As Dificuldades Enfrentadas no Mercado de Trabalho e o Bem-Estar da Geração Z

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2023.12.2.39193.5-26

Palavras-chave:

Geração Z, Desemprego entre os jovens, Mercado de trabalho brasileiro e a geração Z

Resumo

A presente pesquisa teve como objetivo compreender como os indivíduos pertencentes à geração Z buscam contornar as dificuldades enfrentadas no mercado de trabalho e como seu bem estar é afetado nesse processo. Como método, foram realizadas 12 entrevistas em profundidade e os dados coletados foram analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo. Examinando os resultados obtidos, constatou-se que, diante das dificuldades enfrentadas no processo de busca por emprego, a ampla maioria dos entrevistados dedica-se à continuidade dos estudos para compensar a falta de experiência. Verificou-se ainda que vários dos jovens entrevistados, devido à necessidade de auferir alguma renda durante o período de desemprego, passaram a realizar trabalhos informais, em áreas totalmente distintas de sua formação. Finalmente, concluiu-se que, devido ao desemprego prolongado, os sujeitos da pesquisa passaram a se sentir aflitos, ansiosos e insatisfeitos com sua trajetória profissional.

Biografia do Autor

  • Harrison Bachion Ceribeli, Universidade Federal de Ouro Preto

    Professor Adjunto da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

    Vice-diretor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA/UFOP)

    Doutor em Administração pela Universidade de São Paulo (USP)

  • Renata Figueiredo Lourenço, Universidade Federal de Ouro Preto

    Graduada em Administração pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

  • Carolina Machado Saraiva, Universidade Federal de Ouro Preto

    Professora Adjunta da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

    Coordenadora do Observatório C.A.F.E. - Observatório em Crítica, Formação e Ensino em Administração

    Doutora em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referências

Abilio, C. L. (2019). Uberização: do empreendedorismo para o autogerenciamento subordinado. Psicoperspectivas, 18(3).

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. (2022, 1 de junho). Alterações na aplicação do Critério Brasil. Recuperado em 29/03/2023, de https://www.abep.org/criterioBr/01_cceb_2022.pdf

Araújo, E. T. T., Anjo, J. E. S., & Cappelle, M. C. A. (2022). Ser cringe aos olhos da geração Z: as implicações das gerações no mundo do trabalho. In ENANPAD - XLVI, Anais do Encontro da ANPAD, On-line.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Bastos, F. (2021, 6 de fevereiro). O desafio do primeiro emprego em plena pandemia. Estadão, Caderno Economia. Recuperado em 05/05/2022, de https://economia.estadao.com.br/noticias/sua-carreira,o-desafio-do-primeiro-emprego-em-plenapandemia,70003607698

Bharat, C., & Mahanandia, R. (2018). Generation Z entering the workforce: the need for sustainable strategies in maximizing their talent. Human Resource Management International Digest, 26(4), 34-38.

Borges, M. L., Silva, & P. A. G. (2013). Implicações de um cenário multigeracional no ambiente de trabalho: diferenças, desafios e aprendizagem. In ENGPR - IV, Anais do Encontro de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Brasília, Brasil.

Braga, R. (2021, junho). A “nova informalização” e a perversidade da plataformização do trabalho. Instituto Humanitas Unisinos. Recuperado em 17/12/2021, de https://www.ihu.unisinos.br/159-noticias/entrevistas/610195-a-nova-informalizacao-e-aperversidade-da-plataformizacao-do-trabalho-entrevista-especial-com-ruy-braga

Chicca, J., & Shellenbarger, T. (2018). Connecting with Generation Z: approaches in nursing education. Teaching and Learning in Nursing, 3(3), 180-184.

Coelho, R. N., & Aquino, C. A. B. (2009). Inserção laboral, juventude e precarização. Psicologia Política, 9(18), 275-289.

Coelho, B. L., Silva, K. M. C., & Bomfim, R. (2021). A divisão sexual do trabalho na mineração no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais: apontamentos e questões introdutórias que (des)inviabilizam (novas) sujeitas que são exploradas na mineração. Cadernos de Direito, 20(39), 5-22.

Corseuil, C. H. L., Franca, M. P., & Poloponsky, K. (2020). A inserção dos jovens brasileiros no mercado de trabalho num contexto de recessão. Novos Estudos CEBRAP, 39(3), 501-520.

