas presentes no cotidiano de diversas escolas. Elas podem oportunizar o fazer musical através da prática instrumental e, ainda, encaminhar diversos de seus alunos e ex-alunos a uma futura profissionalização em música. Entretanto, nem todos seguem a música como profissão e/ou ingressam em um curso de graduação na área. Neste sentido, este artigo apresenta um recorte de um estudo qualitativo de mestrado cujo objetivo foi investigar as percepções e experiências de dez ex-integrantes de bandas marciais escolares de João Pessoa (PB) – que não seguiram estudos superiores ou profissionalizantes nem carreira na área – a respeito de seus percursos de formação musical. Com vistas a conhecer os respectivos percursos de formação desses ex-integrantes, foram utilizadas entrevistas narrativas e, como complemento de informação, entrevistas semiestruturadas. A análise final foi construída através do entrecruzamento dos relatos dos sujeitos em diálogo com os estudos da área da educação e educação musical. Neste sentido, este texto discute como a participação em bandas escolares pode trazer diversas contribuições que fazem parte da memória de seus ex-integrantes até os dias atuais. Além disso, apresenta e analisa alguns limites presentes nas práticas musicais desses grupos que foram revelados nos depoimentos dos sujeitos entrevistados. Dessa maneira, espero que este estudo possa colaborar na compreensão das bandas como espaços significativos na vida de seus participantes, apontado, ainda, para a necessidade de se repensar e refletir sobre algumas de suas práticas educativas e musicais.
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