Comparação entre processos patológicos encontrados na autópsia virtual e convencional de dois pacientes que foram a óbito em um hospital universitário brasileiro

Autores

  • Thaís Vilela Almeida Silveira Universidade Federal do Triângulo Mineiro Bióloga
  • Aline Cristina Souza da Silva Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Biomédica e Professora Substituta da Disciplina de Patologia Geral da UFTM. http://orcid.org/0000-0003-4209-5506
  • Luiz Gonzaga Silveira Filho Universidade Federal do Triângulo Mineiro Médico radiologista e Doutor em Medicina Tropical e Infectologia
  • Rosana Rosa Miranda Corrêa Universidade Federal do Triângulo Mineiro Enfermeira e Professora associada da Disciplina de Patologia Geral, Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Camila Lourencini Cavellani Universidade Federal do Triângulo Mineiro Biomédica e Doutora em Patologia, Universidade Federal do Triângulo
  • Vicente de Paula Antunes Teixeira Universidade Federal do Triângulo Mineiro Professor Aposentado da Disciplina de Patologia Geral, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

DOI:

https://doi.org/10.47456/rbps.v23i1.27741

Palavras-chave:

Autópsia, Diagnóstico por imagem, omografia Computadorizada por Raios X

Resumo

Introdução: A autópsia convencional é o principal método de investigação da causa de morte na área médico-científica. No entanto, a autópsia virtual tem-se mostrado uma alternativa promissora no esclarecimento do óbito. Objetivos: Comparar os achados anatomopatológicos, o tempo de execução e a equipe de profissionais envolvida na execução da autópsia virtual e da convencional de dois pacientes que foram a óbito em um hospital universitário. Métodos: Em ambos os procedimentos, procurou-se diagnosticar a causa de morte, as doenças de base e os processos patológicos contributivos ao óbito dos dois pacientes. Para isso, primeiramente os pacientes foram submetidos à autópsia virtual realizada por um técnico em radiologia e um médico radiologista. Em seguida foi realizada a autópsia convencional por um médico patologista e dois técnicos em necropsia. Resultados: A autópsia convencional identificou maior número de alterações patológicas na maioria dos órgãos analisados. A autópsia virtual, porém, apresentou menor tempo de execução, menor número de profissionais envolvidos e maior rapidez na conclusão do laudo. Conclusão: Embora haja uma queda no número de autópsias convencionais, esse ainda é o método mais adequado às atuais condições da instituição na qual foi realizado este estudo. A implantação adequada da autópsia virtual com a realização conjunta de análise histológica por meio de biópsias e de angiotomografia mostra ser uma alternativa rápida e satisfatória na investigação médico-científica de processos patológicos de pacientes que falecem em hospitais universitários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thaís Vilela Almeida Silveira, Universidade Federal do Triângulo Mineiro Bióloga

Disciplina de Patologia Geral

Aline Cristina Souza da Silva, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Biomédica e Professora Substituta da Disciplina de Patologia Geral da UFTM.

Disciplina de Patologia Geral/ Departamento de Patologia Geral, Genética e Ecologia. Instituto de Ciências Biológicas e Naturais (ICBN)

Camila Lourencini Cavellani, Universidade Federal do Triângulo Mineiro Biomédica e Doutora em Patologia, Universidade Federal do Triângulo

Curso de Graduação em Biomedicina/ Pró-reitoria de Extensão.

Vicente de Paula Antunes Teixeira, Universidade Federal do Triângulo Mineiro Professor Aposentado da Disciplina de Patologia Geral, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Disciplina de Patologia Geral

Referências

1. Leite DL, Miziara HL. Autópsia clínica e autópsia forense semelhanças e divergências, 2009. [Internet]. [Acesso em 12 jan 2019]. Disponível em:< http://conic-semesp.org.br/anais/files/2014/trabalho-1000017202.pdf>.

2. Moreira DR, Lana AMA. Godoy P. Estudo sobre a autópsia como método diagnóstico. JPBML 2009; 45(3): 239-45.

3. Echenique LS, Mello R de A, Odashiro LN, Nakao L, Franco M. Correlação entre achados macro e microscópicos em 200 autópsias consecutivas: análise custo/benefício do estudo histopatológico completo das autópsias. J Bras Patol Med Lab 2002; 38(3): 219-24.

4. Vogel H. Gewalt im Ro¨ntgenbild Befunde bei Krieg. Folter und Verbrechen Echomed. 1997; 41(1): 13–42.

5. Lundberg GD. Low-tech autopsies in the era of high-tech medicine: continued value for quality assurance and patient safety. JAMA 1998; 280(14): 1273-4.

