O feminismo revolucionário antifascista dos anos 30: da prisão política à conquista da autoria

Autores

  • Júlia Maria Costa de Almeida Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v1i43.38253

Palavras-chave:

Literatura social., Autoria feminina, Feminismo., Memórias da prisão.

Resumo

Na década de 30, firmam-se na literatura brasileira autoras como Rachel de Queiroz, Patrícia Galvão, Eneida de Moraes, Haydée Nicolussi e Lídia Besouchet, todas nascidas no primeiro decênio do século XX. Buscamos aqui evidenciar as interrelações literárias, sociais e políticas que afetaram a construção da autoria feminina nesse grupo literário, a partir da perspectiva discursiva de Dominique Maingueneau (2009), investigando: espaços e formas de sociabilidade, estratégias editoriais que confrontam restrições do campo literário e temáticas associadas à emancipação da mulher e à transformação social que podem constituir a matriz de um novo feminismo. Para tanto, um corpus de poemas, romances, crônicas dessas autoras e textos memorialísticos diversos é relacionado e analisado, permitindo revelar regularidades na representação da mulher como sujeito, que forçam a entrada de elementos novos nas regras de produção dos textos literários e de escritoras no cânone literário, como Raquel de Queiroz e, a seguir, Clarice Lispector. 

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Biografia do Autor

Júlia Maria Costa de Almeida, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Graduada em Comunicação Social pela UFF (1989), possui mestrado e doutorado em Linguística pela Unicamp (1993 e 1998), este último com bolsa-sanduíche na Universidade de Paris VIII (1995-1996). Realizou pós-doutorado em Literatura na Duke University (EUA, 2007), em Estudos culturais, no Programa Avançado de Cultura Contemporânea - PACC/UFRJ (2012-2013), e em Geografia urbana, na Universidade Federal Fluminense (2016). É professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo, onde atua desde 2003 nas áreas de Linguística e Estudos Literários. É autora dos livros Estudos deleuzeanos da linguagem (Ed. da Unicamp (2003), Textualidades contemporâneas - Texto, Imagem, Cultura (Edufes, 2012), O fardo da autorrepresentação do brasileiro (Pontes, 2017) , co-organizadora dos livros Crítica pós-colonial: panorama de leituras contemporâneas (7 Letras/Faperj, 2013 e 2019), Literatura e voz subalterna (Edufes, 2016), Estudos culturais: legado e apropriações (Pontes, 2017) e de diversos artigos publicados em revistas de letras, comunicação e cultura. Desenvolve atualmente pesquisas sobre questões de discurso, racismo, literatura e política.

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Publicado

07-05-2023

Edição

Seção

Dossiê Literatura e Memória