Transits and indigenous negotiations in Espírito Santo at the time Brazilian Independence: Botocudos Indians between the forests and villages

Authors

  • Francieli Aparecida Marinato Instituto Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.47456/e-2022330101

Keywords:

Botocudo Indians, colonization, resistance, indigenous protagonism

Abstract

In the 19th century, the Botocudos, a group of Brazilian natives, were the target of the continuous contact with Portuguese-Brazilian colonizers interested in the colonization of the Rio Doce (Doce River) region, with actions that ranged from violent attacks to the attempts of pacification and settlement, from Brazilian Independence. In this article, we analyze a set of documents formed by military and native’s directors correspondences written during the dacades of 1820-1830 in Espírito Santo, that documents reveal the impetuous indigenous resistance, not just in a offensive way, but using the resources offered by the colonizers and undertaking a constant transit among the space of the “sertão” (the forests) to the colonizing enclaves formed by barracks, villages and settlements. This analysis allowed us to identify the different Botocudos groups and their self-denominations, their internal rivalries, the domain of the territory and the indigenous awareness of the colonization in the process.

Downloads

Download data is not yet available.

References

Fontes

Arquivo Público do Estado do Espírito Santo. Fundo Governadoria, Série Accioly, Livro 67, folhas 56, 57, 59, 63, 64, 81, 83, 95, 142, 147-148, 153, 210, 211, 217 e 228.

Arquivo Público do Estado do Espírito Santo. Fundo Governadoria, Série Accioly, Livro 30, folhas 142, 153, 206, 208, 220, 223, 246, 251, 258, 931, 945, 956, 959.

OTONI, Teófilo. Notícia sobre os selvagens do Mucuri em uma carta dirigida pelo Sr. Teófilo Bendito Otoni ao Sr. Dr. Joaquim Manuel de Macedo em 31 de março de 1858. In: DUARTE, Regina Horta (Org.). Notícia sobre os selvagens do Mucuri. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002, p. 39-94.

Regulamento para a civilização dos índios Botocudos nas margens do rio Doce de 28/1/1824. In: OLIVEIRA, José Joaquim Machado de (Org.). Notas, apontamentos e notícias para a história da Província do Espírito Santo. Revista do IHGB, tomo XIX. Rio de Janeiro: Typ. Universal de Laemmert, 1856, p. 222-224.

VASCONCELLOS, Ignácio Accioli de. Memória statistica da Província do Espírito Santo escrita no anno de 1828. Vitória: APE-ES, 1977.

Obras Gerais

ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003.

APOLINÁRIO, Juciene R. Contatos interétnicos entre povos indígenas no sertão da Capitania real da Paraíba, entre os séculos XVI e XVIII. In: APOLINÁRIO, Juciene R. e REGO, André de A. (orgs). Novas histórias dos povos indígenas no Brasil: territorialidades da escrita interdisciplinar indígena e não-indígena. Salvador: Sagga, 2018.

CUNHA, Manuela Carneiro da (Org.). Legislação Indigenista no século XIX: uma compilação (1808-1889). São Paulo: Edusp, 1992.

MARINATO, Francieli. A. Índios imperiais: os Botocudos, os militares e a colonização do rio Doce (ES, 1824-1845). Dissertação. Mestrado em História Social da Relações Políticas. Vitória, UFES, 2007.

_____. Nação e civilização no Brasil: os índios Botocudos e o discurso de pacificação no Primeiro Reinado. In: Dimensões: Revista de História da Ufes. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, n. 21, 2008, p. 41-62.

MATTOS, Izabel Missagia de. Civilização e revolta: os Botocudos e a catequeses na Província de Minas. Bauru: EDUSC, 2004.

MONTEIRO, John M. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

_____. Tupis, tapuias e historiadores: estudos de história indígena e do indigenismo. Tese de Livre-Docência, IFCH-Unicamp, 2001. Disponível em:

MOREIRA, Vânia Maria Losada. A produção histórica dos vazios demográficos: guerra e chacinas no vale do rio Doce (1800-1830). História – Revista do Departamento de História da UFES, Vitória, n. 9, p. 99-123, 2001.

_____. Reinventando a autonomia: liberdade, propriedade, autogoverno e novas identidades indígenas na capitania o Espírito Santo, 1535-1822. São Paulo: Humanitas, 2019.

MOREL, Marco. Independência, vida e morte: os contatos com os Botocudos durante o Primeiro Reinado. Dimensões – Revista de História da UFES, Vitória, n. 14, p. 91-113, 2002

PARAÍSO, Maria Hilda B. Os Botocudos e sua trajetória histórica. In: CUNHA, Manuela Carneiro (Org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 413-430.

_____. Guido Pokrane, o imperador do rio Doce. SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA DA ANPUH, 2005, Londrina. Disponível em: <http://www.ifch.unicamp.br>. Acesso em: dez. 2006.

OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. A sociologia do Brasil indígena. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978.

OLIVEIRA, João Pacheco. Ensaios em antropologia histórica. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1999.

OLIVEIRA, José Teixeira de. História do Estado do Espírito Santo. 3. ed. Vitória: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo; Secretaria de Estado da Cultura, 2008.

PORTO ALEGRE, Maria Sylvia. Rompendo o silêncio: por uma revisão do “desaparecimento” dos povos indígenas. Revista Brasileira de Etno-História, Recife, ano 2, n. 2, 1998.

SPOSITO, Fernanda. Nem cidadãos, nem brasileiros: indígenas na formação do Estado nacional brasileiro e conflitos na província de São Paulo (1822-1845). São Paulo: Alameda, 2012.

Published

2022-06-03

How to Cite

MARINATO, Francieli Aparecida. Transits and indigenous negotiations in Espírito Santo at the time Brazilian Independence: Botocudos Indians between the forests and villages. Ágora Journal, Vitória/ES, v. 33, n. 1, p. e-2022330101, 2022. DOI: 10.47456/e-2022330101. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/35073. Acesso em: 17 jul. 2024.

Issue

Section

A Independência e a diversidade de projetos provinciais