Experiências de escrita e escuta literária na cosmologia indígena com crianças em diferentes contextos culturais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/krkr.v1i10.32992

Resumo

Trata este texto de um estudo direcionado às culturas das cosmologias indígenas na referência de duas diferentes culturas de infâncias. A primeira constituída com crianças da etnia indígena Pataxó da Comunidade Indígena Pé do Monte, Monte Pascoal, BA; a segunda com crianças de um Centro Municipal de Educação Infantil, do município de Serra, ES.  No verte da pesquisa com crianças Pataxó, o objetivo foi conhecer as suas cosmovisões nos conhecimentos de origens. O outro objeto de discussão foi tecido a partir de exercícios pedagógicos com uma literatura indígena de infância que foi produzida a partir do primeiro estudo. Nesta circularidade, este estudo analisa os dois campos de conhecimentos constituídos em exercício multifacetado, compondo a narrativa etnográfica destes processos. Os conhecimentos abordados das produções culturais constituíram uma pesquisa qualitativa com crianças, na qual foram analisadas as suas narrativas de conhecimentos cosmológicos na referência dos povos nativos nos episódios interativos culturais nas escolas de educação indígena e na educação formal. As discussões estão ancoradas nos estudos culturais de alguns autores indígenas e na sociologia da infância, que reconhece a criança como sujeito social ativo e provedores de culturas. O texto enfatiza o reconhecimento e a valorização das diferenças étnicas arroladas pelo contributo literário nos dois lócus de pesquisa. O que subjaz a discussão é a desconstrução dos processos de opressões coloniais tecendo estigmas de violação das populações indígenas que ainda permanecem no imaginário dos que pensam o mundo especificamente eurocentrado.

Palavras-chave: Cultura indígena. Educação escolar indígena/formal. Infâncias.

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Biografia do Autor

Marina Rodrigues Miranda, Universidade Federal do Sul da Bahia / UFSB

Professora Especialista em Orientação Acadêmica em EAD pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT); Especialista em Educação Física Escolar pela Universidade Federal do Espirito Santo (UFES); Mestra em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES/2007) e Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/2013). Professora Adjunta - Nível I - da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB); Docente na Pós-graduação em Agro-Ecologia e Educação do Campo da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB); Líder do Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Experiência do Sensível (NUPEES) em linhas de Estudos e Pesquisas com Crianças nos seguintes temas: Educação de Infâncias quilombolas e indígenas; Membro do grupo de Pesquisa Imagens e Tecnologias e Infâncias (PPGE/UFES) com o tema de pesquisa: Culturas Infantis em comunidades tradicionais.

Maria Angélica Vago-Soares, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduada em Educação Artística pela Universidade Federal do Espírito Santo (2004). Mestre e Doutora em Educação na área de Linguagens Verbal e Visual (UFES), orientada pela professora Gerda Margit Schütz-Foerste na (PPGE-UFES).Participa dos Grupos de Pesquisa: Imagens, Tecnologias e Infâncias (PPGE-UFES) e do Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Experiência do Sensível (NUPEEES- UFBA). Professora do Ensino Superior, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), no Centro de Educação - Departamento de Cultura, Linguagens e Educação. Autora do livro: Infância, Arte e Cultura: experiências em (com)textos educativos, 2015 e do Conto infantojuvenil: Quita e Kristal: aventuras em uma cidade, 2020

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Publicado

30-06-2021

Edição

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Artigos