A importância da disciplina Linguística Aplicada na formação inicial de professores de Libras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/rctl.v18i39.43919

Palavras-chave:

Formação docente, Letras Libras, Ensino de Libras, Metanálise

Resumo

O presente estudo tem, como objetivo principal, discutir a importância da disciplina Linguística Aplicada na formação de licenciandos em Letras Libras que atuarão no contexto da Educação Básica. A introdução da Libras como disciplina nos currículos dos cursos de licenciatura faz pensar na falta e necessidade de organização da disciplina em âmbito acadêmico, bem como a questão profissional do futuro professor em sala de aula, o seu exercício no magistério com alunos surdos ou ouvintes, explicação de conteúdos destacando aspectos da cultura surda e metodologias de ensino no atendimento que precisamos na educação com tais alunos. A partir dessa premissa, optamos por realizar uma pesquisa bibliográfica do tipo ‘Metanálise’. Selecionamos os sites da Scielo e Periódicos Capes como base de dados para o levantamento com delimitação de um marco temporal de 8 (oito) anos, isto é, 2015 a 2023. Os resultados indicaram poucos estudos que envolvem o campo da Linguística Aplicada e formação inicial de professores de Libras (contexto do Letras Libras). Apesar disso, aqueles analisados apresentam significativas contribuições desta área do conhecimento para o fazer docente, bem como para o refletir de uma prática alinhada à realidade que circunda o estudante, seja surdo ou ouvinte.

Downloads

Biografia do Autor

  • Jerlan Pereira Batista, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Teoria e Análise Linguística pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Graduado em Letras Libras pela UFSC. Graduado em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário CESMAC.

  • Marianne Rossi Stumpf, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    Doutora em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com estágio na Universidade Paul Sabatier e na Universidade de Paris 8. Realizou pós-doutorado na Universidade Católica Portuguesa. Graduada em Tecnologia de Informática pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e em Educação de Surdos pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Professora Associada do Centro de Comunicação e Expressão e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Referências

ALMEIDA, E. V.; MAIA FILHO, V. Aprenda Libras com eficiência e rapidez. Curitiba, PR: Mãos Sinais, 2009.

BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 2002. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acesso em: 10 dez. 2022.

BRASIL. Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002 e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Brasília, DF, 2005. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 10 dez. 2022.

CASTRO, A. A. Revisão sistemática e meta-análise. 2001. Disponível em: http://www.usinadepesquisa.com/metodologia/wp-content/uploads/2010/08/meta1.pdf. Acesso em: 5 dez. 2022.

CELANI, M. A. A. Ensino de línguas estrangeiras: ocupação ou profissão? In: LEFFA, V. J. (org.). O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. 2. ed., Pelotas: Educat, 2008.

CÔRREA, L. B.; BRANCHER, V. R.; FERRÃO-CORDERO, B. Tensões e enfrentamentos da formação de professores de libras no ensino superior. Educitec - Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico, v. 8, e1464, 2022.

GARCIA, B. G. Defesa da língua de sinais e do direito à educação bilíngue. In: KARNOPP, L.; KLEIN, M.; LUNARDI-LAZZARIN, M. (org.). Cultura surda na contemporaneidade: negociações, intercorrências e provocações. Canoas: Ed. Ulbra, 2011.

GESSER, A. O ouvinte e a surdez: sobre ensinar e aprender a Libras. São Paulo: Parábola editorial, 2012.

KUMADA, K. M. O.; PRIETO, R. G. Formação inicial de professores de Libras: primeiros desafios ao reconhecimento do sujeito multifacetado. Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 27, n. 1, p. 34-50, 2019.

NEIGRAMES, W. P.; SANTOS, L. E. M.; ALMEIDA, F. A. S. D. O ensino de Libras e a linguística aplicada: uma ponte possível. Linguagem: Estudos e Pesquisas, Catalão, v. 22, n. 1, p. 67-82, 2018.

OLIVEIRA, A. A.; BARBOSA, M. G. S. Contribuições da linguística aplicada para o ensino de português para surdos. Caderno Seminal Digital, Rio de Janeiro, v. 36, n. 36, p. 224-252, 2020.

PINTO, C. M. Metanálise qualitativa como abordagem metodológica para pesquisas em letras. Atos de Pesquisa em Educação, Blumenau-SC, v. 8, n. 3, p. 1033-1048, 2013.

SILVA, J. A. T.; MAIA, A. M. F.; LIMA, R. P. Implicações do uso de jogos lúdicos no processo de ensino da Libras como segunda língua para pessoas ouvintes. Revista Diálogos, Cuiabá, v. 7, n. 2, p. 187-200, 2019.

SOUZA, A. L. S. et al. Formação inicial e continuada de professores em Libras: utilizando metodologias ativas focadas no imagético. Revista ELO – Diálogos em Extensão, Viçosa, v. 4, n. 1, p. 12-21, 2015.

Downloads

Publicado

23-08-2024