Impacto do sistema de refrigeração nos custos de demanda elétrica de uma universidade pública federal – estudo de caso da Universidade Federal Do Espírito Santo

Autores

  • Vinícius Molini Benedito Universidade Federal do Espírito Santo
  • Kelly Costa Cabral Salazar Ramos Moreira Universidade Federal do Espírito Santo
  • Thiago Maciel Viana Universidade Federal do Espírito Santo
  • Rodrigo Randow de Freitas Universidade Federal do Espírito Santo - Centro Universitário Norte do Espírito Santo

Palavras-chave:

Gestão pública; Eficiência energética; Universidades; Custos;

Resumo

A crise energética, a iminência de racionamentos de energia elétrica e os cortes orçamentários são grandes ameaças ao funcionamento de várias universidades públicas brasileiras. A conservação e a utilização consciente da energia elétrica podem ser alcançadas por meio de ações relativamente simples, que não alteram o padrão de conforto e as funções rotineiras. Quase metade do consumo de energia elétrica tradicional de um prédio público está relacionado aos sistemas de climatização, o estudo baseou-se em dados do consumo elétrico e em informações climáticas extraídas do histórico de temperatura observada na região da UFES. Com tais informações foi possível determinar o impacto do uso de aparelhos de refrigeração no custo total da energia elétrica consumida e propor medidas regulatórias e de adoção de novos sistemas de refrigeração, a fim de garantir uma maior eficiência energética. O modelo proposto sugere uma redução de 35,47% do consumo da energia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vinícius Molini Benedito, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestre em Energia (Área de concentração: Engenharia/Tecnologia e Gestão) pelo Programa de Pós-Graduação em Energia da Universidade Federal do Espírito Santo e atua como Servidor Público Federal da Universidade Federal do Espírito Santo desde 2016. Possui Graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Espírito Santo (2017), possui Técnico em Administração pelo Instituto Federal do Espírito Santo- Campus Colatina (2012).

Kelly Costa Cabral Salazar Ramos Moreira, Universidade Federal do Espírito Santo

Engenheira Química pela Universidade Federal do Espírito Santo- UFES; Mestranda em Energia pela Universidade Federal do Espírito Santo- UFES

Thiago Maciel Viana, Universidade Federal do Espírito Santo

Engenheiro Eletricista graduado pelo Instituto Federal da Bahia - IFBA (2012), Engenheiro de Segurança do Trabalho (2013) e Mestre em Gestão Pública - UFES (2018) com projeto na área de gestão/economia de energia elétrica. Possui experiência na área de Engenharia Elétrica atuando na elaboração e execução de projetos de instalações elétricas residenciais, prediais e industriais, elaboração de planilhas orçamentárias e composições de custos, fiscalização de obras e contratos de engenharia, comandos elétricos, manutenção elétrica. Desenvolve projetos na área de eficiência energética e energia solar. Atualmente é Engenheiro Eletricista da Universidade Federal do Espírito Santo e atua no mercado privado com projetos de eficiência energética e energia solar.

Rodrigo Randow de Freitas, Universidade Federal do Espírito Santo - Centro Universitário Norte do Espírito Santo

Atualmente Professor Adjunto do curso de Engenharia de Produção em regime de dedicação exclusiva da Universidade Federal do Espírito Santo no campus São Mateus, E.S. / UFES-CEUNES (2015). Doutor pelo programa de Pós-Graduação em Aquacultura pela Fundação Universidade Federal de Rio Grande (FURG) em 2011; Mestrado em Aquacultura pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006); Especialização em Educação e Gestão Ambiental (Faculdade Saberes - 2003); e Graduação em Administração de Empresas: ênfase em análise de sistemas (Faculdade de Ciências Humanas de Vitória - 2001). Experiência na área de Gestão Ambiental e Gerenciamento Costeiro, Gestão de processos e produtos, análise de cadeias produtivas e Planejamento Estratégico. Em especial para a área de Engenharia, destacam-se diversos artigos, resumos e projetos executados e em andamento, citemos por exemplo, os projetos: Produção de biomassa microalgal e extração de bio-óleo; Chamada CNPq/VALE 05/2012 -Forma-Engenharia; Chamada Pública MCTI/CNPq/SPMPR/Petrobrás 18/2013 - Meninas e Jovens/FAPES; Estudo de viabilidade econômica da pirólise de casca de macadamia, dentre outros.

