A NEGOCIAÇÃO PERSUASIVA PARA A ANÁLISE DA ARGUMENTAÇÃO NOS DISCURSOS

Autores

  • Mônica Magalhães Cavalcante Universidade Federal do Ceará
  • Mariza Angélica Paiva Brito Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
  • Maria Eduarda Giering Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Rosalice Botelho Wakim Sousa Pinto Universidade Nova de Lisboa

Resumo

Temos reivindicado (CAVALCANTE, 2018) que uma análise argumentativa deve considerar não somente aspectos lexicais (morfossemânticos) e gramaticais, mas também parâmetros que concernem ao texto - um enunciado com começo, meio e fim, que acontece como evento singular, compondo uma unidade de comunicação e de sentido em contexto. A Linguística Textual muito tem a contribuir para a descrição e a análise das estratégias de organização textual de que pode se valer o locutor para a negociação persuasiva em diferentes modalidades argumentativas. Este trabalho assume, com Amossy (2017), uma noção estendida de persuasão, que compreende dois tipos de retórica argumentativa:  uma da ordem do consenso - uma “retórica do acordo”; outra da ordem do dissenso - uma “retórica do desacordo, da polêmica no espaço público”. Pleiteamos, assim, que se possa utilizar o termo persuadir no sentido de negociação persuasiva. Argumentar seria, assim, uma negociação persuasiva na tentativa de influência, de pôr em ação uma série de estratégias, dentre elas as textuais, para negociar, em uma determinada interação, certos pontos de vista, a partir dos quais se tenta influenciar o outro.

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Biografia do Autor

Mônica Magalhães Cavalcante, Universidade Federal do Ceará

Professora do Departamento de Letras Vernáculas e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará. Líder do Grupo Protexto.

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Publicado

22-10-2019