Para além de uma Vocação: Sentido do Trabalho para os Professores da Unidade Escolar Municipal Conveniada Belo Campo
DOI:
https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2022.11.2.36267.28-51Palavras-chave:
Prazer; Sofrimento; Trabalho Docente.Resumo
Em detrimento dos desafios que permeia a Educação enquanto prática social este artigo buscou entender o sentido do trabalho docente a partir da perspectiva de professores da Unidade Escolar Municipal Conveniada Belo Campo, na Região do Sudoeste da Bahia. Quanto aos procedimentos metodológicos, a pesquisa caracteriza-se como empírica e é do tipo descritivo-exploratório. Em relação a técnica, optou-se pelo estudo de caso. A população escolhida foi a de professores da Unidade Escolar Municipal Conveniada Belo Campo. Adotando uma amostragem probabilística, foram investigados 37 professores através de questionário e, adotando o critério de acessibilidade, realizaram-se entrevistas com oito professores da unidade. Os resultados revelaram um sentimento de desvalorização desencadeado, principalmente, pelos baixos salários e pela falta de reconhecimento por parte dos alunos e do poder público, além do cansaço ocasionado pela sobrecarga de trabalho. No entanto, os professores estão satisfeitos com o trabalho, sentem orgulho pelo que fazem, especialmente quando percebem o crescimento discente, e consideram o ambiente de trabalho agradável e prazeroso para se trabalhar.
Downloads
Referências
Alvim, M. B. (2006). A relação do homem com o trabalho na contemporaneidade: uma visão crítica fundamentada na Gestalt-Terapia. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 6(2), 122-130.
Andrade, S. P. C., Tolfo, S. R., & Dellagnelo, E. H. L. (2012). Sentidos do Trabalho e Racionalidades Instrumental e Substantiva: Interfaces entre a Administração e a Psicologia. Revista de Administração Contemporânea,16(2), 200-216. https://doi.org/10.1590/S1415-65552012000200003
Antunes, R. & Alves, G. (2004). As mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital. Educação & Sociedade, 25(87), 335-351. https://doi.org/10.1590/S0101-73302004000200003
Balieiro, S. S., & Borges, L. C. (2015, agosto). Satisfação no Trabalho. Anais do Congresso Nacional de Excelência em Gestão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 11.
Bardini, C. & Tolfo, S. R. (2018). O sentido do trabalho para empregados de uma empresa do setor elétrico sediada em Santa Catarina. Revista Especialize, 15 (1), 1-29. Recuperado de https://ipog.edu.br/wp-content/uploads/2020/11/crislaine-bardini-101761313.pdf
Barros, P. C. R. & Mendes, A. M. B. (2003). Sofrimento psíquico no trabalho e estratégias defensivas dos operários terceirizados da construção civil. Psico-USF, 8(1), 63-70. https://doi.org/10.1590/S1413-82712003000100009
Bianchi, E. M. P. G. (2013). Sentido do Trabalho: uma demanda dos profissionais e um desafio para as organizações Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Disponível: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-03062013-143334/publico/ElianeMariaPiresGiavinaBianchiVC.pdf.
Castro, P. M. & Cançado, V. L. (2009). Prazer E Sofrimento No Trabalho: A Vivência De Profissionais De Recursos Humanos. Revista Gestão e Planejamento, 10(1), 19-37.
Cavalheiro, G. (2010). Sentidos atribuídos ao trabalho por profissionais afastados do ambiente laboral em decorrência de depressão. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
Costa, F. M., Vieira, M. A., & Sena, R. R. (2009). Absenteísmo relacionado a doenças entre membros da equipe de enfermagem de um hospital escola. Revista Brasileira de Enfermagem, 62(1), 38-44. https://doi.org/10.1590/S0034-71672009000100006
Dejours, J. C. (2004). Entre sofrimento e reapropriação: o sentido do trabalho. In S. Lancman & L. I., Sznelwar (Orgs.) Christophe Dejours: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho (Cap.15, pp. 303-316). Rio de Janeiro: Fiocruz
Fontoura, D. S. (2010). Mercado de trabalho no setor público: um olhar sobre uma unidade da Secretária da Receita Federal do Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil. Disponível: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/18614
Giaponesi, M. L. (2008). O processo de rotinização do trabalho docente. Dissertação de Mestrado, Universidade de Sorocaba, São Paulo, SP, Brasil.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (4ª ed). São Paulo: Editora Atlas.
Godinho, L. F. R. (2018). Sentidos do trabalho docente. Bahia; UFRB. Recuperado de https://www1.ufrb.edu.br/editora/component/phocadownload/category/2-e-books?download=131:sentidos-do-trabalho-docente
Gonçalves, A. M., Silveira, A. P., & Kimura, P. R. O. (2015, outubro). O Trabalho Docente: Os Objetivos E O Papel Nas Representações Sociais Dos Professores. Anais do Congresso Nacional de Educação, Curitiba, PR, Brasil, 12.
