Análise das manifestações otorrinolaringológicas da doença do refluxo gastroesofágico em pacientes atendidos em uma unidade de referência em Imperatriz-MA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/rbps.v25i2.40595

Palavras-chave:

Refluxo Gastroesofágico, Sinais e Sintomas, Sintomas Chaves, Otorrinolaringologia

Resumo

Introdução: A doença do refluxo gastroesofágico abrange um amplo espectro de distúrbios relacionados ao retorno de conteúdo gástrico para o esôfago. A presença de manifestações extraesofágicas pode ser suspeitada em pacientes com manifestações otorrinolaringológicas, como tosse crônica inexplicável e sintomas larin­gofaríngeos. Objetivo: Analisar o perfil clínico-epidemiológico das manifestações otorrinolaringológicas em pacientes diagnosticados com doença do refluxo gastroesofágico em uma unidade de referência no sul do Maranhão. Metodologia: O estudo configura-se como uma pesquisa de campo, descritiva, analítica e trans­versal realizada por meio da aplicação de questionário aos pacientes atendidos em clínica de referência em otorrinolaringologia de Imperatriz-MA. A coleta ocorreu por meio do levantamento de informações clínicas e epidemiológicas dos pacientes identificados com doença do refluxo e admitidos na clínica a partir do ques­tionário validado e um roteiro adaptado. Resultados: 24 pacientes (72,7%) apresentaram uma maior proba­bilidade de apresentar refluxo laringofaríngeo. O principal sintoma relatado foi a pirose/regurgitação em 28 pacientes (84,8%), seguido de globus faríngeo (78,8%). Ao correlacionar o IMC com as pontuações obtidas no questionário, observou-se a progressão na intensidade dos sintomas: excesso de secreção na garganta, tosse irritante, sensação de bola na garganta e pirose. Conclusão: Diante de um grande espectro de manifestações descritas, constatou-se a heterogeneidade de sintomas da doença. Correlações sutis foram observadas na faixa etária 50-59 anos, tabagistas e com IMC de 25-29,9 kg/m².

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabricio Leocadio Rodrigues de Sousa

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (2012). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em otorrinolaringologia

Marcos Antonio Custodio Neto da Silva, Universidade Federal do Maranhão

Médico, graduado pela Universidade Federal do Maranhão (2017). Doutor em Clínica Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (2022) Gastroenterologista pelo Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (2022) Professor e Coordenador do Curso de Medicina do Centro de Ciências de Imperatriz da Universidade Federal do Maranhão em Imperatriz Atuo em pesquisas básicas e clínicas nas áreas de Gastroentrologia, Oncologia e Farmacologia, com objetivo de desenvolvimento de compostos fármaco-ativos derivados de produtos naturais.

Referências

Hunt R, Armstrong D, Katelaris P, Afihene M, Bane A, Bhatia S, et al. World Gastroenterology Organisation Global Guidelines: GERD Global Perspective on Gastroesophagel Reflux Disease. J Clin Gastroenterol. 2017; 51(6):467-478.

Meira AT, Tanajura D, Viana ID. Clinical And Endoscopic Eval¬uation In Patients With Gastroesophageal Symptoms. Arq Gas¬troenterol. 2019; 56(1):51-54.

Coronel MA, Bernardo WM, Moura DT, Moura ET, Ribeiro IB, Moura EG. The efficacy of the different endoscopic treatments versus sham, pharmacologic or surgical methods for chronic gastroesophageal reflux disease: a systematic review and meta-analysis. Arq Gastroenterol. 2018; 55(3):296-305.

Xiao S, Li J, Zheng H, Yan Y, Li X, Zhang L, et al. An epidemio¬logical survey of laryngopharyngeal reflux disease at the otorhi¬nolaryngology-head and neck surgery clinics in China. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2020; 277(10):2829-2838.

Hom C, Vaezi MF. Extra-esophageal manifestations of gastro¬esophageal reflux disease: diagnosis and treatment. Drugs. 2013; 73(12):1281-1295.

