Mudança Organizacional sob Diferentes Percepções: o Caso da Adesão de um Hospital Universitário a EBSERH
o Caso da Adesão de um Hospital Universitário a EBSERH
DOI:
https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2021.10.1.27687.8-27Palavras-chave:
Mudança organizacional, Comunicação, Hospital Universitário, EBSERHResumo
Em 2011 o Governo Federal criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), para reestruturar os hospitais universitários. A partir disso, várias instituições aderiram à gestão pela empresa, incluindo a organização de estudo em 2015 após aprovação do Conselho da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Este artigo objetiva compreender as percepções dos trabalhadores do Hospital Universitário (HU/UFSC) em relação à mudança organizacional no mesmo. A pesquisa é caracterizada como estudo de caso, de natureza qualitativa e descritiva. A coleta de dados consistiu em entrevistas e observação não-participante, com a utilização de análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa são demonstrativos de que a adesão à EBSERH foi complexa e desafiadora, as quais trouxeram diferentes reações e resistências à mudança. Houve também pouca avaliação efetiva do processo por parte dos gestores, dada a comunicação limitada entre os envolvidos.
Downloads
Referências
Alecian, S. & Foucher, D. (2001). Guia de Gerenciamento no Setor Público. Rio de Janeiro: Revan.
Andreazzi, M. F. S. (2013). Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares: inconsistências à luz da reforma do Estado. Rev. bras. educ. med., 37(2), 275-284.
Azevedo, C. S. (1995). Gestão Hospitalar: a visão dos diretores de hospitais públicos do município do Rio de Janeiro. Revista de Administração Pública, 29(3), 33-58.
Baldissera, R. (2009). Comunicação Organizacional na perspectiva da complexidade. Organicom, 6(10-11), 115-120.
https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2009.139013
Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70
Barros, A. J. P., & Lehfeld, N. A. S. (2007). Fundamentos da metodologia científica. (3ª ed.) São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Beer, M. (Org.). (2010). Gerenciando mudança e transição. (4ª ed.) Rio de Janeiro:Record.
Bergue, S. T. (2010). Cultura e mudança organizacional. Florianópolis:Departamento de Ciências da Administração/UFSC. [Brasília]: CAPES: UAB
Bernardes, A., Cecílio, L. C. O., Nakao, J. R. S., & Évora, Y. D. M. (2007). Os ruídos encontrados na construção de um modelo democrático e participativo de gestão hospitalar. Ciência & Saúde Coletiva, 12(4), 861-870. https://doi.org/10.1590/S1413-81232007000400008
Borges, R. S. G., & Marques, A. L. (2011). Gestão da Mudança: uma alternativa para a avaliação do impacto da mudança organizacional. Revista de Administração FACES Journal, 10(1), 95-113.
Braga, C. D., & Marques, A. L. (2008). Comunicação e mudança: a comunicação como elemento facilitador do processo de mudança organizacional. Revista da FAE, 11(1), 9-17.
Dyniewicz, A. M. (2009). Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. São Paulo: Difusão Editora.
EBSERH. (2018). Carta Anual De Políticas Públicas e Governança Corporativa. Brasília. Recuperado de: https://www.gov.br/ebserh/ptbr/ governanca/governanca-corporativa/carta-anual-de-politicas-publicas-egovernanca-corporativa/carta-anual-2018-base-2017_publicada.pdf
Ferreira, L. B.; Torrecilha, N., & Machado, S. H. S. (2012). A técnica de observação em estudos de administração. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro. RJ, 36.
Gestão & Conexões - Management and Connections Journal, Vitória (ES), v. 10, n. 1, p. 8-27, jan/abr. 2021.
