Hacia una historia escrevivente del derecho en Brasil

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47456/e-20253611

Palabras clave:

historia del derecho; historia viviente; escrevivência.

Resumen

Este artículo discute la emergencia de un abordaje “viviente” o “escrevivente” de la Historia del Derecho, impulsado por jóvenes investigadoras e investigadores que buscan metodologías historiográficas capaces de partir de sus propias experiencias, ancestralidades, afectos y posicionamientos políticos. La investigación dialoga con dos referencias centrales: la Historia Viviente, desarrollada por historiadoras de la Comunidad de Historia Viviente (Italia), y la Escrevivência, concepto formulado por Conceição Evaristo a partir de la escritura de mujeres negras brasileñas. Ambas proponen formas alternativas de narrar y producir conocimiento a partir de la experiencia, cuestionando epistemologías dominantes y abriendo espacio para otras formas de contar la Historia del Derecho. En oposición al paradigma tradicional de la historiografía jurídica, marcado por la objetividad y el distanciamiento entre sujeto y objeto, este abordaje incorpora un giro epistemológico que reconoce la presencia del Derecho y de la Historia en los cuerpos y vivencias en el presente.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Diego Nunes, UFSC
    Professor Adjunto II - Teoria e História do Direito Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
    Centro de Ciências Jurídicas - CCJ
    Departamento de Direito - DIR
    Programa de Pós-Graduação em Direito - PPGD Instituto de Memória e Direitos Humanos - IMDH Co-líder do Ius Commune - UFSC/CNPq Tutor do PET Direito UFSC
  • Laura Rodrigues Hermando, UniMC

    Doutoranda em Law and Innovation pela Università degli studi di Macerata (Itália).

    Mestra em Teria e História do Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina.

  • Bruna Santiago Franchini, UFSC

    Mestra e doutoranda em Teoria e História do Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina.

    Mestranda em La Política de las Mujeres pela Universitat de Barcelona (Espanha).

    Especialista em Politicas Publicas y Justicia de Género pelo CLACSO.

     

Referencias

FONTES

ANZALDÚA, Gloria. Speaking in tongues: a letter to Third World women writers. In: MORAGA, Cherríe; ANZALDÚA, Gloria (orgs.). This bridge called my back: writings by radical women of color. New York: Kitchen Table, 1981.

COMUNIDAD DE HISTORIA VIVIENTE (MARTINENGO, Marirì; MINGUZZI, Laura; SANTINI, Marina; TAVERNINI, Luciana). La práctica de la historia viviente: premisa essencial. Duoda: Estudios de la Diferencia Sexual, v. 40, 2011, p. 62–64. Disponível em: https://raco.cat/index.php/DUODA/article/view/241346/323937. Acesso em: março 2025.

CURIEL, Ochy. La nación heterosexual: análisis del discurso jurídico y el régimen heterosexual desde la antropología de la dominación. Bogotá: Brecha lésbica y en la frontera, 2013.

DIYAR, Zîlan. What is Jineolojî? Jineolojî, 14 dez. 2018. Disponível em: https://jineoloji.eu/en/2018/12/14/what-is-jineoloji/. Acesso em: março 2025.

EDITORIAL. La historia viviente. Duoda: Estudios de la Diferencia Sexual, v. 40, 2011, p. 5–9. Disponível em: https://raco.cat/index.php/DUODA/article/view/241341/323932. Acesso em: março 2025.

EVARISTO, Conceição. "A escrevivência serve também para as pessoas pensarem". [Entrevista concedida a] Tayrine Santana e Alecsandra Zapparoli. Agência de notícias do Itaú Social, 9 nov. 2020. Disponível em: https://www.itausocial.org.br/noticias/conceicao-evaristo-a-escrevivencia-serve-tambem-para-as-pessoas-pensarem/. Acesso em: março 2025.

FRYE, Marilyn. The politics of reality: essays in feminist theory. Freedom: Crossing Press, 1983.