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL (2010). Resolução Normativa nº 414, de 9 de setembro de 2010. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL (2013). Procedimentos do programa de eficiência energética – PROPEE. Resolução Normativa nº 556. Brasília.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL (2017). Resolução homologatória nº 2.118. Recuperado de: <http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/arquivo/2016/028/resultado/reh 20162118ti.pdf>.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT (2008). NBR 16401: Instalações de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários Parte 1: Projetos das instalações. Rio de Janeiro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT (2011). NBR ISSO 50001: sistemas de gestão da energia - requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT (2014). NBR ISSO 50002: diagnósticos energéticos - requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro.

Barros, B., Borelli, R., Gedra, R. (2015). Eficiência energética: técnicas de aproveitamento, gestão de recursos e fundamentos. 1. ed. São Paulo: Érica.

Barros, B., Borelli, R., Gedra, R. (2016). Gerenciamento de energia: ações administrativas e técnicas de uso adequado da energia elétrica. 2. ed. São Paulo: Érica.

Borba, M.; Gaspar, N. (2010). Um futuro com energia sustentável: iluminando o caminho. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências.

Challa, M. E. R. (2009) Evaluación y propuesta de mejora de la eficiencia energética de um edificio de oficinas ubicado em Caracas, según la metodologia del centro de asesoramiento industrial. Tekhne: revista de ingeniería, pp. 45-60.

Correa, A., Taffarel, M., Ribeiro, F., & Menon, G. (2016). Análise de Eficiência: uma comparação das empresas estatais e privadas do setor de energia elétrica brasileiro. Revista Catarinense da Ciência Contábil, Florianópolis, v. 15, n.46, pp. 09-23. 2237-7662.

Du plessis, W. (2015). Energy efficiency and the law: A multidisciplinary approach. South african journal of science, Pretoria, v. 111, n. 1-2, pp. 1-8.

ELETROBRAS (2009). Pesquisa de posse de equipamentos e hábitos de uso, ano base 2005: classe residencial relatório Brasil - sumário executivo. Rio de Janeiro: ELETROBRAS; PROCEL, p.187.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE (2016a). Nota técnica DEA 13/15: demanda de energia 2050. Rio de Janeiro. Recuperado de: http://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dadosabertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-227/topico-202/DEA%2013 15%20Demanda%20de%20Energia%202050.pdf. Acesso em: 2 jul. 2017.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE (2016b). Anuário estatístico de energia elétrica 2016: ano base 2015. Rio de Janeiro. Recuperado de: http://www.epe.gov.br/sites-en/publicacoes-dadosabertos/ publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-160/topico 168/Anu%C3%A1rio%20Estat%C3%ADstico%20de%20Energia%20El%C3% A9trica%202016.pdf. Acesso em: 2 jul. 2017.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE (2017). Projeção da demanda de energia elétrica nos próximos 10 anos (2017 – 2026), série: Estudos da demanda. Rio de Janeiro.

Gonçalves, O. A. V., Gutierrez, R. H., & Santos, I. J. A. L. dos. (2017). Método para identificação dos critérios utilizados na gestão do consumo de energia elétrica: estudo de caso num instituto de pesquisa na área nuclear. Revista Latino-Americana de Inovação e Engenharia de Produção, Curitiba, v.5, n.7, pp. 116-131. 2317-4846.

INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISA, ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL - INCAPER (2017). Boletim Climatológico Trimestral do Espírito Santo. Vitória. Recuperado de: < https://bibliotecaruitendinha.incaper.es.gov.br/categorias-de-publicacoes/meteorologia >. Acesso em: 21 mai. 2018.

INSTITUTO NACIONAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - INNE (2001). Protocolo internacional para Medição e Verificação de Performance. Rio de Janeiro. Recuperado de: <http://www.inee.org.br/down_loads/escos/PIMVP_2001_Portugues.pdf>. Acesso em: 19 mai. 2018.

