Historicidade, memória e escrita da História: Augusto e o 'culto della romanità' durante o 'ventennio' fascista
DOI :
https://doi.org/10.17648/rom.v0i12.21428Mots-clés :
Roma, Augusto, Fascismo, Culto della romanità, Mostra Augustea della RomanitàRésumé
Apenas recentemente diferentes frentes de estudo sobre o culto della romanità durante o fascismo começaram a ser mais bem exploradas, como a ideia de que a própria romanidade serviria a um projeto de modernidade da Itália fascista. O lugar ocupado pelo mito de Roma no imaginário coletivo e o papel das instituições, e de historiadores e arqueólogos, particularmente, também têm conhecido especial atenção. Pensado inicialmente como um instrumento a ser utilizado em sala de aula (junto à disciplina Introdução aos Estudos de História Antiga e Medieval, da Universidade Federal de São Paulo), este texto toma alguns exemplos em torno do culto della romanità que mobilizaram, sobretudo, a imagem do imperador Augusto durante o fascismo. Essa mobilização se deu, especialmente, por ocasião das comemorações do bimilenário do nascimento do princeps, e orbitou a Mostra Augustea della Romanità e toda trama histórica e arqueológica acerca da liberação do entorno do Mausoléu de Augusto e da restauração e deslocamento do Ara Pacis. Como instrumento, a ideia é que esse texto propicie uma reflexão acerca da historicidade, da memória e da escrita da história relacionada à Roma antiga.
Téléchargements
Références
Documentação textual
ENCICLOPEDIA ITALIANA. Roma: Instituto della Enciclopdia Italiana, 1949 [1932].
SUSMEL, E., SUSMEL, D. Opera Omnia di Benito Mussolini. Firenze; Roma: La Fenice, 1951.
Obras de apoio
ALFOLDY, G. A história social de Roma. Tradução de Maria do Carmo Cary. Lisboa: Presença, 1989.
ARGENIO, A. Il mito della romanità nel ventennio fascista. In: COCCIA, B. (Org.). Il mondo classico nell’immaginario contemporaneo. Roma: APES, 2008, p. 81-177.
ARTHURS, J. Excavating modernity: the Roman past in fascist Italy. Ithaca: Cornell University Press, 2012.
ARTHURS, J. The excavatory intervention: Archaeology and the chronopolitics of Roman Antiquity in Fascist Italy. Journal of Modern European History, v. 13, n. 1, p. 44-58, 2015.
AYMARD, A.; AUBOYER, J. Roma e seu Império. Tradução de Pedro Moacir Campos. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1963.
BRANGERS, S. L. F. Political propaganda and Archaeology: the Mausoleum of Augustus in the Fascist Era. International Journal of Humanities and Social Science, v. 16, n. 3, p. 125-135, 2013.
CAGNETTA, M. Antichisti e impero fascista. Bari: Dedalo Libri, 1979.
CANFORA, L. Cultura classica e fascismo in Italia. Conferenza tenuta il 27 ottobre 1980 presso l’Auditorium dela Biblioteca Provinciale di Foggia. Disponibile in: <http://www.meridiano16.com/relazioni%20e%20appunti/relazioni/CulturaClassicaeFascismo.pdf>. Accesso in: 14 set. 2018.
CHAPOUTOT, J. Mussolini et Hitler, nouveaux Auguste? Autour du bimillénaire de la naissance d’Auguste, 1933-1938. Revista de historiografia, n. 27, p. 127-135, 2017.
DUPLÁ, A. La Roma del Fascismo. In: SANCHO ROCHER, L. (Ed.). La Antigüedad como paradigma: espejismos, mitos y silencios en el uso de la historia del mundo clásico por los modernos. Zaragoza: Prensas Universitarias de Zaragoza, 2015, p. 137-160.
FALASCA-ZAMPONI, S. The aesthetics of politics: symbol, power and narrative in Mussolini’s Fascist Italy. Theory, Culture & Society, v. 9, n. 4, p. 75-91, 1992.
FAVERSANI, F. Entre a República e o Império: apontamentos sobre a amplitude desta fronteira. Mare Nostrum – Estudos sobre o Mediterrâneo Antigo, v. 4, p. 100-111, 2013.
FORO, P. Archéologie et romanité fasciste: de la Rome des Césars à la Rome de Mussolini. In: CAUCANAS, S.; CAZALS, R.; PAYEN, P. (Ed.). Retrouver, imaginer, utiliser l’Antiquité: Actes du Colloque international tenu à Carcassone les 19 et 20 mai 2000. Toulouse: Privat, 2001, p. 203-217.
GENTILE, E. Fascism as political religion. Journal of Contemporary History, v. 25, n. 2, p. 229-251, 1990.
GIARDINA, A. O mito fascista da romanidade. Estudos Avançados, v. 22, n. 62, p. 55-76, 2008.
GIUMAN, M.; PARODO, C. La Mostra Augustea della Romanità e il mito di Roma antica in epoca fascista. In: Flecker, M. et al. Augustus ist tot: Lang lebe der Kaiser! Internationales Kolloquium anlässlich des 2000. Tübingen: Tübinger Archäologische Forschungen, 2017.