Feuerwerker, L. C. M., & Cecílio, L. C. O. (2007). O hospital e a formação em saúde: desafios atuais. Ciência & Saúde Coletiva, 12(4), 965-971. https://doi.org/10.1590/S1413-81232007000400018
Flausino, V. S. (2015). Cultura e poder na organização hospitalar: as relações de poder na implantação da EBSERH em um Hospital Universitário. (Dissertação de Mestrado), Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Brasil. Recuperado
de: http://repositorio.ufu.br/handle/123456789/12011
Freitas, M. T. A. (2002). A abordagem sócio-histórica como orientadora da pesquisa qualitativa. Cad. Pesqui. (116), 21-39. https://doi.org/10.1590/S0100-15742002000200002
Gil, A. C. (1991). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Greenwood, R., & Hinings, C. R. (1996). Entendendo mudanças organizacionais radicais: Reunindo o antigo e o novo institucionalismo. Academia de Revisão de Gestão, 21(4), 1022-1054.
Kotter, J. P. (1997). Liderando mudança. Rio de Janeiro: Elsevier.
Lacombe, B. M. B., & Tonelli, M. J. (2001). O discurso e a Prática: O que nos dizem os especialistas e o que nos mostram as Práticas das Empresas sobre os Modelos de Gestão de Recursos Humanos. Rev. adm. contemp. 5(2), 157-174.
https://doi.org/10.1590/S1415-65552001000200008
Laville, C., & Dionne, J. (1999). A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Lei nº 12.550, de 15/12/2011 (2011) Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH. Brasilia, DF. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
/2011/lei/l12550.htm
Lewis, M. W. (2000). Exploring paradox: toward a more comprehensive guide. The Academy of Management Review, 25(4), 760-776. https://doi.org/10.5465/amr.2000.3707712
Luppi, G. (1995). Cultura organizacional: passos para a mudança. Belo Horizonte: Luzazul Editorial.
Malhotra, N. K. (2006). Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. (4ª ed). Porto Alegre: Bookman:
Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2007). Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. São Paulo: Atlas.
Marques, A. L., Borges, R., Morais, K., & Silva, M. C. (2014). Relações entre resistência à mudança e comprometimento organizacional em servidores públicos de Minas Gerais. Rev. adm. contemp.18 (2), 161-175. https://doi.org/10.1590/S1415-65552014000200004
Mattos, L. K. (2002). As mudanças organizacionais e seus gestores nas empresas na era da informação. (Dissertação de Mestrado). Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Disponível: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/3671
Merton, R. K. (1968). Social Theory and Social Structure. (cap. 11, pp. 198-228) New York: The Free Pass.
Michel, M. O. (2009). A Comunicação Organizacional e as Organizações na Rede: TICs, Internet e Mudanças na Comunicação. Anais do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (pp. 2-15). Curitiba, PR, 32.
Minayo, M. C. S., & Sanches, O. (1993). Quantitative and Qualitative Methods: Opposition or Complementarity? Cad. Saúde Públ. 9(3), 239-262. https://doi.org/10.1590/S0102-311X1993000300002
Morais, M. N. (2008). Cultura e subcultura: um estudo do setor de tecelagem da BETA S.A./JP. (Dissertação de graduação) Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ. João Pessoa, PB, Brasil.
Motta, F. C. P. (1995). Cultura nacional e cultura organizacional. In E. P. B. Davel, & J. G. M. Vasconcelos (Orgs.). Recursos humanos e subjetividade (pp. 187-197). Petrópolis, RJ: Vozes.
Neiva E. R., & Pantoja, M. J. (2011). Aprendizagem e mudança organizacional: das relações entre atitudes frente à mudança e estratégias de aprendizagem no trabalho. Revista Interamericana de Psicologia, 45(2), 145-156.
Neiva, E. R., & Paz, M. G. T. (2007). Percepção de mudança organizacional: um estudo em uma organização pública brasileira. Rev. adm. contemp. 11(1), 31-52. https://doi.org/10.1590/S1415-65552007000100003
Oliveira Netto, A. A. (2006). Metodologia da pesquisa científica: guia prático para apresentação de trabalhos acadêmicos. (2ª ed.) Florianópolis: Visual Books.
Paula, R. B. (2016). Desafios da gestão do HU/UFSC, após a criação da EBSERH pelo governo federal. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em
Administração Universitária. Florianópolis, SC, Brasil.
