Conhecimento materno e de responsáveis por crianças sobre amamentação e alimentação complementar
DOI:
https://doi.org/10.21722/rbps.v22i1.27483Palavras-chave:
Aleitamento materno, Alimentação, Criança, LactenteResumo
Introdução: O aleitamento materno e a alimentação complementar adequada e saudável são estratégias que contribuem com a promoção da saúde da criança. Objetivo: Avaliar os conhecimentos sobre amamentação e alimentação complementar de mães ou responsáveis por crianças menores de dois anos de idade. Métodos: Estudo transversal com 138 mães ou responsáveis por crianças menores de dois anos assistidas em Unidades Básicas de Saúde, em São Luís (MA). Aplicou-se um formulário semiestruturado para a coleta de dados socioeconômicos, demográficos e sobre os conhecimentos em amamentação e alimentação complementar. Avaliaram-se as frequências de acertos para cada pergunta e as frequências de entrevistados segundo seus níveis de conhecimentos sobre amamentação (pouco, médio e bom) e de alimentação complementar (pouco, bom e ótimo). O Teste do Qui-quadrado avaliou a associação entre as variáveis. Resultados: Embora 88,8% dos entrevistados tenham apresentado conhecimentos médio e bom sobre amamentação e 95,5% tenham atingido conhecimentos bom e ótimo sobre alimentação complementar, elevada frequência desconhecia o colostro (67,9%) e os artefatos adequados para oferecer o leite materno ordenhado (63,4%). O bom conhecimento sobre amamentação predominou nos entrevistados com 12-15 anos de estudo (74,1%), e o ótimo nível de conhecimento sobre a alimentação complementar predominou no grupo com 20-34 anos de idade (75,9%) e naqueles com 12-15 anos de estudo (75,9%)(p˂0,05). Conclusão: O desconhecimento de aspectos importantes do aleitamento materno e da alimentação complementar mostrou a necessidade de implementar orientações continuadas sobre essas temáticas na rotina da Atenção Primária em Saúde, a fim de promover a saúde da criança.
Downloads
Referências
2.Brasil- Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no Sistema Único de Saúde: manual de implementação. Brasília: Ministério da Saúde, Secretária de Atenção à Saúde; 2015. 152p.
3.Brasil- Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.2.ed. 184p. (Cadernos de Atenção Básica; n. 23).
4.Boccolini CS, Carvalho ML Oliveira MIC. Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida no Brasil: revisão sistemática. Rev. Saúde Públ. 2015;49:1-16.
5.Rauber LN, Souza TFS, Moura PN, Silva CC, Berbardi L, Saldan PC. Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo em crianças menores de seis meses em Guarapuava-PR. Demetra. 2017;12(1):233-248.
6.World Health Organization. The optimal duration of exclusive breastfeeding: a systematic review. Geneva: World Health Organization. [Internet]. 2002. [Citado em 2019 Set 4]; Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/67208/WHO_NHD_01.08.pdf
7.Brasil- Ministério da Saúde. ENPACS: Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável – Caderno do Tutor. Brasília: Ministério da Saúde, Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar- IBFAN Brasil; 2010. 108p. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde).
8.Huçalo AP, Ivatiuk AL. A relação entre práticas parentais e o comportamento alimentar em crianças. Rev PsicoFAE: Pluralidades em Saúde Mental. 2017; 6(2):113-128.
9.Yabanci N, Kisaç I, Karakus SS. The effects of mother’s nutritional knowledge on attitudes and behaviors of children about nutrition. Procedia Soc Behav Sci. 2014; 116: 4477-4481.
10.Brasil- Ministério da Saúde, Departamento de Atenção Básica (DAB) [Internet]. Parâmetro de cobertura utilizado na PNAB, IDSUS e COAP. Brasília: Ministério da saúde. [acesso em 2015 mar 30]; Disponível em http://dab.saude.gov.br/portaldab/
11.Bernardino Júnior R, Sousa Neto AL. Análise do conhecimento de gestantes sobre as consequências do desmame precoce no desenvolvimento motor oral. Biosci J. 2009; 25(6):165-173.
12.Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) [Internet]. Critério de classificação econômica Brasil - CCEB. São Paulo: ABEP; 2015.
13.Pioltine MB, Spinelli MGN. Conhecimentos sobre nutrição e sua relação com o IMC de escolares. Rev Simbio-Logias. 2010; 3(4): 57-74.
14.Triches RM, Giugliani ER. Obesidade, práticas alimentares e conhecimentos de nutrição em escolares. Rev Saúde Públ. 2005; 39(4):541-547.
