“Fazer a Festa” ou Produzir uma Festa?
A Espetacularização do Trabalho no Mercado de Eventos de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2023.12.3.39820.146-165Palavras-chave:
controle do trabalhador, indústria cultural, sociedade do espetáculoResumo
O objetivo deste artigo é apreender e refletir sobre o trabalho de organização da festa, sua relação com a sociedade do espetáculo e a indústria cultural a partir do caso de uma empresa de eventos mineira. Para tanto, suportamo-nos nas diretrizes teóricas acerca da sociedade do espetáculo e da indústria cultural. Realizamos uma pesquisa qualitativa e triangulamos as entrevistas semiestruturadas com a observação não participante e o diário de campo. Os dados foram analisados por meio da técnica de Análise do Discurso Francesa. Nas análises, discutimos as diferentes formas que os trabalhadores internalizam os discursos hegemônicos e permanecem alienados com relação a aspectos essenciais dos processos de trabalho. As relações de consumo são mascaradas por discursos de supostas relações afetivas e o tempo de trabalho se confunde discursivamente com o tempo de lazer. Por fim, refletimos que o controle das subjetividades é utilizado como meio para manutenção do modo hegemônico de funcionamento da sociedade capitalista.
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