Imigrantes italianos e japoneses em narrativas da Amazônia

Autores

  • Alessandra F. Conde da Silva Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v2i46.46017

Palavras-chave:

Literatura da Amazônia;, Imigração japonesa e italiana;

Resumo

A Amazônia brasileira recebeu, durante o Ciclo da Borracha, imigrantes em busca de trabalho e melhores condições de vida. Os estrangeiros não encontraram na região o Eldorado sonhado. Ao contrário, precisaram vencer “cardos e abrolhos” para comer na nova terra. Os “imigrados, humildes e pobres pionnieri”, como descreve Alberto Rangel, concebidos como partícipes da totalidade ambiente, deixaram rastros na literatura da Amazônia, como pode ser visto no romance Sementes do sol, de Ademar Ayres do Amaral (2012) e em um conto de Marques de Carvalho, “Um como tantos”, de Contos do Norte, narrativas que nos permitirão examinar a presença de imigrantes japoneses e italianos na região norte do país. Este artigo, como aporte teórico e crítico, seguiu os estudos de Batista (1976), Souza (2019), R. Bourneuf e R. Ouellett (1976), entre outros.

Biografia do Autor

  • Alessandra F. Conde da Silva, Universidade Federal do Pará

    Alessandra Fabrícia Conde da Silva, Professora adjunta da Universidade Federal do Pará (UFPA), Faculdade de Letras – FALE, Campus Universitário de Bragança; Doutora em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Espírito Santo, Professora do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu Linguagens e Saberes na Amazônia (PPLSA) e do Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL). E-mail: afcondesilva@gmail.com.

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Publicado

30-01-2025

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