Pragmática, representação e minorias
os usos da (im)polidez na série de TV Glee
DOI:
https://doi.org/10.47456/cl.v16i33.37692Palavras-chave:
Pragmática, Teoria da Polidez, Minorias, Representação, GleeResumo
Este trabalho tem como objetivo analisar a série de TV americana Glee, a fim de refletir como as faces, as máximas, as regras e as estratégias da Teoria da Polidez são apresentadas diante de personagens lidos como parte de um grupo minoritário, em comparação com personagens tidos como maioria e se fundamenta, principalmente, nas contribuições de autores como Thomas (1995) e Yule (1996) e suas pesquisas no campo da Pragmática; e Brown e Levinson (1987) e seus estudos sobre a polidez. Nos sustentamos também em reflexões de autores que discutem representação, língua e significado (HALL, 1997; JODELET, 2001; MOSCOVICI, 2000; SOARES, 2007). Nosso corpus é composto de excertos de três episódios da série que foram analisados a partir de um viés qualitativo-interpretativista. Glee é um programa de TV que representa múltiplas realidades através da ficção e os trechos selecionados nos possibilitam refletir sobre as discrepâncias nas interações que envolvem personagens considerados minoria em comparação com personagens lidos como maioria. Como resultado da nossa análise, ficou evidenciado que a polidez, destacada nos excertos, se deu primordialmente sobre personagens considerados maioria. Diante grupos minoritários, a impolidez, principalmente parte do diretor e do professor, prevaleceu.
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