Imagens da infância na Atenas clássica
DOI :
https://doi.org/10.17648/rom.v0i16.33015Mots-clés :
Infância, Cerâmica ática, Atenas clássica, Afeto familiarRésumé
Neste texto, propomos uma reflexão sobre o espaço ocupado pela infância na sociedade ateniense do período clássico (séculos V e IV a.C.). Partiremos da dificuldade de demarcação e conceitualização dessa faixa etária entre os helenos e da sua visão social negativa para entender a importância das crianças em Atenas, para além da perpetuação do grupo doméstico e da pólis, pensando nas suas relações de afeto familiar e na sua socialização por meio de jogos e de brincadeiras infantis. As imagens áticas pintadas em suporte cerâmico serão a documentação essencial para o presente estudo.
Téléchargements
Références
Documentação textual
ARISTÓFANES. As nuvens. As aves. As rãs. Tradução de Mário da Gama Kury. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
ARISTÓTELES. Ética a Eudemo. Tradução de Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2015.
ARISTÓTELES. Política. Tradução de Mário da Gama Kury. Brasília: UnB, 1988.
ARISTÓTELES. Política. Tradução de António C. Amaral e Carlos C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998.
HERÓDOTO. Histórias: Livro I. Tradução de Maria Aparecida de Oliveira Silva. São Paulo: Edipro, 2015.
HOMERO. Odisseia. Tradução de Frederico Lourenço. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
HOMERO. Ilíada. Tradução de Frederico Lourenço. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
PLATÃO. A República. Tradução de G. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2010.
XENOFONTE. Econômico. Tradução de Anna Lia A. A. Prado. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Documentação visual
CORPUS VASORUM ANTIQUORUM. Robinson Collection, III, 1, Plate XLIV. Disponível em: <https://www.beazley.ox.ac.uk/index.htm> e <https://www.britishmuseum.org/collection/object>. Acesso em: 13/11/2020.
Obras de referência
BAILLY, A. Dictionnaire Grec-Français. Paris: Hachette, 2000.
BEEKES, R. Etymological dictionary of Greek. Leiden; Boston: Brill, 2010.
CHANTRAINE, P. Dictionaire étymologique de la langue grècque: histoire des mots. Paris: E. Klincksieck, 1983.
LIDDELL, H. G.; SCOTT’S, R. An intermediate Greek-English lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1992.
MONTANARI, F. Vocabolario della lingua greca. Torino: Loescher, 2000.
Obras de apoio
ARIÈS, Ph. História Social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
ARIÈS, Ph. L’Enfant et la vie familiale sous l’Ancien Régime. Paris: Seuil, 1973.
BOURDIEU, P. A economia das trocas linguísticas. São Paulo: Edusp, 2008.
CALAME, Cl. Le récit en Grèce Ancienne: enonciations et représentations de poètes. Paris: Meridiens Klincksieck, 1986.
CONDE, M. M. Las edades de la vida: infancia y vejez a través de la iconografía griega. In: IRIARTE, A.; FERREIRA, L. N. (coord.). Idades e gênero na literatura e na arte da Grécia antiga. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2015, p. 31-60.
DEBERT, A. G. A Antropologia e o estudo dos grupos e das categorias de idade. In: BARROS, M. M. L. (org.). Velhice ou Terceira Idade? Estudos antropológicos sobre identidade, memória e política. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2007, p. 49-58.
EDMUNDS, S. T. Homeric nēpios. London: Garland, 1990.
EISENSTADT, S. N. De geração a geração. São Paulo: Perspectiva, 1976.
FALKNER, T. M. The politics and the poetics of time in Solon’s “Ten Ages”. The Classical Journal, v. 86, n. 1, p. 1-15, 1990.
FERREIRA, L.N. A criança na Grécia antiga: concepções, normas e representações. In: FONSECA, C. F. (ed.). Crianças e adolescentes: uma abordagem multidisciplinar. Coimbra: Almedina, 2010, p. 137-172.
FERREIRA, L.N. A representação de crianças na arte grega. In: SOARES, C.; FIALHO, M. C.; MORÁN, M. C. A.; MONTIEL, R. M. I. (coord.). Norma & transgressão II. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2011, p. 59-96.
FLACELIÈRE, R. A vida quotidiana dos gregos na época de Péricles. Lisboa: Livros do Brasil, 1988.
FORBES, C. A. Neoi: a contribution to the study of Greek associations. Connecticut: The American Philological Association, 1933.
FORTES, M. Age, generation and social structure. In: KERTZER, D. I.; KEITH, J. (ed.). Age and anthropological theory. London: Cornell University Press, 1984, p. 99-122.
GARLAND, R. Daily life of the ancient Greek. Indianapolis: Hackett, 2009
GOLDEN, M. Children and childhood in Classical Athens. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1993.
