Tendência e distribuição espacial de gravidez na adolescência no Espírito Santo
DOI :
https://doi.org/10.47456/hb.v5i2.44863Mots-clés :
gravidez na adolescência, análise espaço-temporal, epidemiologiaRésumé
A gravidez na adolescência afeta profundamente a trajetória de vida das adolescentes, representando um desafio para as políticas públicas. Com o objetivo de analisar a tendência e a distribuição espacial de gravidez na adolescência entre 2005 e 2015 no Espírito Santo foi realizado um estudo ecológico utilizando o quantitativo de nascidos vivos entre mulheres de 10 a 19 anos (divididos em grupos: 10 a 14 e 15 a 19) por ano de estudo e município, disponíveis no Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foi calculada a incidência para o estado, para as regiões de saúde (Norte, Central, Metropolitana e Sul) e para os setenta e oito municípios que compõem o estado. Foi realizada análise de tendência por região de saúde e grupo etário, e posteriormente foi realizada a distribuição espacial. Os municípios que apresentaram maior coeficiente médio de gravidez na adolescência se concentram em sua grande maioria na região Norte do estado. Entre 10 e 14 anos as regiões Metropolitana e Sul apresentam tendência significativa de aumento nas taxas de gravidez na adolescência ao longo do tempo, enquanto de 15 a 19 anos a região Norte apresentou tendência significativa de redução nas taxas. Mesmo com a redução, a região Norte permaneceu como a região com maiores taxas. Na análise espacial notou-se um conglomerado homogêneo de casos, em especial na região Norte. No Espírito Santo as maiores taxas de gravidez na adolescência estão na região Norte, região com as condições socioeconômicas mais desfavoráveis do estado e, também, área prioritária para intervenções voltadas à prevenção de gravidez não planejada na adolescência.
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