HEUCHAN, Claire. Mulheridade: sobre sexo, papéis de gênero e autoidentificação (Tradução do texto Womanhood: on sex, gender roles, and self-identification, publicado originalmente em 9 fev. 2018, de Claire Heuchan no blog Sister Outrider). FURIOSA: QG Feminista, 20 mar. 2020. Disponível em: https://medium.com/qg-feminista/introdução-ao-radical-mulheridade-ff5d91faa900#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20política,do%20papel%20de%20gênero%20feminino. Acesso em: março 2025.

KAYA, Gönül. Why Jineolojî? Re-Constructing the Sciences towards a Communal and Free Life. Jineolojî, 27 mar. 2014. Disponível em: https://jineoloji.eu/en/2014/03/27/why-jineoloji-re-constructing-the-sciences-towards-a-communal-and-free-life/. Acesso em: março 2025.

LORDE, Audre. Zami: a new spelling of my name. A biomythography. Berkeley/Toronto: Crossing Press, 1982.

NASCIMENTO, Beatriz. O negro visto por ele mesmo: ensaios, entrevistas e prosa. São Paulo: Ubu Editora, 2022.

NASCIMENTO, Beatriz. Por uma história do homem negro. In: RATTS, Alex (org.). Uma história feita por mãos negras. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

NASCIMENTO, Beatriz. Uma história feita por mãos negras: relações raciais, quilombos e movimentos. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

O'BYRNE, Shannon. Legal criticism as storytelling. Ottawa Law Review, v. 23, n. 3, 1991, p. 487–503. Disponível em: https://era.library.ualberta.ca/items/cd4b9363-1f40-490e-9250-0b04ad77189a. Acesso em: 12 mar. 2025.

RIVERA GARRETAS, María-Milagros. La historia que rescata y redime al presente. Duoda: Estudios de la Diferencia Sexual / Estudis de la Diferència Sexual, v. 33, 2007, p. 27–39. Disponível em: https://raco.cat/index.php/DUODA/article/view/121110. Acesso em: 12 mar. 2025.

RIVERA GARRETAS, María-Milagros. La historia viviente: historia más verdadera. In: EDITORIAL: La història vivent / La historia viviente. Duoda: Estudios de la Diferencia Sexual / Estudis de La Diferència Sexual, v. 40, 2011, p. 98–110. Disponível em: https://raco.cat/index.php/DUODA/article/view/241957/324548. Acesso em: março 2025.

SÁ, Gabriela Barreto de. Direito à memória e ancestralidade: escrevivências amefricanas de mulheres escravizadas. 2020. Tese (Doutorado em Direito) – Universidade de Brasília, Brasília. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/41629. Acesso em: março 2025.

OBRAS DE APOIO

ALMEIDA, Philippe Oliveira de; SANTOS, Vanilda Honória dos; BARBOSA, Mario Davi (org.). A cor da história & a história da cor. Florianópolis: Habitus, 2022.

BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

BORTULUCCE, Vanessa Beatriz. O manifesto como poética da modernidade. Literatura e Sociedade, São Paulo, v. 20, n. 21, p. 5–17, 2015.

COSTA, Pietro. Soberania, representação e democracia: ensaio da história do pensamento jurídico. Curitiba: Juruá, 2010.

COSTA, Pietro. Dizer a verdade. Revista História do Direito, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 250–273, 2020.

DUVE, Thomas; HERZOG, Tamar (org.). The Cambridge history of Latin American law in global perspective. Cambridge: Cambridge University Press, 2024.

EVARISTO, Conceição. A escrevivência e seus subtextos. In: DUARTE, Constância Lima; NUNES, Isabella Rosado (org.). Escrevivência: a escrita de nós: reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020.

FLORES, Alfredo de J. Um impasse na historiografia jurídica nacional: a consolidação da área enquanto disciplina curricular ou campo heurístico desde o final do século XX. In: SIQUEIRA, Gustavo; LYNCH, Christian. História do Direito: processos, métodos e dados. Londrina: Engenho das Letras, 2024, p. 31–69.

FONSECA, Ricardo Marcelo (org.). Nova história brasileira do direito: ferramentas e artesanias. Curitiba: Juruá, 2012.