15.Silva, KMS. Goetz ER, Santos MVJ. Aleitamento Materno: Conhecimento das gestantes sobre a importância da amamentação na Estratégia de Saúde da Família. R Bras Ci Saúde. 2017; 21(2) : 111-118.
16.Raimundi DM, Menezes CC, Uecker ME, Santos EB, Fonseca LB. Conhecimento de gestantes sobre aleitamento materno durante acompanhamento pré-natal em serviços de saúde em Cuiabá. Saúde 2015; 41(2):225-232.
17.Alves FM, Oliveira TRF, Oliveira GKS, Santos GM. Conhecimento de puérperas internadas em um alojamento conjunto acerca do aleitamento materno. Rev Sustinere. 2017; 5(1): 24-37.
18.Jungues CF, Ressel LB, Budó MLD, Padoin SMM, Hoffmann IC, Sehnem GD. Percepções de puérperas quanto aos fatores que influenciam o aleitamento materno. Rev Gaucha Enferm. 2010; 31(2):343-350.
19.Brasil GC. Conhecimento das mães sobre a alimentação de lactentes a partir dos seis meses de idade [Monografia]. Ceilândia: Faculdade de Ceilândia, Universidade de Brasília; 2015.
20.Feitosa AMM, Pereira MS, Campos JS. Importância do contato precoce mãe-filho e sua contribuição para o sucesso do aleitamento materno. J. Health Biol Sci. 2014; 2(3):120-124.
21.Visintin AB, Primo CC, Amorim MHC, Leite FMC. Avaliação do conhecimento de puérperas acerca da amamentação. Enferm. Foco. 2015; 6(1/4): 12-16.
22.Borgo LA. Efeitos da pasteurização e do congelamento sobre a fração lipídica do leite humano [Tese]. Brasília: Programa de Pós-Graduação em Ciência da Saúde, Universidade de Brasília; 2011.
23.Brasil- Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos-um guia para o profissional da saúde na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.2 ed. 72p
24.Stewart CP, Iannotti L, Dewey KG, Michaelsen KF, Onyango AW. Contextualising complementary feeding in a broader framework for stunting prevention, Maternal Child Nutr. 2013; 9 (Suppl.2): 27–45.
25.Vazir S, et al. Cluster‐randomized trial on complementary and responsive feeding education to caregivers found improved dietary intake, growth and development among rural Indian toddlers. Maternal Child Nutr.2013; 9 (Suppl.1): 99-117.
26.Brasil GC, Leon CGRMP, Ribeiro LM, Schardosim JM, Guilhem DB. Conhecimento das mães sobre a alimentação a partir dos seis meses de idade. Rev Min Enferm. 2017; 21:e-998
27.Monterrosa EC, Pelto GH, Frongillo EA, Rasmussen KM. Constructing maternal knowledge frameworks. How mothers conceptualize complementary feeding. Appetite. 2012; 59(2):377-384
28.Özdoğan Y, Uçar A, Akan LS, Yılmaz MY, Sürücüoğlu MS, Çakıroğlu FP et al. Nutritional knowledge of mothers with children aged between 0-24 months. J Food Agric Environ. 2012; 10(1):173-175
29.Gusmão AM, Béria JU, Gigante LP, Leal AF, Schermann LB. Prevalência de aleitamento materno exclusivo e fatores associados: estudo transversal com mães adolescentes de 14 a 16 anos em Porto Alegre, RS, Brasil. Cien Saude Colet. 2013; 18(11): 3357-3368.
30.Al-Sahab B, Lanes A, Feldman M, Tamim H. Prevalence and predictors of 6-months exclusive breastfeeding among Canadian women: a national survey. BMC Pediatrics 2010; 10-20.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde (RBPS) adota a licença CC-BY-NC 4.0, o que significa que os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos submetidos à revista. Os autores são responsáveis por declarar que sua contribuição é um manuscrito original, que não foi publicado anteriormente e que não está em processo de submissão em outra revista científica simultaneamente. Ao submeter o manuscrito, os autores concedem à RBPS o direito exclusivo de primeira publicação, que passará por revisão por pares.
Os autores têm autorização para firmar contratos adicionais para distribuição não exclusiva da versão publicada pela RBPS (por exemplo, em repositórios institucionais ou como capítulo de livro), desde que seja feito o devido reconhecimento de autoria e de publicação inicial pela RBPS. Além disso, os autores são incentivados a disponibilizar seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais) após a publicação inicial na revista, com a devida citação de autoria e da publicação original pela RBPS.
Assim, de acordo com a licença CC-BY-NC 4.0, os leitores têm o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.