Critikián, D. M., Altaba, M. S., & Oceja, J. F. S. (2022). Hábitos de consumo de moda através de influencers en la Generación Z. Vivat Academia. Revista de Comunicación, 155, 39-68.

Deloitte. (2021). A call for accountability and action - Millennial & Gen Z survey. Recuperado em 17/12/2021, de https://www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/br/Documents/human-capital/Deloitte%20Millennial%20Survey%202021_Global.pdf

Davis, C., Martin, G., Kosky, R., & O'Hanlon, A. (2000). Early intervention in the mental health of young people: a literature review. Bedford Park: Australian Early Intervention Network for Mental Health in Young People.

Dyniewic, L. (2020, 3 de outubro). ‘Geração Crise’: jovens são os que mais sofrem com segunda recessão em cinco anos. Estadão, Caderno Economia e Negócio. Recuperado em 17/12/2021, de https://www.estadao.com.br/infograficos/economia,geracao-crise-jovens-sao-os-que-mais-sofrem-com-segundarecessao-em-cinco-anos,1120790

Fagundez, I. (2016, 4 de novembro). Diploma inútil? Porque tantos brasileiros não conseguem trabalho em suas áreas. BBC Brasil. Recuperado em 29/03/2023, de https://www.bbc.com/portuguese/brasil-37867638

Feixa, C., & Leccardi, C. (2010). O conceito de geração nas teorias sobre juventude. Sociedade e Estado, 25(2), 185-204.

Folger, J. K. (2016). The job market for college graduates. The Journal of Higher Education, 43(3), 203-222.

Ghiraldelli, R. (2021). Trabalho, reformas ultraliberais, desigualdades e pandemia no Brasil: os sentidos da crise. Trabalho, Educação e Saúde, 19, e00326158.

Glaser, B. G., & Strauss, A. L. (1999). The discovery of grounded theory: strategies for qualitative research. New Jersey: Aldine Transaction.

Goh, E., & Lee, C. (2018). A workforce to be reckoned with: the emerging pivotal Generation Z hospitality workforce. International Journal of Hospitality Management, 73, 20-28.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2021). PNAD Contínua: pesquisa nacional por amostra de domicílios Contínua. Séries históricas. Recuperado em 17/12/2021, de https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-trimestral. html?=&t=series-historicas&utm_source=landing&utm_medium=explica&utm_campaign=desemprego

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2022, 20 de setembro). Desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas. Recuperado em 28/03/2023, de https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2022/09/desempenhorecente-do-mercado-de-trabalho-e-perspectivas-4/

McKee-Ryan, F. M. (2021). Coming of age in a global pandemic: HRM perspectives on generation Z’s workforce entry. Research in Personnel and Human Resources Management, 39, 99-128.

Melo, A. O., Tavares, M. V. B., Felix, B. S., & Santos, A. C. B. (2019). Identidade da geração Z na gestão de startups. Revista Alcance, 26(3), 320-333.

Molano, S. (2021). Depressão e ansiedade entre jovens dobraram durante a pandemia, revela pesquisa. CNN Brasil. Recuperado em 12/08/2021, de: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/depressao-e-ansiedade-entre-jovens-dobraramdurante-a-pandemia-revela-pesquisa/

Moura, R. R., & Possato, S. (2012). As dificuldades de inserção no mercado de trabalho e suas repercussões na vida dos jovens: apontamentos a partir de uma experiência em comunidade periférica de Ponta grossa-PR. Eleuthera, 7, 193-220.

Nunes, F. (2018, 12 de dezembro). Quase metade dos jovens brasileiros com diploma está fora da área de formação. Terra, Economia. Recuperado em 29/03/2023, de https://www.terra.com.br/economia/quase-metade-dos-jovens-brasileiroscom-diploma-esta-fora-da-area-de-formacao,bc02d2301d2a30b8b4606cea6e3f5a7ep5bbq8dx.html

Ozkan, M., & Solmaz, B. (2015). The changing face of the employees: Generation Z and their perceptions of work (a study applied to university students). Procedia Economics and Finance, 26, 476-483.

