A administração dos Marqueses de Cascais em Itamaracá: capitães-mores e procuradores do donatário (1692-1763)
DOI:
https://doi.org/10.47456/e-2021320310Palavras-chave:
Capitania de Itamaracá, Casa de Cascais, Administração DonatarialResumo
A capitania de Itamaracá permaneceu como uma donataria em um período em que ocorriam progressivamente incorporações das capitanias hereditárias do Atlântico ao patrimônio régio, durante os séculos XVII e XVIII. A devolução da referida capitania à família donatarial dos Marqueses de Cascais ocorreu em 1692, permanecendo com a posse até a morte da última herdeira da Casa de Cascais, em 1763. Dentro deste contexto, o objetivo deste artigo é entender como os Marqueses de Cascais mantinham a administração de sua possessão à distância, através das nomeações para ofícios da administração colonial, sobretudo o ofício de capitão-mor, relativo ao governo da capitania, bem como de procuradores do donatário, muitas vezes coincidente com o de capitão-mor.
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