Uma análise dos 'Ludi Saeculares' de 17 a.C.: festividade, ritualidade e poder

Autores

  • Suiany Bueno Silva
  • Erick Messias Costa Otto Gomes

DOI:

https://doi.org/10.17648/rom.v0i7.14519

Palavras-chave:

Principado, Ludi Saeculares, Festividade, Ritualidade

Resumo

Nossa proposta visa à compreensão dos Jogos Seculares a partir do poema Carmen Saeculare, do poeta romano Horácio (65-8 a.C.), com o intuito de destacar, por meio de sua análise, a relevância da festividade associada aos mecanismos do poder e da religiosidade. Partindo dessas premissas, consideramos que o poema canta um momento de esplendor em Roma e coloca em evidência as virtudes do imperador Augusto como o mantenedor da concordia perante os deuses e à comunidade cívica. Logo, nossas discussões partirão da análise de que o poema Carmen Saeculare e a realização da festividade dos Jogos, em 17 a.C., representaram um momento ritualístico de agradecimento aos deuses e de comemoração frente à renovação da cidade de Roma empreendida por Augusto.

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Publicado

30-06-2016

Como Citar

SILVA, Suiany Bueno; GOMES, Erick Messias Costa Otto. Uma análise dos ’Ludi Saeculares’ de 17 a.C.: festividade, ritualidade e poder. Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos, [S. l.], n. 7, p. 49–68, 2016. DOI: 10.17648/rom.v0i7.14519. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/romanitas/article/view/14519. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Entre a ‘pólis’ e o ‘imperium’: formas de governo no Mundo Clássico