Caligrama, corpo e escrita
As encenações da euforia e da violência
DOI:
https://doi.org/10.47456/rf.v1i21.28324Resumen
A discussão com a interpretação crítica da forma do caligrama em termos de um qualificativo desambiguador ou de uma repetição tautológica é possibilitada pela consideração do contexto vanguardista. Nos caligramas de Apollinaire a encenação do espaço sonoro e, antes de mais nada, da experiência da ausência, tem como seu objetivo questionar a cumplicidade da poética vanguardista com a violência. Indagando o enigma do representável e a emergência visual do objeto, os caligramas encenam o jogo com a métrica e a irradiação da voz. Ao convidar o leitor à subversão da verticalidade da leitura, os caligramas atualizam o problema da percepção das figuras ambíguas, propondo também uma nova compreensão da intertextualidade por meio da combinação das expressões prontas em criativos desarranjos.
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