GRAN-AYMERICH, E. Naissance de l’archéologie moderne: 1798-1945. Paris: CNRS Éditions, 1998, p. 380-381.
HINGLEY, R. Concepções de Roma: uma perspectiva inglesa. In: FUNARI, P. P. A. (Org.). Repensando o Mundo Antigo. Campinas: IFCH; Unicamp, 2002.
HINGLEY, R. O imperialismo romano: novas perspectivas a partir da Bretanha. Tradução de Luciano César Garcia Pinto. São Paulo: Annablume, 2010.
INSOLERA, I.; SETTE, A. M. Roma tra le due Guerre: cronache da una città che cambia. Roma: Palombi, 2003.
MARCELLO, F. Mussolini and the idealisation of Empire: the Augustan Exhibition of Romanità. Modern Italy, v. 16, n. 3, p. 223-247, 2011.
MARTINS, P. Imagem e poder: considerações sobre a representação de Otávio Augusto. São Paulo: Edusp, 2011.
MILZA, P. Mussolini. Paris: Fayard, 1999.
MORA, C. J. The image of Ancient Rome in the cinema. Film-Historia, v. 7, n. 3, p. 221-243, 1997.
NELIS, J. Constructing fascist identity: Benito Mussolini and the myth of Romanità. Classical World, v. 100, n. 4, p. 391-415, 2007.
NELIS, J.; GHILARDI, M. L’Istituto di Studi Romani et la figure d’Auguste: sources d’archives et perspectives de recherche 1937/1938-2014. Studi Romani, v. 60, n. 1-4, p. 333-339, 2012.
OLIVIER, L. L’archéologie française et le Régime de Vichy (1940-1944). European Journal of Archaeology, v. 2, n. 1, p. 241-264, 1998.
PARODO, C. Roma antica e l’archeologia dei simboli nell’Italia fascista. Medea, v. 2, n. 1, p. 1-27, 2016.
PEREIRA, M. H. R. Estudos da cultura clássica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002. v. II.
PETIT, P. A paz romana. Tradução de João Pedro Mendes. São Paulo: Pioneira, 1989.
PIVAN, D. Ancient historians and Fascism: how to react intellectually to totalitarianism (or not). In: ROCHE, H.; KYRAKOS, D. (Ed.). Brill’s Companion to the Classics, Fascist Italy and Nazi Germany. Leiden; Boston: Brill, 2017, p. 82-105.
PRADO, J. B. T. É ver para (fazer) crer. In: MARTINS, P. Imagem e poder: considerações sobre a representação de Otávio Augusto. São Paulo: Edusp, 2011, p. 13-27.
ROCHE, H. “Distant Models”? Italian Fascism, National Socialism, and the Lure of the Classics. In: ROCHE, H.; KYRAKOS, D. (Ed.). Brill’s Companion to the Classics, Fascist Italy and Nazi Germany. Leiden; Boston: Brill, 2017, p. 3-28.
ROSTOVTZEF, M. I. História de Roma. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1961.
ROYO, M. Détruire, dit-il. Mussolini et Rome: les paravents de l’archéologie. Les nouvelles de l’archéologie, n. 67, p. 35-44, 1997.
SILVA, G. G. da. História Antiga e usos do passado. São Paulo: Annablume, 2007.
SILVA, G. J. da; RUFINO, R. A. N. O bimilenário do nascimento de Augusto na Espanha franquista (1939-1940): leitura e escrita da História entre o passado e o presente. In: CAMPOS, C. E. C.; CÂNDIDO, M. R. (Org.). Caesar Augustus: entre práticas e representações. Vitória: DLL-UFES, 2014, p. 341-365.
SILVERIO, E. Un’interpretazione dell’idea di Roma: la Sala XXVI della Mostra Augustea della Romanità. Studi Romani, n. 14, p. 307-331, 2011.
SIMONINI, A. Il linguaggio di Mussolini. Milano: Bompiani, 1978.
SMITH, A. The ‘Golden Age’ and national renewal. In: HOSKING, G., SCHOPFLIN, G. (Ed.). Myths and nationhood. Londres: Hurst, 1997, p. 36-59.
VISSER, R. Fascist doctrine and the cult of the Romaità. Journal of Contemporary History, v. 27, n. 1, p. 5-22, 1992.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos 2019
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
a. L’Auteur mantient les droits d’Auteur et accorde à la revue le droit de première publication.
b. L’Auteur a l’autorisation pour assumer des contrats additionnels séparément, pour distribution non exclusive de la version du travail publiée dans cette revue (ex.: publier en répertoire institutionnel ou comme chapitre de livre), avec reconnaissance de l’Auteur et publication initiale dans cette revue.
c. L’Auteur a l’autorisation et est encouragé à publier et distribuer leur travail en ligne (ex.: dans des répertoires institutionnels ou dans votre page personnelle) après la première publication par la revue, avec les créances.
d. Les textes de la revue sont publiés sous Licence CC BY 4.0 Deed Attribution 4.0 International (CC BY).