Sociolinguística Educacional
por um ensino de língua(s) culturalmente sensível
DOI:
https://doi.org/10.47456/rctl.v18i41.45941Palavras-chave:
Sociolinguística educacional, Ensino de língua portuguesa, Metodologia culturalmente sensível, Educação básicaResumo
Sabe-se que o ensino de língua portuguesa na Educação Básica ainda precisa ser aperfeiçoado, considerando os baixos índices de letramento da população brasileira. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é responder a seguinte questão: “Como a Sociolinguística Educacional pode contribuir para que as aulas de Língua Portuguesa, na Educação Básica, sejam mais efetivas para o letramento dos estudantes?”. Em termos metodológicos, essa pesquisa é de natureza qualitativa e gera dados por meio de revisão bibliográfica e análise documental, na medida em que também analisa documentos oficiais da educação. A análise indica que o ensino de língua portuguesa (ou de qualquer outra língua), na Educação Básica: (i) precisa ser culturalmente sensível; (ii) deve estar baseado em gêneros; (iii) precisa adotar, em todas aulas, uma concepção de língua enquanto fenômeno variável; e (iv) necessita ter foco no desenvolvimento da consciência (socio)linguística dos estudantes, para incentivo ao respeito pela heterogeneidade inerente ao povo e ao português brasileiro. Acredita-se, portanto, que a prática docente quanto ao ensino de língua(s), na Educação Básica, pode ser potencializada a partir de premissas dessa produtiva abordagem.
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