Leitura das ilustrações de “Barbazul” de Anabella López e os novos significados desse conto na contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.47456/krkr.v1i8.37559Palavras-chave:
Contos, Tradição oral, Literatura, Multimodalidade, BarbazulResumo
O presente trabalho tem como temática o letramento literário do livro ilustrado e os contos infantis clássicos ou tradicionais que são conhecidos pelas crianças, antes mesmo de elas ingressarem na escola. Os contos tradicionais foram copilados por escritores como Perrault, irmãos Grimm e Andersen, que ficaram popularmente conhecidos como autores de histórias para o público infantil. Na atualidade, observa-se um retorno a esses contos que são recriados de acordo com os questionamentos da sociedade e com os ideais de uma formação leitora crítica e emancipadora. Assim, o objetivo, neste trabalho, foi o de analisar as ilustrações da obra “Barbazul” (2017) de Anabella López, interpretando as escolhas feitas pela autora/ilustradora, a fim de identificar como ela cria novos significados para esse conto originalmente escrito por Perrault. Para isso, foi realizada uma revisão literária sobre as narrativas primordiais, sobre o contexto histórico em que a história de “Barba Azul” foi criada e sobre os significados simbólicos do conto. Em seguida, foram descritas, com base nos estudos da Semiótica Social e da Multimodalidade, as categorias da metafunção representacional no visual, por meio das quais as ilustrações do livro “Barbazul” foram analisadas. Por fim, os dados da análise mostram que López (2017) criou uma obra nova, na qual busca subverter a moral do conto original e os preceitos patriarcais, além de prestar uma homenagem às mulheres vítimas do feminicídio.
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