Hegemeyer, R. C. C. (2004). Dilemas e desafios da função docente na sociedade atual: os sentidos da mudança. Educar em Revista, (24), 67-85. https://doi.org/10.1590/0104-4060.350
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2021). População. IBGE Cidades. Recuperado de https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/belo-campo/panorama
Kuenzer, A. Z. & Grabowski, G. (2006). Educação Profissional: desafios para a construção de um projeto para os que vivem do trabalho. Perspectiva, Florianópolis, 24(1), 297-318. https://doi.org/10.5007/%25x
Lima, D. S., Garcia, F. C., & Tomaz, C. M. (2015, outubro). Prazer e Sofrimento no Trabalho: estudo sobre os motoristas de uma empresa de ônibus da cidade de Belo Horizonte. Anais do Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13.
Lourenço, C. D. S., Ferreira, P. A., & Brito, M. J. (2013). O significado do trabalho para uma executiva: a dicotomia prazer e sofrimento. Organizações em contexto, 9(17), 247-279. https://doi.org/10.15603/1982-8756/roc.v9n17p247-279
Marqueze, E. C. & Moreno, C. R. C. (2005). Satisfação no trabalho – uma breve revisão. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 30(112), 69-79. https://doi.org/10.1590/S0303-76572005000200007
Marx, K. (2013). O capital. (4ª ed., R. Enderle, Trad.) São Paulo: Boitempo Editorial. (Obra original publicada em 1867). Recuperado de http://www.gepec.ufscar.br/publicacoes/livros-e-colecoes/marx-e-engels/o-capital-livro-1.pdf/at_download/file
Mateus, F. J. A. & Honório, L. C. (2018). Psicodinâmica do Trabalho no Ensino Fundamental Público e Privado: Comparando a Docência em Escolas do Interior de Minas Gerais. Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, Curitiba, PR, Brasil, 42.
Miranda S. M., Pires, M. M. S., Nassar, S. M., & Silva, C. R. J. (2008). Construção de uma escala para avaliar atitudes de estudantes de medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 33, 104-110. https://doi.org/10.1590/S0100-55022009000500011
Oliveira, E. M. (2004). Transformações no mundo do trabalho, da revolução industrial aos nossos dias. Caminhos de Geografia 6(11), 84-96.
Prodanov, C. C. & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico (2ª ed.) Novo Hamburgo: Feevale. Recuperado de https://drive.google.com/file/d/1lp5R-RyTrt6X8UPoq2jJ8gO3UEfM_JJd/view
Rocha, P. E. C. (2009). A relação entre os sentidos do trabalho na história e seus reflexos na educação. Anais do Congresso Nacional de História, Goiás, GO, Brasil, 2. Recuperado de http://www.congressohistoriajatai.org/anais2009/doc%20(49).pdf
Rovida, M. F. (2016). Trabalho e identidade social – implicações nas pesquisas em comunicação. Revista Altejor, 13(1), 183-200.
Santos, M. N., & Marques, A. C. (2013). Condições de saúde, estilo de vida e características de trabalho de professores de uma cidade do sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 18(3), 837-846. https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000300029
Silva, M. P. & Simões, J. M. (2015). O estudo do sentido do trabalho: contribuições e desafios para as organizações contemporâneas. Revista Capital Científico, 13(3).
Sousa, C. V., Bueno, N. X., & Silva, A. L. (2016). Prazer E Sofrimento No Trabalho Docente Em Uma Escola Pública. Revista Diálogo Interdisciplinares, 5(2), 102-127.
Therrien, J. & Loiola, F. A. (2001). Experiência E Competência No Ensino: Pistas De Reflexões Sobre A Natureza Do Saber-Ensinar Na Perspectiva Da Ergonomia Do Trabalho Docente. Educação & Sociedade 22(74), 143-160. https://doi.org/10.1590/S0101-73302001000100009
Woleck, A. (2002). O trabalho, a ocupação e o emprego: uma perspectiva histórica. Revista de Divulgação Técnico-científica do Instituto Catarinense de Pós-Graduação, (1), 33-39.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais dos originais aprovados serão automaticamente transferidos à Revista, como condição para sua publicação, e para encaminhamentos junto às bases de dados de indexação de periódicos científicos.
Esta cessão passará a valer a partir da submissão do manuscrito, em formulário apropriado, disponível no Sistema Eletrônico de Editoração da Revista.
A revista se reservará o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos(as) autores(as).
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos(às) autores(as), quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As provas finais serão encaminhadas aos(às) autores(as).
Os trabalhos publicados passarão a ser de propriedade da Revista, ficando sua re-impressão (total ou parcial) sujeita à autorização expressa da Revista. Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação: Revista Gestão & Conexões.
A Universidade Federal do Espírito Santo e/ou quaisquer das instâncias editoriais envolvidas com o periódico não se responsabilizarão pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos. As opiniões emitidas pelos(as) autores(as) dos artigos serão de sua exclusiva responsabilidade.
Em todo e qualquer tipo de estudo que envolva situações de relato de caso clínico é fundamental o envio de cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado(s) pelo(s) paciente(s).