Eugenia e literatura modernista
"supremacia"do mestiço como redenção brasileira?
DOI:
https://doi.org/10.47456/e-20243508Palavras-chave:
raça, povo, naçãoResumo
Esta pesquisa apresenta um estudo sobre os artigos de opinião de Plínio Salgado e Cassiano Ricardo – publicados no jornal Correio Paulistano – enquanto consumo cultural das posições de José Vasconcelos sobre a “raça cósmica”. É importante destacar, ainda, que os artigos de opinião tratados aqui traçaram as linhas mestras do verde-amarelismo. Problematizamos, também, como o modernismo verde-amarelo propôs outra reinterpretação da eugenia, que valorizava a contribuição do indígena, do africano e do imigrante europeu na formação racial brasileira. Em seguida, analisamos como as posições sobre miscigenação expostas nesses textos serviram de pano de fundo para inspirar a escrita do poema Martim Cererê (1927), de Cassiano Ricardo. Assim, levando em consideração o predomínio das teorias do branqueamento nos primeiros anos do século XX, defendemos que as apropriações das teses vasconcelianas pelos dois escritores modernistas produziram outro resultado como, por exemplo, a “raça cósmica” como valorização da mestiçagem em contraposição à raça pura.
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