Migração retrógrada espontânea de cálculo ureteral distal para cálice renal

Autores

  • Filipe Costa Toledo Universidade Federal do Espírito Santo
  • Livia Guidoni Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes
  • Ricardo Andrade Fernandes de Mello Universidade Federal do Espírito Santo
  • Cláudio Ferreira Borges Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.47456/rbps.v26isupl_3.10

Palavras-chave:

Ureterolitíase, Urolitíase, Litíase, Tomografia Computadorizada

Resumo

Introdução: A ureterolitíase é uma das principais causas de dor abdominal aguda no atendimento de urgência. Na maioria dos casos, o tratamento é conservador, com o próprio organismo expulsando o cálculo ao urinar. Porém, em raros casos, pode ocorrer a migração retrógrada espontânea do cálculo ureteral para o sistema pielocalicinal renal, que evolui com alívio ou resolução dos sintomas, contudo permanece o risco de novos eventos obstrutivos. Relato do caso: Paciente do sexo masculino foi diagnosticado com ureterolitíase distal próximo à junção ureterovesical, que foi abordada de maneira conservadora. Em dois dias, após ficar oligossintomático, foi realizada nova tomografia computadorizada que identificou retorno espontâneo do cálculo para o cálice renal. Conclusão: Este caso demonstra a importância do diagnóstico da ureterolitíase e do seu seguimento, que pode ser mais complexo do que o habitual, destacando a relevância da realização da TC neste contexto, principalmente para que se programe a melhor intervenção terapêutica, ou até mesmo, para que sejam evitados procedimentos desnecessários.

Downloads

Referências

1. Cervellin G, Mora R, Ticinesi A, Meschi T, Comelli I, Catena F et al. Epidemiology and outcomes of acute abdominal pain in a large urban emergency department: retrospective analysis of 5,340 cases. Ann Transl Med. 2016;4(19):362-70.

2. Portis, AJ, Sundaram CP. Diagnosis and initial management of kidney stones. Am Fam Physician. 2001;63(7):1329-38.

3. Alelign T, Petros B. Kidney stone disease: an update on current concepts. Adv Urol. 2018.30683651.

4. Gottlieb M, Long B, Koyfman A. The evaluation and management of urolithiasis in the ED: a review of the literature. Am J Emerg Med. 2018;36(4):699-706.

5. Miah S, Connor MJ, Wiseman O, Shah N. Retrograde migration of a vesicoureteric junction calculus: a potential pitfall of the noncontrast limited pelvic computerized tomography. Urol Ann. 2021;13(1):80-2.

6. Zhang L, Zhang X, Pu Y, Zhang Y, Fan J. Global, regional, and national burden of urolithiasis from 1990 to 2019: a systematic analysis for the global burden of disease study 2019. Clin Epidemiol. 2022;14 971-983.

7. Borumandnia, N., Fattahi, P., Talebi, A. longitudinal trend of urolithiasis incidence rates among world countries during past decades. BMC Urol. 2023;23(166):2-9.

8. Khan Z, Yaqoob AA, Bhatty TA. Spontaneous retrograde migration of ureterovesical junction stone to the kidney: first ever reported case in the English literature in human. Urol Ann. 2016;8(2):229-32.

9. Fallatah M, Tahaineh S, Abu Mughli R, Fallatah SM. Upward migration of a ureteric stone in a military trainer: a case report. Res Rep Urol. 2017; 19(9):15-7.

10. Davenport K, Waine E. The role of non-steroidal anti-inflammatory drugs in renal colic. Pharmaceuticals (Basel). 2010;28;3(5):1304-10.

11. Taguchi K, Cho SY, Ng AC, Usawachintachit M, Tan YK, Deng YL et al. The Urological Association of Asia clinical guideline for urinary stone disease. Int J Urol. 2019;26(7):688-709.

12. Youssef FR, Wilkinson BA, Hastie KJ, Hall J. Is pre-operative imaging essential prior to ureteric stone surgery? Ann R Coll Surg Engl. 2012;94(6):428-31.

Downloads

Publicado

11.02.2025

Como Citar

1.
Toledo FC, Guidoni L, Mello RAF de, Borges CF. Migração retrógrada espontânea de cálculo ureteral distal para cálice renal. RBPS [Internet]. 11º de fevereiro de 2025 [citado 2º de abril de 2025];26(supl_3):72-6. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/rbps/article/view/47629

Edição

Seção

Relato de Caso