Raízes, tambores e frutos
a escola de arte do instituto cultural tambor de raiz, Conceição da Barra/ES
DOI:
https://doi.org/10.47456/evkk0g21Palabras clave:
Memória e História Oral; Sapê do Norte (ES); Comunidades Quilombolas; Educação Não-Formal; Escola de Artes do Instituto Cultural Tambor de Raiz.Resumen
A dissertação traz como objeto de estudo uma escola de arte no município de Conceição da Barra, localizada no Norte do Espirito Santo e comporta o território conhecido como Sapê do Norte. A partir do território, da cultura local e da história, analiso as motivações para a existência de uma escola de arte no município, bem como o público atingido pelas atividades da Instituição que abriga a escola. A pesquisa de face qualitativa utiliza a escola e componentes do Instituto Cultural Tambor de Raiz como fonte de coletas de dados segundo os pressupostos de Meihy (2015). Os conceitos importantes para essa pesquisa giram em torno da memória e história, para isso, nos debruçamos em referenciais teóricos Ecléa Bosi (1994), Halbwachs (2003) e Le Goff (1990). Tendo em vista que tratamos de questões de comunidades ancestrais, usamos como suporte Kabelenge Munganga (2004) e Inaicyra dos Santos (2008). A partir dos materiais coletados e da pesquisa estruturada, alguns fatores se mostram importantes nesse estudo. A memória coletiva se forma a partir de interesses em comum, de relações e lembranças, a identidade que é formada a partir do reconhecimento entre as pessoas e a transmissão de conhecimentos pelos saberes populares. Esses pilares dão base para esse estudo e também para a formação da Escola de Arte do Instituto Cultural Tambor de Raiz, e não menos importante, a resistência, que permeia todos os âmbitos de formação da escola. Resistência essa que é histórica na região, simbolizada pela gramínea Sapê e pelos tambores, na luta contínua contra o apagamento cultural e a apropriação territorial, contextualizando a Escola de Artes como um espaço de resistência e construção de identidade.
Referencias
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