6. Cottrill HM, O’Connor WN. The autopsy in the 21st century: time for reconsideration. J. Ky Med. Assoc 2000; 98(3): 110-4.

7. Sharija S. Virtopsy-The Most Modern Technique for Postmortem Examination. IJFMT 2013; 7(1): 183-6.

8. Segura MEA, Rocha EM, Lourenço AA, Veloso MGP, Moraes WC. Comparação entre diagnósticos clínicos e os achados de necropsia: análise retrospectiva de 680 pacientes. Bras Patol Med Lab 2006; 42(6): 461-7.

9. Thali MJ, Jackowski C, Oesterhelweg L, Ross SG, Dirnhofer R. Virtopsy – the swiss virtual autopsy approach. Leg Med 2007; 9(2): 100-4.

10. Cavallari EL, Picka MCM, Picka MCM. O uso da Tomografia Computadorizada e da Ressonância Magnética na Virtópsia. Tekhne e Logos 2017; 8(1): 93-102.

11. Steigman CK. The autopsy as a quality assurance tool: last rites or resurrection?. Arch Pathol Lab Med 1996; 34(5): 736-8.

12. Thali MJ, Yen K, Schweitzer W, Vock P, Boesch C, Ozdoba C, et al. Virtopsy, a New Imaging Horizon in Forensic Pathology: Virtual Autopsy by Postmortem Multislice Computed Tomography (MSCT) and Magnetic Resonance Imaging (MRI) a Feasibility Study. J Forensic Sci 2003; 48(2): 386-403.

13. Polacco M, D’Allseio P, Ausania F, Zobel B, Pascali VL, d’Aloja E, et al. Virtual Autopsy in Hanging. Am J Forensic Med Pathol 2013; 34(2): 107-9.

14. Ampanozi G, Hatch GM, Flach PM, Thali MJ, Ruder TD. Postmortem magnetic resonace imaging: Reproducing typical autopsy heart measurements. Legal Medicine 2015; 17(6): 493-8.

15. Santos MLO. Padrão em vidro fosco nas doenças pulmonares difusas. Correlação da tomografia computadorizada de alta resolução com a anatomopatologia. Rad Bras 2002; 35(3): 170.

16. Urbania TH, Hope MD, Huffaker SD, Reddy GP. Role of computed tomography in the evaluation of acute chest pain. J Cardiovasc Comput Tomogr 2009; 3(1 Suppl): S13–22.

17. Schertler T, Frauenfelder T, Stolzmann P, Scheffel H, Desbiolles L, Marincek B, et al. Triple rule-out CT in patients with suspicion of acute pulmonary embolism: findings and accuracy. Acad Radiol 2009; 16(6): 708–17.

18. Janne d’Othée B, Siebert U, Cury R, Jadvar H, Dunn EJ, Hoffmann. A systematic review on diagnostic accuracy of CT-based detection of significant coronary artery disease. Eur J Radiol 2008; 65(3): 449–61.

19. Ross SG, Bolliger SA, Ampanozi G, Oesterhelweg L, Thali MJ, Flach PM. Postmortem CT Angiography: Capabilities and Limitations in Traumatic and Natural Causes of Death. Radiographics 2014; 34(4): 830-46.

20. Pazeres CEE, Cury RC, Carneiro AC de Castro, Rochitte CE. Angiotomografia de coronárias na avaliação da dor torácica aguda na sala de emergência. Arq Bras Cardiol 2013; 101(6): 562-9.

21. Stadler A, Schima W, Ba-Ssalamah A, Kettenbach J, Eisenhuber E. Artifacts in Body MR Imaging: their appearance and how to eliminate them. Eur Radiol 2007; 17(5): 1242-55.

22. Santiago RC, Vitral RWF. Métodos de avaliação da densitometria óssea e seu emprego na odontologia. Pesq Bras Odontoped Clin Integr 2006; 6(3): 289-94.

23. Tejaswi KB, Periya EAH. Virtopsy (virtual autopsy): A new phase in forensic investigation. J Forensic Dent Sci 2013; 5(2): 146-8.

Arquivos adicionais

Publicado

08-04-2022

Como Citar

Silveira, T. V. A., Silva, A. C. S. da, Filho, L. G. S., Corrêa, R. R. M., Cavellani, C. L., & Teixeira, V. de P. A. (2022). Comparação entre processos patológicos encontrados na autópsia virtual e convencional de dois pacientes que foram a óbito em um hospital universitário brasileiro. Revista Brasileira De Pesquisa Em Saúde Brazilian Journal of Health Research, 23(1), 107–113. https://doi.org/10.47456/rbps.v23i1.27741

Edição

Seção

Relato de Caso