Persson, E. (2016). Burocracia, Ideologia e Gestão Social: uma abordagem crítica à luz da categoria habermasiana da esfera pública. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de
Pós-Graduação em Administração. Florianópolis, SC, Brasil. Recuperado de: Https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/167606
Pilotto, B. (2010). Os hospitais universitários e sua crise. Recuperado em 28 junho, 2019, de Http://www.scribd.com/doc/36023434/Os-Hospitais-Universitarios-e- Sua-Crise
Rego, G. T. (1986). Comunicação Empresarial /Comunicação Institucional. São Paulo: Summus.
Reis, M. C. (2011). Comunicação e mudança organizacional: uma interlocução instrumental e constitutiva. Organicom, 1(1), 36-53. https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2004.138868
Sales, J. D. A., & Silva, P. K. (2007). Os fatores de resistência a mudança organizacional e suas possíveis resultantes positivas: um estudo de caso na Indústria - Calçados Bibi do Município de Cruz das Almas – BA. Anais do
Seminários em Adm. São Paulo, SP, 5.
Santos, J. N., Neiva, E. R., & Andrade Melo, E. A. (2013). Relação entre clima organizacional, percepção de mudança organizacional e satisfação do cliente. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 29(1), 31-39. https://doi.org/10.1590/S0102-
Silva, J. R. G., & Vergara, S. C. (2003). Sentimentos, subjetividade e supostas resistências à mudança organizacional. Rev. adm. empres. 43(3), 10-21. https://doi.org/10.1590/S0034-75902003000300002
Smith, D. K. (1997). Fazendo a mudança acontecer: 10 princípios para motivar e deslanchar o desempenho das empresas. (L. E. T. F. Filho, trad.) Rio de Janeiro: Campus.
Sodré, F., Littike, D., Drago, L. M. B., & Perim, M. C. M. (2013). Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares: um novo modelo de gestão?. Serviço Social & Sociedade, (114), 365-380. https://doi.org/10.1590/S0101-66282013000200009
Teles, B. A. W. & Amorim, M. R. L. (2013). Gestão de Mudança: superando dificuldades na implantação dos Sistemas de Informação nas organizações. Anais do Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Resende, RJ, 5.
Toro, I. F. C. (2015). O papel dos hospitais universitários no SUS: avanços e retrocessos. Serviço Social & Saúde, 4(1), 55-60.
Vasconcelos, I., Motta, F. C. P., & Pinochet, L. H. C. (2003). Tecnologia, Paradoxos Organizacionais e Gestão de Pessoas. Rev. adm. empres. 43(2), 94-106.
Vilas Boas, A. A., & Batista, L. G. (2012). As metodologias de remuneração variável adotadas pelas empresas brasileiras e sua influência na mudança organizacional. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa – RECADM 3(1) 73-
https://doi.org/10.5329/RECADM.20040301004
Yin, R. K. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais dos originais aprovados serão automaticamente transferidos à Revista, como condição para sua publicação, e para encaminhamentos junto às bases de dados de indexação de periódicos científicos.
Esta cessão passará a valer a partir da submissão do manuscrito, em formulário apropriado, disponível no Sistema Eletrônico de Editoração da Revista.
A revista se reservará o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos(as) autores(as).
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos(às) autores(as), quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As provas finais serão encaminhadas aos(às) autores(as).
Os trabalhos publicados passarão a ser de propriedade da Revista, ficando sua re-impressão (total ou parcial) sujeita à autorização expressa da Revista. Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação: Revista Gestão & Conexões.
A Universidade Federal do Espírito Santo e/ou quaisquer das instâncias editoriais envolvidas com o periódico não se responsabilizarão pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos. As opiniões emitidas pelos(as) autores(as) dos artigos serão de sua exclusiva responsabilidade.
Em todo e qualquer tipo de estudo que envolva situações de relato de caso clínico é fundamental o envio de cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado(s) pelo(s) paciente(s).