Cuerpos disidentes y sonidos del silencio
reflexiones sobre la música de la blancura en la belle époque de Fortaleza
DOI:
https://doi.org/10.47456/e-20243505Palabras clave:
Blancura, música, Belle ÉpoqueResumen
Nuestro objetivo es debatir la opresión sistémica de los cuerpos disidentes propagada en la música de la blancura en la Belle Époque de Fortaleza. En primer lugar, entendemos la Belle Époque como un discurso que opera dentro de la lógica de la colonialidad, imponiendo un patrón de dominación desarrollado por la modernidad. Este patrón afecta a la realidad de los cuerpos situados en la disidencia en relación con las estructuras de poder y a la blancura como racialidad construida históricamente como una ficción de superioridad que beneficia material y simbólicamente a los blancos. Los documentos analizados son canciones grabadas en partituras y discos de 78 rpm, así como correspondencia, libros de música y publicaciones periódicas. Reflexionamos sobre estas cuestiones a partir de la lectura de autoras del Giro Decolonial, los Estudios Postcoloniales y los Feminismos Interseccionales.
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