INTERNATIONAL ENERGY AGENCY - IEA (2017). World Energy Outlook. Recuperado de: <http://www.iea.org/media/weowebsite/2017/Chap1_WEO2017.pdf> Acesso em: 18 mai. 2018.

ISO (2011). Win the energy challenge with ISO 50001. Recuperado de: https://www.iso.org/news/2011/06/Ref1434.html. Acesso em: 20 nov. 2017.

ISO SURVEY (2016). The ISO survey of management system standard certifications – 2015 - executive summary. Recuperado de: < www.iso.org/the-iso-survey.html>. Acesso em: 2 jul. 2017.

Laskurain, I., Heras-saizarbitoria, I., Casadesús, M. (2015) Fostering renewable energy sources by standards for environmental and energy management. Renewable and sustainable energy reviews, v.50, pp. 1148- 1156.

Mesquita, R., Santos, T. (2015). Estudos sobre eficiência na administração pública brasileira. Espacios, v. 36, n. 09, p. 6.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME (2017). Plano anual de aplicação de recursos do programa nacional de conservação de energia elétrica – PROCEL. GCCE. Recuperado de: http://www.mme.gov.br/documents/10584/5163596/Plano+de+Aplica %C3%A7%C3%A3o+de+Recursos+do+PROCEL+PAR+2017.pdf/3cd345eb-be0a-499b-99d3-760e0f 9334de. Acesso em: 18 mai.2018.

PORTAL DA TRANSPARÊNCIA – Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (2015). Compras diretas e o órgão subordinado. Recuperado de: <http://www.portaldatransparencia.gov.br/PortalComprasDiretasOEOrgaoSubordinado.asp?Ano=2015&CodigoOS=26000>. Acesso em: 18 mai. 2018.

PROGRAD/UFES – PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO/UFES (2016). Calendário acadêmico UFES 2016. Vitória. Recuperado de: <http://prograd.ufes.br/sites/prograd.ufes.br/file s/field/anexo/calendario_academico_2016_-_atualizado_em_03-05-16.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2018.

Rodrigues, A. G., Araújo, F. de, Presbítero, J. G. B.; Nascimento, J. C., Silva, L. C., Santos, L. C. S., Machado, R. C., Soares, T. B., & Lima Neta, R. M. L. (2017). Consumo eficiente de energia elétrica. Entre Aberta Revista de Extensão, Maceió, v.1, n.2. 2446-9769.

Santos, E. M., Farias, W. C., &Gonçalves, F. C. (2015). Uso racional de água e energia. Revista Educar, n.1, pp.10-13

Sauer, I. L. (2015). A gênese e a permanência da crise do setor elétrico no Brasil. Revista USP, São Paulo, n. 104, pp. 145-174.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – UFPEL (2018). Laboratório de conforto e eficiência energética. Programa do bom uso energético – PROBEN. Recuperado de: <https://wp.ufpel.edu.br/proben/>. Acesso em: 27 fev. 2018.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFES (2012). Centro Universitário Norte do Espírito Santo (CEUNES). Relatório de Gestão do CEUNES Exercício 2011. São Mateus.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFES (2016). A situação da UFES na atual conjuntura orçamentária. Vitória. Recuperado de: <http://ufes.br/sites/default/files/anexo/encarte_especial_-_situacao_finance ira.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2018.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFES (2017). Centro Universitário Norte do Espírito Santo (CEUNES). Relatório de Gestão do CEUNES Exercício 2016. São Mateus.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFES (2018). Campus de São Mateus. Recuperado de: <http://www.ufes.br/campus-de-são-mateus>. Acesso em: 27 fev. 2018.

Publicado

24.06.2020

Como Citar

Benedito, V. M., Moreira, K. C. C. S. R., Viana, T. M., & Freitas, R. R. de. (2020). Impacto do sistema de refrigeração nos custos de demanda elétrica de uma universidade pública federal – estudo de caso da Universidade Federal Do Espírito Santo. Brazilian Journal of Production Engineering, 6(2), 97–113. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/30865

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 6 7 8 > >>