O intérprete educacional

um assunto comunitário?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47456/cl.v15i32.35908

Palabras clave:

Intérprete educacional, Comunidade, Assunto comunitário, Interpretação comunitária

Resumen

Neste artigo, que se trata de um recorte de uma pesquisa intitulada “Intérprete Educacional Cosmopolita: práticas heterotópicas na relação com a comunidade surda”, problematizamos como o termo comunidade adjetivando a tradução/interpretação desenvolve possibilidades de compreensão nas relações entre o Intérprete Educacional (IE) e a comunidade surda. Foram entrevistados IE capixabas para dialogarmos sobre suas trajetórias, atuação como profissionais, as formas desenvolvidas para se relacionarem de algum modo com a comunidade. Também dialogamos com sujeitos surdos considerados referências na comunidade surda capixaba para discutirmos sobre como compreendem esse profissional na comunidade e se relacionam com ele. Para tal análise, trabalhamos com as noções de comunidade, estranho e assunto comunitário em Zygmunt Bauman, Alphonso Lingis e Gert Biesta. Partimos da hipótese de que a relação do IE com a comunidade surda cria efeitos que o coloca em outros fluxos quando sua atuação como profissional se coloca como assunto comunitário mesmo sendo institucionalizado.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Fernanda dos Santos Nogueira, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); mestra em Educação pela Ufes; bacharela em Letras Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); licenciada em Letras-Português pela Serravix e especialista em Educação Especial na perspectiva da Inclusão pela Ufes. É servidora do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus Vitória, onde atua como tradutora e intérprete de Libras-português e como coordenadora adjunta do Núcleo de Atendimento as Pessoas com Necessidades Específicas.

Lucyenne Matos da Costa Vieira-Machado, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Doutora e mestra em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); graduada em Pedagogia pela mesma instituição. Realizou estágio pós-doutoral na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). É professora do Departamento de Línguas e Letras, do Programa de Pós-Graduação em Linguística e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Ufes.

Citas

BAUMAN, Z. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

BIESTA, G. Para além da aprendizagem: educação democrática para um futuro humano. Trad. Rosaura Eichenberg. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.

BRASIL. Decreto nº 9.262, de 9 de janeiro de 2018. Extingue cargos efetivos vagos e que vierem a vagar dos quadros de pessoal da administração pública federal, e veda abertura de concurso público e provimento de vagas adicionais para os cargos que especifica. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 10 jan. 2018.

FOUCAULT, M. Est-il donc important de penser? In: FOUCAULT, M. Dits et écrits IV (1980-1988). Paris: Gallimard, 2006. p. 178-182.

LINGIS, A. The Community of those who have nothing in common. Bloomington and Indianapolis: Indiana University Press, 1994.

LOPES, M. C. Surdez & Educação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

LOPES, M.C.; FABRIS, E. H. Inclusão & Educação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.

NEGRI, A.; HARDT, M. Declaração – isto não é um manifesto. Trad. Carlos Szlak. São Paulo: n-1 edições, 2014.

PIMENTA, B. M. Encontros surdo-surdo(s) como espaço de produção de uma comunidade: a potência do(s) encontro(s)-amizade(s). 2017. 121 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2017.

QUEIROZ, M. Interpretação Médica no Brasil. 2011. 136 f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Tradução) – Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.

VANNUCCHI, A. A universidade comunitária: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2004.

VEIGA-NETO, A. Foucault e Educação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

VIEIRA-MACHADO L. M. C.; OLIVEIRA, C. P. Como se chega a ser o que se é: formação-experiência como atitude despossível na produção de subjetividades tilsp. 2021 (no prelo).

Publicado

16-12-2021