Um monte de sentidos

os diferentes usos de construções binominais quantificadoras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/rctl.v18i40.45193

Palavras-chave:

Quantificação, Construções Binominais quantificadoras, Linguística Funcional Centrada no Uso

Resumo

Esta pesquisa descreve o uso de quatro construções binominais quantificadoras: "um monte de N2," "uma enxurrada de N2," "uma montanha de N2," e "uma chuva de N2," do ponto de vista da Linguística Baseada no Uso. A hipótese geral que assumimos é que tais construções apresentam diferentes distribuições na língua, ou seja, não são sinônimos absolutos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é descobrir quais são as propriedades semânticas específicas associadas a cada construção com base na análise de seus componentes N2, bem como os significados evocados por "monte," "enxurrada," "montanha," e "chuva" dentro de cada construção. Além disso, realizamos uma análise qualitativa e comparativa dos dados a partir do Corpus Brasileiro, focando nos lexemas mais frequentes em cada construção. De acordo com nossa hipótese, as quatro construções binominais quantificadoras recrutam diferentes lexemas, resultando em diferentes graus de coerência semântica. Ainda observamos que mesmo quando diferentes construções recrutam o mesmo lexema, o significado da construção difere.

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Biografia do Autor

Nuciene Caroline Amphilóphio Fumaux, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Atualmente é bolsista pós-doutorado nota 10 FAPERJ em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e desenvolve uma pesquisa acerca das construções binominais quantificadoras e ensino de Língua Portuguesa. Foi bolsista de doutorado nota 10 FAPERJ, é Doutora e Mestra em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, bem como licenciada em Letras (Português e Literaturas) pela mesma instituição. Foi indicada ao prêmio CAPES 2023 de melhor tese pelo programa de pós-graduação em linguística da UFRJ. Atuou como professora substituta de Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É membro do Grupo de Estudos Discurso & Gramática UFRJ. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de quantificadores; Gramática de Construções; mudança linguística; construções binominais quantificadoras; Linguística Centrada no Uso e Construcionalização.

Karen Sampaio Braga Alonso, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Professora Associada do Departamento de Linguística e Filologia da UFRJ. Coordenadora do Grupo Discurso gramática- UFRJ. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq (PQ-2). Possui graduação em Português/Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002), Mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005), Doutorado em Linguística pela UFRJ (2010) e pós-doutorado (visiting scholar) na área de Linguística na Universidade da Califórnia (Berkeley). Realizou capacitação na Universidade de Edimburgo (CAPES-Print). Docente do Programa de Pós-graduação em Linguística da UFRJ. Docente do Mestrado Profissional em Letras da UFRJ (PROFLETRAS, disciplina: Gramática, variação e ensino). Docente do Programa de Pós-graduação em Letras Neolatinas da UFRJ. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: gramática de construções; mudança linguística; Linguística Baseada no Uso.

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Publicado

22-12-2024