Dois momentos do espectador na obra de Antonio Manuel
Palavras-chave:
Antonio Manuel, espectador, arte contemporânea brasileiraResumo
Este texto pensa a posição do espectador através de duas obras de Antonio Manuel, “Urnas-quentes” (1969) e “O Corpo é A Obra” (1970). No entendimento de que são dois casos antagônicos, demonstra-se a participação ativa do público, no primeiro caso, e passiva, no segundo. Tal raciocínio é conduzido pelo contexto de abertura conceitual e inserção do espectador, próprios da arte produzida no Brasil dos anos 1960, para a qual os escritos e declarações de artistas, como Hélio Oiticica e o próprio Antonio Manuel, e de críticos próximos, como Frederico Morais, nos dão acesso. As duas obras, aqui privilegiadas, são equacionadas com uso do público como ponto de apoio e exemplificam a problemática da recepção crítica das obras de arte.
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