Acolhimento e rede de apoio do cuidador familiar da criança e/ou do adolescente no serviço de saúde mental
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v25i2.28140Palavras-chave:
Criança, Adolescente, Cuidadores, Família, Serviços de Saúde MentalResumo
Objetivo: Conhecer a percepção dos cuidadores familiares de crianças e adolescentes atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil sobre seu acolhimento e sua rede de apoio. Métodos: Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, realizada em um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil da região Sul do Brasil. Os participantes da pesquisa foram dez cuidadores familiares de crianças e adolescentes que realizam acompanhamento no referido centro. As informações foram coletadas no mês de abril de 2018, por meio de entrevistas semiestruturadas. Resultados: Elaboraram-se três categorias principais: atenção fornecida pelos profissionais do serviço aos cuidadores; rede de apoio dos cuidadores familiares; dificuldades enfrentadas no cuidado da criança e do adolescente com transtorno mental. Identificou-se que os familiares se sentem bem acolhidos e que a participação em grupos de apoio favorece o cuidado integral. Complementarmente, as principais dificuldades que enfrentam no cuidado relacionam-se à ingestão de medicamentos pelas crianças e pelos adolescentes e a sua ida à escola. Conclusão: Identifica-se a necessidade de ampliação da atenção aos cuidadores familiares no serviço de saúde mental, a fim de que os profissionais possam auxiliar no planejamento de estratégias que minimizem a sobrecarga, com a identificação das redes de apoio, bem como na elaboração de ações de cuidado conjunto.
Downloads
Referências
Boff L. Saber cuidar: ética do humano- compaixão pela terra. 11. ed. Petrópolis: Vozes; 2004.
Waldow VR. O cuidado na saúde: as relações entre o eu, o outro e o cosmos. Petrópolis: Vozes; 2004.
Oliveira EA, Rocha SS. O cuidado cultural dos pais na promoção do desenvolvimento infantil. Rev pesqui cuid fundam. 2019; 11(2, n. esp):397-403.
Minayo MC de S. Cuidar de quem cuida de idosos dependentes: por uma política necessária e urgente. Ciênc saúde coletiva. 2021 Jan;26(1):7-15.
Nogueira J, Brauna M. Boas práticas internacionais e do Brasil de apoio ao cuidador familiar. Ferramentas Eurosocial. 2021; (80).
Teixeira MR, Couto MC, Delgado PG. Atenção básica e cuidado colaborativo na atenção psicossocial de crianças e adolescentes: facilitadores e barreiras. Ciênc Saúde Colet. 2017; 22(6):1933-42.
Lima MS, Aguiar AC, Sousa MM. O cuidado compartilhado e saúde mental como potencial de autonomia do usuário. Psicol Estud. 2015; 20(4):675-86.
Hennink MM, Kaiser BN, Marconi VC. Code Saturation Versus Meaning Saturation: How Many Interviews Are Enough? Qual Health Res. 2017; 27(4):591-608.
Braun, V, Clarke, V. Using thematic analysis in psychology. Qual Res Psychol. 2006; 3(2):77-101.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Res¬olução n° 466/12: Dispõe sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.
Daltro MC, Moraes JC, Marsiglia RG. Cuidadores de crianças e adolescentes com transtornos mentais: mudanças na vida social, familiar e sexual. Saúde Soc. 2018; 27(2):544-55.
Araújo LS, Guazina FM. A percepção de cuidadoras sobre os cuidados ofertados para crianças e adolescentes em atendimento no CAPSi. Mental. 2017; 11(21):445-68.
Pegoraro RF, Bastos LS. Experiências de acolhimento segundo profissionais de um Centro de Atenção Psicossocial. Rev enferm atenção saúde. 2017; 6 (1):3-17.
Matos JB, Muniz RM. Serviço Social e saúde mental: o trabalho com grupo e a atenção a família no Centro de Atenção Psicos¬social – CAPS II de Santarém/Pará. Em Foco (Santarem). 2017; 1(27):15-30.
Duarte ML, Carvalho J, Brentano V. Percepção dos familiares acerca do grupo de apoio realizado em uma unidade de inter¬nação psiquiátrica. Rev gaúch enferm. 2018; 39:e2017-0115.
Vicente JB, Higarashi IH, Furtado MC. Transtorno mental na infância: configurações familiares e suas relações sociais. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2015; 19(1):107-14.
Covelo BS, Badaró-Moreira MI. Laços entre família e serviços de Saúde Mental: a participação dos familiares no cuidado do sofrimento psíquico. Interface comun Saúde educ. 2015; 19(55):1133-44.
Araújo MA, Silva RA, Melo ES, Silva MA, Mazza VA, Freitas CA. Redes de apoio e famílias de criança com deficiência: uma revisão integrativa. In: Anais do 7º Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa, Investigação Qualitativa em Saúde. 2018 Jul 10-13; Fortaleza, BR.;2:585-94.
Buriola AA, Vicente JB, Zurita RC, Marcon SS. Sobrecarga dos cuidadores de crianças ou adolescentes que sofrem transtorno mental no município de Maringá-Paraná. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2016; 20(2) 344-51.
Soneson E, Childs-Fegredo J, Anderson JK, Stochl J, Fazel M, Ford T et al. Acceptability of screnning for mental health diffi¬culties in primary schools: a survey of UK parents. BMC public health (Online). 2018; 18:1404.
Silva SM, Silva SP, Maciel MJ, Matos KK. Rotina, possibilidades e desafios familiares de crianças e adolescentes com adoecimento mental acompanhados pelo Centro de Atenção Psicossocial. Enferm. actual Costa Rica. 2022; 43:14.
Nascimento KC, Kolhs M, Mella S, Berra E, Olschowsky A, Guimarães AN. O desafio familiar no cuidado às pessoas acom¬etidas por transtorno mental. Rev enferm UFPE on line. 2016; 10(3):940-48.
Almeida MH, Mendonça ES. Um olhar à família: ressonâncias psicossociais em familiares que convivem com uma pessoa em situação de transtorno mental. Barbarói. 2017; 49:01-24.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde (RBPS) adota a licença CC-BY-NC 4.0, o que significa que os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos submetidos à revista. Os autores são responsáveis por declarar que sua contribuição é um manuscrito original, que não foi publicado anteriormente e que não está em processo de submissão em outra revista científica simultaneamente. Ao submeter o manuscrito, os autores concedem à RBPS o direito exclusivo de primeira publicação, que passará por revisão por pares.
Os autores têm autorização para firmar contratos adicionais para distribuição não exclusiva da versão publicada pela RBPS (por exemplo, em repositórios institucionais ou como capítulo de livro), desde que seja feito o devido reconhecimento de autoria e de publicação inicial pela RBPS. Além disso, os autores são incentivados a disponibilizar seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais) após a publicação inicial na revista, com a devida citação de autoria e da publicação original pela RBPS.
Assim, de acordo com a licença CC-BY-NC 4.0, os leitores têm o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.