Perfil epidemiológico de pacientes portadores de neoplasias de glândulas salivares atendidos em um hospital de referência de João Pessoa/PB
DOI:
https://doi.org/10.21722/rbps.v22i1.27535Palavras-chave:
Epidemiologia, Glândulas salivares, Neoplasias das glândulas salivaresResumo
Introdução: As neoplasias que surgem nas glândulas salivares são relativamente raras, as quais representam uma grande variedade de comportamentos biológicos e subtipos histológicos benignos e malignos. Objetivo: Determinar a frequência relativa e a distribuição de uma série de casos diagnosticados histopatologicamente como neoplasias primárias em glândulas salivares. Métodos: Realizou-se um estudo transversal exploratório, por meio de
técnica da observação indireta dos prontuários preenchidos entre o período de janeiro de 2002 e dezembro de 2012. Foram registrados dados referentes ao sexo, idade, raça, localização anatômica, tipo de glândula acometida, tamanho, natureza e diagnóstico histopatológico da neoplasia. Os dados coletados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: Foram identificados 124 casos, dos quais 98 (79,03%) eram neoplasias benignas e 26 (20,97%), malignas. Com relação à localização anatômica, a maioria das lesões ocorreu na glândula parótida (84,7%), seguindo-se as glândulas salivares menores (8%) e, por último, a glândula submandibular (7,3%). As neoplasias de glândulas salivares menores ocorreram mais frequentemente no palato. A neoplasia benigna mais frequente foi o adenoma pleomórfico (87,8%), e o carcinoma adenoide cístico (42,3%) foi a neoplasia maligna mais comum. As neoplasias malignas foram mais comuns na glândula parótida (76,9%) e nas glândulas salivares menores (23%). Conclusão: Os dados demográficos aqui apresentados poderão ser úteis para uma melhor compreensão das características clínicas e biológicas das neoplasias de glândulas salivares.
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