Do que essa foto é imagem

as séries fotográficas “Plano de Vôo” e “Úmido” do artista Cao Guimarães

Autores

Palavras-chave:

Cao Guimarães, Colecionismo, Acervo fotográfico

Resumo

O presente artigo tem como intuito analisar as séries fotográficas “Plano de Vôo” e “Úmido” do artista mineiro Cao Guimarães. Resultantes de um processo de retorno ao acervo, o artista acaba por nos propor novas visualidades em meio aos resíduos imagéticos. No decorrer das investigações, busca-se entender motivações que influenciaram os métodos e os processos criativos do artista. Paralelamente, são levantados diálogos com outros artistas fotógrafos à luz de um mesmo aspecto conceitual e teórico, sugerindo interações poéticas entre as obras.  

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Biografia do Autor

Lília Márcia de Sousa Pessanha, Universidade de Vila Velha

Mestre em Artes com linha de pesquisa em História, Teoria e Crítica de Arte pela Universidade Federal do Espírito Santo - Ufes [2018-2020], pesquisa em sua dissertação o campo imagético e o processo criativo no âmbito contemporâneo abrangendo as obras do artista Cao Guimarães. Possui tecnólogo em Fotografia [2015 ? 2017]. Integra o grupo de estudos ?Processos de Criação em Curadoria?, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Ananda Carvalho (DAV-UFES). Atuou como pesquisadora do Programa de Bolsa de Iniciação Científica da Universidade de Vila Velha (UVV) na área de Fotografia [2016 ? 2017] abordando o auto retrato como parâmetro de aceitação e/ou rejeição da imagem na sociedade contemporânea. Participou da co-curadoria da exposição ?Limiares labirínticos: Graduartes 2019? na Galeria de Artes ? GAP/ UFES sob orientação da curadoria da Prof.ª Dr.ª Ananda Carvalho. Esteve presente na Produção e Divulgação da I Mostra Nacional de Audiovisual ES: Há um lugar para a arte?" [2019], no Cine Metrópolis, UFES. No campo artístico, integra o Coletivo Fotográfico Balancê, em conjunto com Bruna Nascimento e Eduarda Gomes. Participou como diretora de arte nos curtas metragens ?Inhumane? [2018], ?Unreal? [2018] e ?Creative Labyrinth? [2018] sob direção de Luiz Will Gama. Sua primeira Exposição Coletiva Fotográfica, Ilha Surreal, com curadoria de Bebel Gama, foi realizada em 2015 na Casa da Stael durante a Virada Cultural em Vitória. Teve como intuito retratar o Centro Histórico de Vitória com influências fotográficas o Construtivismo Russo e Cotidiano abordado pelo Alexander Rodchenko. Participou da Comissão de Organização da Semana de Fotografia FotoSíntese, realizada na UVV e como instrutora na Oficina de Cianótipo e Kalítipo sob supervisão de Ignez Capovilla. Em 2016, participou da Exposição Coletiva Fotográfica SecularES sob orientação de Elizabeth Nader, realizada no Teatro Municipal de Vila Velha, apresentando Monumentos Históricos e Culturais do Espírito Santo construídos entre os séculos XVI e XVIII conduzindo os espectadores a territórios erguidos, em grande parte, por índios e negros e transformado pelo contínuo agir humano. Após a exposição, o Coletivo SecularES tornou-se um Projeto onde originou-se na publicação de um livro fotográfico, também com a orientação de Elizabeth Nader.

Referências

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Publicado

19-07-2021

Como Citar

Pessanha, L. M. de S. (2021). Do que essa foto é imagem: as séries fotográficas “Plano de Vôo” e “Úmido” do artista Cao Guimarães. Revista Do Colóquio, (20), 121–137. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/colartes/article/view/35521

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