The use of the female pronoun as an identity mark of a gay group from Belém do Pará

Authors

DOI:

https://doi.org/10.47456/rctl.v18i39.43704

Keywords:

Terceira Onda. Identidade. Comunidade de Prática. Gênero.

Abstract

Third-wave sociolinguistic research (Eckert, 2005) in Brazil is still relatively recent. Some authors began to focus on linguistic variation as an identity mark of subjects/agents within communities of practice. From this perspective, the present study investigates the variation in the use of he/she by self-declared gay cis men. During the participatory observation carried out at the NGO Arte pela Vida, we noticed that the subjects participating in this community, within the community itself, variably use he/she to refer to their peers, that is, other self-declared gay cis men. This variation caught our attention and, therefore, was chosen as the object of analysis for this work. Some studies (Mendes, 2012; Santana, 2018; Ribeiro, 2021), which theoretically support this research, present the importance of the relationship between gender and language, especially with regard to linguistic variation and the construction of homosexual identities. After our analysis, we observed that the use of it to designate cis male people happens: a) when there are only volunteers from the NGO; b) when meetings are informal; and c) between people belonging to the same group previously identified in this text. It was also observed that its use is unusual for people who are not identified in the same way.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Suely Claudia Lobato Maciel, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Graduada em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA); especialista em Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa, pela mesma universidade; mestra em Mestrado Profissional em Letras, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL); doutoranda em Estudos da Linguagem, pela mesma universidade. É professora efetiva de Língua Portuguesa da Secretaria Estadual de Educação do Pará (SEDUC) e da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Belém (SEMEC).

Dircel Aparecida Kailer, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Graduada pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), mestre pela Universidade Estadual de Londrina e doutora pela Universidade Estadual Paulista/Araraquara (Unesp), pós-doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Docente associada B da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

References

BATTISTI, E. Redes sociais, identidades e variação linguística. In: FREITAG, R. M. K. (org.). Metodologia de coleta e manipulação de dados em sociolinguística. São Paulo: Blucher, 2014. p. 79-98.

BENTES, A. C. “Tudo que é sólido desmancha no ar”: sobre o problema do popular na linguagem. Gragoatá, Niterói, n. 27, p. 117-134, 2009.

BRITO, A. R. Atitudes Linguísticas da Comunidade Kyikatêjê no Sudeste do Estado do Pará. Revista Humanidades e Inovação, Palmas, v. 4, n. 4, p. 148-157, 2017.

CAMACHO, R. G.; SALOMÃO-CONCHALO, M. H. A variação de plural no SN como indexador de identidade. Todas as Letras, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 46-63, 2016.

ECKERT, P. Variation, convention and social meaning. In: Paper presented at the Annual Meeting of Linguistic Society of America, Oakaland, CA, Jan. 2005.

ECKERT, P.; MCCONNELL-GINET, S. Comunidades de práticas: lugar onde co-habitam linguagem, gênero e poder, In: OSTERMANN, A. C.; FONTANA, B. Linguagem, gênero e sexualidade: clássicos traduzidos. São Paulo: Parábola, 2010. p. 93-107

ECKERT, P. Three waves of variation study: the emergence of meaning in the study of sociolinguistic variation. Annual Review of Anthropology, Palo Alto, n. 41, p. 87-100, 2012.

FREITAG, R. M. K.; MARTINS, M. A.; TAVARES, M. A. Bancos de Dados Sociolinguísticos de Português Brasileiro e os Estudos de Terceira Onda: potencialidades e limitações. Alfa, São Paulo, v. 56, n. 3, p. 917-944, 2012.

GARRÃO NETO, E. A Sociolinguística. In: MOLLICA, M. C. (org.). Linguagem para formação em letras, educação e fonoaudiologia. São Paulo: Contexto, 2009. p. 83-92.

HORA, D. da; WETZELS, L. A variação linguística e as restrições estilísticas. Revista da Abralin, v. Eletrônico, n. Especial, p.147-188. 2011.

LABOV, W. Padrões Sociolinguísticos. Trad. de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2008 [1972].

LACERDA, M. L.; GÖRSKI, E. M.; PAZA, C. R. M. A Terceira Onda variacionista: continuidade ou descontinuidade de fases? Revista da Abralin, v. 21, n. 1, p. 1-27, 2022.

LISBOA, C. M. de O. M. Doutor e outras formas de tratamento direcionados aos profissionais jurídicos: análise de uma comunidade de prática à luz da Terceira Onda da Sociolinguística. 2015. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) – Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2015.

MACIEL, S. C. L. O Apagamento do -R em Coda Silábica em textos escritos por alunos da EJA de Belém do Pará: uma proposta de intervenção pedagógico-variacionista. 2018. Dissertação (Mestrado Profissional em Letras) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2018.

MAINARDES, J. Pesquisa etnográfica: elementos essenciais. In: BOURGUIGNON, J. A. Pesquisa Social: reflexões teóricas e metodológicas. Ponta Grossa: Toda Palavra, 2009. p. 99-124.

MENDES, R. B. Diminutivos como marcadores de sexo/gênero. Revista Linguística, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 113-124, 2012.

MENDES, R. B. A Terceira Onda da Sociolinguística. In: FIORIN, J. L. Novos caminhos da Linguística. São Paulo: Contexto, 2017. p. 103-124.

MOLLICA, M. C. Fundamentação teórica: conceituação e delimitação. In: MOLLICA, M. C.; BRAGA, M. L. (org.). Introdução à Sociolinguística: o tratamento da variação. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 9-14.

MONTEIRO, J. L. Para compreender Labov. Petrópolis: Vozes, 2000.

MOSER, F.; DAMKE, C. A construção da identidade na e pela linguagem. Revista Travessias. v. 6. n. 2, p. 428-447, 2012.

NOGUEIRA, J. M. da S. O vocativo numa comunidade de prática gay de Serra Talhada-PE: descrição e uso. 2019. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.

OUSHIRO, L. Identidade na pluralidade: avaliação, produção e percepção linguística na cidade de São Paulo. 2015. Tese (Letras) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

OUSHIRO, L. Conceitos de Identidade e Métodos para seu Estudo na Sociolinguística. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, n. 63, n. Esp., p. 304-325, 2019.

RIBEIRO, A. B. O. Usos Linguísticos de um Grupo de Lésbicas e Gays: questões de identidade e estilo discutidas em entrevista dirigida. Work. Pap. Linguíst., Florianópolis, n. 22 (Especial), p. 302-326, 2021.

SANTANA, W. P. da S. Variação de Gênero Gramatical como Indexador de Identidade Gay. 2018. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018.

SANTOS, L. S. M. Sobre a ausência de concordância nominal de número no português

falado em Pedro Leopoldo/Minas Gerais: uma abordagem variacionista. 2010. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010.

SAUSSURE, F. de. Curso de Linguística Geral. Trad. Antônio Chelini, José Paulo Paes, Isidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix, 1975 [1962].

SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007.

SCHWINDT, L. C. Sobre gênero neutro em português brasileiro e os limites do sistema linguístico. Revista da Abralin. v. 19, n. 1, p. 1-23, 2020.

TÍLIO, R. O jogo discursivo na vida afetiva: a construção de masculinidades hegemônicas e subalternas. In: LOPES, L. P. da M. (Org.). Discursos de identidade: discurso como espaço de construção de gênero, sexualidade, raça, idade e profissão na escola e na família. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2009.

VELOSO, R. As Três Ondas da Sociolinguística e um Estudo em Comunidades de Práticas. In: ALFAL, João Pessoa, 2014.

Published

23-08-2024