Intersetorialidade, a saúde do idoso e o Serviço de Orientação ao Exercício: uma análise documental.
DOI:
https://doi.org/10.21722/rbps.v22i1.26966Palavras-chave:
Colaboração Intersetorial, Exercício, IdosoResumo
Introdução: Há um fenômeno mundial de aumento da expectativa de vida e queda da taxa de fecundidade, promovendo o envelhecimento da população e, consequentemente, a necessidade de Políticas Públicas se adaptarem aos serviços para maior alcance e qualidade para essa população. A Política Nacional de Promoção da Saúde aponta a intersetorialidade como elemento institucional e como uma forma de gestão que potencializa os serviços de saúde, além de a literatura apontar a participação social (um dos elementos da intersetorialidade) como fator de proteção e promoção de vida ativa para os idosos. Objetivos:
O objetivo da pesquisa é analisar os elementos de intersetorialidade através de uma análise documental, relacionada à saúde da população idosa dentro do Serviço de Orientação ao Exercício, com a finalidade de auxiliar na avaliação e planejamento de políticas mais alinhadas com os direitos constitucionais e construção de ferramentas mais racionais de análise. Métodos: Como metodologia utilizou-se a análise documental de Richardson. Resultados: Dentro dos modelos de análise política de Dye tem-se o início do Serviço de Orientação ao Exercício classificado como o modelo de elite e atualmente agindo como o modelo incremental, que são variações sobre o passado, aplicando pequenas melhorias em políticas já consolidadas, para evitar atritos políticos e gastos em novas ou grandes reformulações. Conclusão: Conclui-se que o SOE, apesar de ser uma Política Pública de vanguarda e de referência nacional, ainda possui relações intersetoriais incipientes, classificadas como articulações governamentais horizontais, que é uma intersetorialidade embrionária, abrindo caminho para a construção de uma Política Pública com mais alcance e qualidade.
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