Tipologia bíblica e semiotização no discurso teológico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/cl.v17i38.42269

Palavras-chave:

tipologia bíblica, tipo, discurso teológico, semiotização.

Resumo

O artigo focaliza o fenômeno da tipologia bíblica em uma perspectiva discursiva, considerando sua materialização linguística na Escritura e, logo, a consideração dos tipos como evidências que denunciam a relação entre os dois grandes eixos da Bíblia Sagrada conhecidos como Antigo e Novo Testamento. O percurso a ser trilhado compreende exposição teórica, a partir da qual se recuperam a definição teológica para a tipologia e os conceitos e categorias da teoria Semiolinguística para, em seguida, proceder-se a uma amostra de análise que demonstre o processo linguístico-discursivo de significação de um tipo em função das circunstâncias de produção. A análise sustenta a hipótese de uma semiotização prospectiva do mundo, operada pela inscrição do tipo de Cristo no antigo testamento bíblico e seu correspondente revelado no contexto neotestamentário. Confirma-se, ainda, o fenômeno em apreço como evidência discursiva que advoga em favor da estreita relação de correspondência entre os dois grandes conjuntos de textos que constituem o discurso teológico bíblico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mário Acrisio Alves Junior, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutor em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015), professor adjunto do Departamento de Línguas e Letras da Universidade Federal do Espírito Santo.

Jarbas Vargas Nascimento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (1994), professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Referências

BÍBLIA SAGRADA. Português. Bíblia Sagrada. Versão Almeida Revista e Corrigida - SBB. São Paulo: Vida Nova, 1998.

CHARAUDEAU, P. Grammaire du sens et de l’expression. Paris: Hachette, 1992.

CHARAUDEAU, P. Uma análise semiolinguística do texto e do discurso. In: PAULIUKONIS, M. A. L.; GAVAZZI, S. (orgs.). Da língua ao discurso: reflexões para o ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 11-29.

CHARAUDEAU, P. Linguagem e discurso: modos de organização. São Paulo: Contexto, 2008.

DAVIDSON, R. M. A natureza e identidade da tipologia bíblica: questões cruciais. Tradução de Ozeas Caldas Moura. In: revista Hermenêutica, 2004, p. 61-99.

LUND, E. Hermenêutica: regras de interpretação das sagradas escrituras. Tradução de Etuvino Adiers. Editora Vida, 1999.

MAINGUENEAU, D. L’analyse des discours constituants. In: MARI, Hugo et al. (org.). Fundamentos e dimensões da análise do discurso. Belo Horizonte: Carol Borges, 1999.

MAINGUENEAU, D. A noção de hipernunciador. In: revista Polifonia, EDUFMT, Cuiabá, n.10, 2005, p. 75-97.

MAINGUENEAU, D. La difficile émergence d’une analyse du discours religieux. In: Langage et société, 4, n. 130, 2009.

MAINGUENEAU, D. Clareza do texto, discursos constituintes e quadro hermenêutico. In: Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo - v. 8 - n. 1 - p. 11-19 - jan./jun. 2012.

NASCIMENTO, J. V. O discurso teológico como discurso constituinte. In: NASCIMENTO, J.V.; FERREIRA, A. Discursos constituintes. São Paulo: Blucher, 2020b, p. 34-59.

RICOEUR, P. A hermenêutica bíblica. São Paulo: Edições Loyola, 2007.

SCHLEIERMACHER, F. de. Hermenêutica: arte e técnica da interpretação. Petrópolis: ed. Vozes, 2015.

SMITH, J. K. A. A queda da interpretação: fundamentos filosóficos para uma hermenêutica criacional. Tradução de Valéria Lamim. 1.ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2021.

Downloads

Publicado

28-12-2023