Gurski RR, Rosa AR, Valle E, Borba MA, Valiati AA. Manifes¬tações extra-esofágicas da doença do refluxo gastroesofágico. J Bras Pneumol. 2006; 32(2):150-160.

Junior A, João L. Doença do refluxo gastroesofágico. J Bras Med. 2014; 102(6):31-36.

Eusebi LH, Ratnakumaran R, Yuan Y, Solaymani-Dodaran M, Bazzoli F, Ford AC. Global prevalence of, and risk factors for, gastro-oesophageal reflux symptoms: a meta-analysis. Gut. 2018; 67(3):430-440.

Ferreira AP de S, Szwarcwald CL, Damacena GN, Souza Júnior PR de. Increasing trends in obesity prevalence from 2013 to 2019 and associated factors in Brazil. Rev bras epidemiol. 2021; 24(3):87-91.

Eckley CA, Tangerina R. Sensitivity, Specificity, and Reproduc¬ibility of the Brazilian Portuguese Version of the Reflux Symp¬tom Index. J Voice. 2021 Jan;35(1): 161.e15-161.e19.

Manabe N, Tsutsui H, Kusunoki H, Hata J, Haruma K. Patho¬physiology and treatment of patients with globus sensa¬tion--from the viewpoint of esophageal motility dysfunction. J Smooth Muscle Res. 2014; 50(2):66-77.

Reulbach TR, Belafsky PC, Blalock PD, Koufman JA, Postma GN. Occult laryngeal pathology in a community-based cohort. Otolaryngol Head Neck Surg. 2001; 124(4):448-450.

Lechien JR, Bobin F, Muls V, Saussez S, Hans S. Laryngopharyn¬geal Reflux Disease is More Severe in Obese Patients: A Prospec¬tive Multicenter Study. Laryngoscope. 2021; 131(11):2742-2748.

Akinola MA, Oyedele TA, Akande KO, Oluyemi OY, Salami OF, Adesina AM, et al. Gastroesophageal reflux disease: prev¬alence and Extraesophageal manifestations among undergradu¬ate students in South West Nigeria. BMC GastroenteroL. 2020; 26(20):64-69.

Mansour-Ghanaei F, Joukar F, Atshani SM, Chagharvand S, Souti F. The epidemiology of gastroesophageal reflux disease: a survey on the prevalence and the associated factors in a random sample of the general population in the Northern part of Iran. Int J Mol Epidemiol Genet. 2013; 4(3):175-82.

Ehsani MJ, Maleki I, Mohammadzadeh F, Mashayekh A. Epi¬demiology of gastroesophageal reflux disease in Tehran, Iran. J Gastroenterol Hepatol. 2007; 22(9):1419-1422.

Spantideas N, Drosou E, Bougea A, Assimakopoulos D. Laryn¬gopharyngeal reflux disease in the Greek general population, prevalence and risk factors. BMC Ear Nose Throat Disord. 2015; 15(1):1-7.

Kouklakis G, Moschos J, Kountouras J, Mpoumponaris A, Moly¬vas E, Minopoulos G. Relationship between obesity and gastro¬esophageal reflux disease as recorded by 3-hour esophageal pH monitoring. Rom J Gastroenterol. 2005;1 4(2):117-121.

Min YW, Lim SW, Lee JH, Lee HL, Lee OY, Park JM, Choi MG, Rhee PL. Prevalence of Extraesophageal Symptoms in Patients With Gastroesophageal Reflux Disease: A Multicenter Ques¬tionnaire-based Study in Korea. J Neurogastroenterol Motil. 2014; 20(1):87-93.

Arquivos adicionais

Publicado

06-11-2023

Como Citar

Nunes Dias, A. R., Leocadio Rodrigues de Sousa, F., & Custodio Neto da Silva, M. A. (2023). Análise das manifestações otorrinolaringológicas da doença do refluxo gastroesofágico em pacientes atendidos em uma unidade de referência em Imperatriz-MA. Revista Brasileira De Pesquisa Em Saúde Brazilian Journal of Health Research, 25(2), 53–60. https://doi.org/10.47456/rbps.v25i2.40595

Edição

Seção

Artigos Originais