Percepção do enfermeiro de unidade de terapia intensiva neonatal diante do processo de morrer do recém-nascido
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v23i3.33857Palavras-chave:
Enfermagem, Terapia intensiva neonatal, MorteResumo
Introdução: Uma unidade de terapia intensiva requer cuidados especiais e atuação de enfermeiros qualificados. Objetivos: Conhecer as percepções do enfermeiro diante da morte dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e suas estratégias de enfrentamento. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo onde os sujeitos da pesquisa foram constituídos por sete enfermeiros que trabalhavam em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital de grande porte do município de Piracicaba-SP. Os dados foram produzidos em entrevista semiestruturada utilizando roteiro, registrados em gravação, transcritos na íntegra e analisados mediante a técnica de análise de conteúdo. Resultados: A análise interpretativa das entrevistas possibilitou a construção de três categorias: 1) dificuldades em lidar com a morte; 2) o significado de morte digna; e 3) estratégias de enfrentamento do enfermeiro para vivenciar a morte na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Conclusão: Para a maioria das enfermeiras entrevistadas, a morte dentro da UTIN gera sentimento de impotência e angústia. Faz-se necessário que os profissionais atuantes na UTIN, sejam especialistas nesse ambiente de trabalho, e que as instituições de saúde ofereçam suporte psicológico para que seu funcionário saiba lidar junto a equipe e com a família da melhor forma possível essa triste realidade.
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