Perfil epidemiológico da sífilis congênita no estado do Espírito Santo, 2010-2019
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v22i4.21765Palavras-chave:
Sífilis, Sífilis Congênita, Cuidado Pré-natal, EpidemiologiaResumo
Introdução: A sífilis é uma doença infectocontagiosa que quando não tratada ou tratada de modo inadequado no período do pré-natal pode provocar a sífilis congênita no recém-nascido. O diagnóstico e o tratamento oportuno são altamente efetivos e reduzem a transmissão vertical em até 97% dos casos. Objetivo: O objetivo do presente estudo é descrever a situação epidemiológica da sífilis congênita no estado do Espírito Santo no período de 2010 a 2019. Métodos: Estudo ecológico, utilizando dados secundários do DATASUS. Utilizou-se estatística descritiva, cálculo dos coeficientes de incidência e mortalidade. Resultados: A análise espacial de sífilis congênita revelou que a maioria dos municípios se classifica com incidência intermediária a alta. Entre os anos de 2010 e 2019 foram registrados 4.062 casos de sífilis congênita. Destes, 19,7% ocorreram em mães que possuíam ensino fundamental incompleto, e 77,5% realizaram pré-natal. Apenas 3,8% realizaram o tratamento adequadamente. Em relação aos bebês diagnosticados com sífilis congênita, 96,8% tiveram a doença identificada nos primeiros seis dias de vida, e 92,4% receberam diagnóstico de sífilis congênita recente. O coeficiente de mortalidade por sífilis congênita apresentou tendência crescente. Conclusão: A sífilis congênita é um indicador importante da qualidade de assistência pré-natal nas redes de atenção básica. Os resultados evidenciam uma variação no número de casos em gestantes ao longo dos anos e a persistência da transmissão vertical, sinalizando para a dificuldade de realização das políticas públicas de controle da sífilis no Estado.
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