GROPPO, L. A. Juventude: ensaios sobre sociologia e história das juventudes modernas. Rio de Janeiro: Difel, 2000.
IRWIN, M. W. Odysseus’ “Hyacinthine Hair” in “Odyssey” 6.231. Phoenix, v. 44, n. 3, p. 205-18, 1990.
JAEGER, W. Paidéia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
JEANMAIRE, H. Couroi et courètes: essai sur l’éducation spartiate et sur les rites d’adolescence dans l’Antiquité Hellénique. Lille: Bibliothèque Universitaire, 1939.
KLEIN, A. E. Child life in Greek Art. New York: Columbia University Press, 1932.
LACROIX, M. Ἤπιος, νήπιος. In: MELANGES OFFERTS A A.M. DESROUSSEAUX par ses amis et ses élèves: en l’honneur de sa cinquantième année d’enseignement supérieur (1887-1937). Paris: Hachette, 1937, p. 261-272.
LANGDON, S. Art and identity in Dark Age Greece, 1100-700 B.C.E. New York: Cambridge University Press, 2008.
LESSA, F.S. Mulheres de Atenas: Mélissa do gineceu à agorá. Rio de Janeiro: Mauad X, 2010.
LEVI, G.; SCHMITT, J-Cl. Introdução. In: ______. (org.). História dos Jovens: da Antiguidade à Era Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 7-17.
LIMA, A. C. C. Cultura popular em Atenas no V século a.C. Rio de Janeiro: Letras, 2000.
LISSARRAGUE, F. A Figuração das mulheres. In: DUBY, G.; PERROT, M. (org.). História das mulheres no Ocidente. Porto: Afrontamento, 1993. v. 1.
MAFFRE, J-P. A vida na Grécia clássica. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.
MALINOWSKI, B. Crime e costume na sociedade selvagem. Brasília: Editora da UnB, 2008.
MALINOWSKI, B. The sexual life of savages in North Western Melanesia. New York: Eugenics, 1929.
MANNHEIM, K. Funções das gerações novas. In: PEREIRA, L.; FORACCHI, M. M. (org.). Educação e sociedade. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1976, p. 91-97.
MCNIVEN, T. J. Behaving like a child immature. In: COHEN, A.; RUTTER, J. B. (ed.). Construction of childhood in Ancient Greece and Italy. Athens: The American School of Classical Studies at Athens, 2007, p. 85-99.
MEAD, M. Adolescencia y cultura en Samoa. Barcelona: Paidós, 1990.
MEAD, M. Coming of age in Samoa. New York: William Morrow & Company, 1928.
MORAES, A. S. Curso de vida e construção social das idades no mundo de Homero (séc. X ao IX a.C.): uma análise sobre a formação dos habitus etários na Ilíada e Odisseia. Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense. Niterói: UFF, 2013.
ROBERTSON, M.; BEARD, M. Adopting an approach. In: RASMUSSENT, T.; SPIVEY, N. (ed.). Looking at Greek vases. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.
SAVAGE, J. A criação da juventude: como o conceito teenage revolucionou o século XX. São Paulo: Rocco, 2009.
SCHMITT PANTEL, P. Uma história pessoal: os mitos gregos. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2019.
SCHNAPP, A. A imagem dos jovens na cidade grega. In: LEVI, G.; SCHMITT, J-Cl. (org.). História dos jovens: da Antiguidade à Era Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 19-57.
SOARES, C. Crianças jovens nas ‘Vidas’ de Plutarco. Coimbra: CECH, 2011.
VERNANT, J-P. A morte nos olhos: figuração do outro na Grécia antiga, Ártemis e Gorgó. Rio de Janeiro: Zahar, 1991.
WILLIAMS, D. Women on Athenian vases: problems of interpretation. In: CAMERON, A.; KUHRT, A. (ed.). Images of women in Antiquity. London: Croom Helm, 1993, p. 92-106.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Fábio de Souza Lessa, Alexandre Santos de Moraes 2021
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
a. L’Auteur mantient les droits d’Auteur et accorde à la revue le droit de première publication.
b. L’Auteur a l’autorisation pour assumer des contrats additionnels séparément, pour distribution non exclusive de la version du travail publiée dans cette revue (ex.: publier en répertoire institutionnel ou comme chapitre de livre), avec reconnaissance de l’Auteur et publication initiale dans cette revue.
c. L’Auteur a l’autorisation et est encouragé à publier et distribuer leur travail en ligne (ex.: dans des répertoires institutionnels ou dans votre page personnelle) après la première publication par la revue, avec les créances.
d. Les textes de la revue sont publiés sous Licence CC BY 4.0 Deed Attribution 4.0 International (CC BY).