FONSECA, Ricardo Marcelo. O deserto e o vulcão: reflexões e avaliações sobre a história do direito no Brasil. Forum Historiae Iuris, v. 1, p. 1–16, 2012. Disponível em: https://forhistiur.

net/legacy/debatte/nuovomondo/pdf%20files/1206fonseca.pdf. Acesso em: março 2025.

FRANCHINI, Bruna Santiago. “Foi obra do homem na sua sabedoria infinita…”: críticas feministas ao direito da Primeira República. Florianópolis: Habitus, 2024.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

GROSSI, Paolo. A ordem jurídica medieval. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014.

GROSSI, Paolo. Mitologias jurídicas da modernidade. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2004. (2. ed. em 2007).

GROSSI, Paolo. Un diritto senza Stato: la nozione di autonomia come fondamento della costituzione giuridica medievale. Quaderni fiorentini per la storia del pensiero giuridico moderno, v. 25, p. 267–284, 1996.

GUANDALINI JR., Walter. Cidades invisíveis no império do direito: cautelas de método para a história do direito. História do Direito, Curitiba, v. 3, n. 5, p. 10–22, 2023. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/historiadodireito/article/view/85628. Acesso em: março 2025.

GUANDALINI JR., Walter. Guia prático de pesquisa em história do direito. São Paulo: Almedina, 2024.

HERMANDO, Laura Rodrigues. Elos entre o jurídico e o vivido: a dimensão constitucional da casa patriarcal brasileira entre 1822 e 1916. 2024. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito, Florianópolis.

HESPANHA, António Manuel. Cultura jurídica européia: síntese de um milênio. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2005.

HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013.

JESUS, Edmo de Souza Cidade de. Pelos becos da memória jurídica: as escrevivências de Eunice Prudente e Dora Bertulio nas relações entre o campo científico e a formação do quilombo jurídico direito e relações raciais. 2023. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Direito, Florianópolis. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/249865. Acesso em: março 2025.

LOPES, José Reinaldo de Lima. Direito e história: questões para uma estranha disciplina. História do Direito, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 331–350, 2020. Disponível em: https://revistas.

ufpr.br/historiadodireito/article/view/78733. Acesso em: março 2025.

LOPES, José Reinaldo de Lima. História do direito: sua (re)introdução e função nos cursos jurídicos. Revista da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, v. 113, p. 21–44, jan./dez. 2018. Disponível em: https://revistas.usp.br/rfdusp/article/view/156523. Acesso em: março 2025.

MARTINS, Argemiro et al. (org.). Os tempos do direito: diacronias, crise e historicidade. São Paulo: Max Limonad, 2020.

MECCARELLI, Massimo. La configurazione del passato nella transizione alla democrazia: il diritto, la memoria, la storia e il problema della coesão social. Scienza & Politica, v. XXXV, n. 68, p. 47–65, 2023.

MECCARELLI, Massimo. Il divario situazionale: il peso del passado nelle origini delle democrazie del Novecento, tra letteratura e diritto. In: DE CRISTOFARO, Ernesto; TESTUZZA, Maria Sole (a cura di). Tempi difficili: crisi e trasformazioni otto-novecentesche tra storia e diritto. Acireale: Bonanno, 2024. p. 213–235.

MOREIRA, Adilson José. Pensando como um negro: ensaio de hermenêutica jurídica. São Paulo: Contracorrente, 2019.

NUNES, Diego; SANTOS, Vanilda Honória dos. Por uma história do conceito jurídico de quilombo no Brasil entre os séculos XVIII e XX. Revista da Faculdade de Direito UFPR, Curitiba, v. 66, n. 1, p. 117–148, jan./abr. 2021. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/

direito/article/view/72690. Acesso em: março 2025.

Publicado

2025-09-10

Número

Sección

Dossiê Histórias do direito e da justiça no Brasil: perspectivas plurais"

Cómo citar

Hacia una historia escrevivente del derecho en Brasil. Revista Ágora, Vitória/ES, v. 36, p. e-20253611, 2025. DOI: 10.47456/e-20253611. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/48205. Acesso em: 5 dec. 2025.

Artículos similares

11-20 de 249

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.