Nascimento, N. M., Santos, J. C. D., Valentim, M. L. P., & Cabero, M. M. M. (2016). O estudo das gerações e a inteligência competitiva em ambientes organizacionais. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, 6(1), 16-28.

Organização Internacional do Trabalho. (2020). Global employment trends for youth 2020: technology and the future of jobs. Recuperado em 15/12/2021, de: https://www.ilo.org/global/publications/books/WCMS_737648/lang--en/index.htm

Pandita, D. (2021). Innovation in talent management practices: creating an innovative employer branding strategy to attract generation Z. International Journal of Innovation Science, 14(3/4), 556-569.

Pauli, J., Guadagnin, A., & Ruffatto, J. (2020). Valores relativos ao trabalho e perspectiva de futuro para a geração Z. Revista de Ciências da Administração, 22(5), 8-21.

Peraita, B. A. (2022, 20 de março). Millennials e geração Z: por que elas são a 'geração deprimida'. BBC News. Recuperado em 03/05/2022, de: https://www.bbc.com/portuguese/geral-60788360

Queiroz, G. (2021, 27 de junho). Falar em geração Z ou Y dialoga com ambiente econômico de cada um. Estadão, Caderno Economia e Negócio. Recuperado em 03/05/2022.

Raitz, T. R., & Petters, L. C. F. (2008). Novos desafios dos jovens na atualidade: trabalho, educação e família. Psicologia & Sociedade, 20(3), 408-416.

Rech, I. M., Viera, M. M., & Anschau, C. T. (2017). Geração Z, os nativos digitais: como as empresas estão se preparando para reter esses profissionais. Revista Tecnológica, 6(1), 152-166.

Reis, A. L., & Giaqueto, A. (2020). Informais e precários: a corrosão da proteção e direito ao trabalho. Humanidades & Inovação, 7(17), 376-387.

Rosa, J. L. (2018, 11 de abril). Ansiedade e frustação marcam a geração Z. O Globo. Recuperado em: 04/05/2022, de: https://valor.globo.com/empresas/coluna/ansiedade-e-frustracao-marcam-geracao-z.ghtml

Sanalan, V. A., & Taslibeyaz, E. (2020). Discovering Turkish Generation-Z in the context of educational technology. Journal of Educational Issues, 6(2), 249-268.

Santos, A. L., & Gimenez, D. M. (2015). Inserção dos jovens no mercado de trabalho. Instituto de Estudos Avançados, 29(85), 153-168.

Scarpetta, S. (2020, 27 de maio). Pandemia expõe jovens a empregos precários. BBC News. Recuperado em 03/05/2022, de: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52814564

Secretaria de Política Econômica. (2021). Juventude e informalidade no Brasil: é possível reduzir a barreira à entrada no mercado formal de trabalho? Recuperado em 16/03/2022, de: https://www.gov.br/economia/pt-br/centrais-deconteudo/publicacoes/notas-tecnicas/2021/nota_jovens_spe.pdf/view

Souza, G. B. P., Loreto, M. D. S., & Reis, L. P. C. (2021). Crise dentro da crise: a inserção laboral juvenil e sua configuração no contexto do novo coronavírus. Oikos: Família e Sociedade em Debate, 32(1), 90-108.

Veiga Neto, A. R., Souza, S. L. B., Almeida, S. T., Castro, F. N., & Braga Júnior, S. S. (2015) Fatores que influenciam os consumidores da geração Z na compra de produtos eletrônicos. RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia, 14(1), 287-312.

Vilas Boas, P. (2021, 26 de junho). Geração Z também quer mudar o mundo pelo mercado de trabalho. Estadão, Caderno Economia e Negócio. Recuperado em 03/05/2022, de: https://economia.estadao.com.br/noticias/sua-carreira,geracaoz-tambem-quer-mudar-o-mundo-pelo-mercado-de-trabalho,70003759620

Wickert, L. F. (2006). Desemprego e juventude: jovens em busca do primeiro emprego. Psicologia, Ciência e Profissão, 26(2), 258-269.

Arquivos adicionais

Publicado

25-05-2023

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

As Dificuldades Enfrentadas no Mercado de Trabalho e o Bem-Estar da Geração Z. (2023). Revista Gestão & Conexões, 12(2), 5-26. https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2023.12.2.39193.5-26

Artigos Semelhantes

1-10 de 282

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.