Das comunidades a Roma: o feminino nas comunidades gnósticas e o processo de segregação sexual entre os proto-ortodoxos (séculos I-IV)

Autores

  • Roberta Alexandrina da Silva

DOI:

https://doi.org/10.17648/rom.v0i6.11969

Palavras-chave:

Gênero, Cristianismo, Identidades, Canônicos, Nag Hammadi

Resumo

Este artigo, primeiramente, debate as relações de gênero nos primórdios do cristianismo, partindo das comunidades paulinas – foi Paulo de Tarso quem definiu uma teologia e uma identidade cristãs – em meados do primeiro século, e depois enfoca as comunidades gnósticas, até o quarto século. Pretende-se analisar os discursos de feminilidade e masculinidade presentes tanto no corpus Paulinum, composto por escritos canônicos, quanto nos textos gnósticos de Nag Hammadi, tidos como não canônicos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

A BÍBLIA DE JERUSALÉM. São Paulo: Paulus, 1994.

APÓCRIFOS E PSEUDOEPÍGRAFES DA BÍBLIA. Organização de Eduardo de Proença. São Paulo: Fonte, 2012.

BACARAT JR., J. C. Plotino; Enéadas, I, II e III; Porfírio, Vida de Plotino. 2006. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de Campinas, Campinas, 2006.

CLEMENT D’ALEXANDRIE. Les Stomates. Introduction, texte critique et index par Alain Le Boulluec; traduction par Pierre Voulet. Paris: CERF, 2006.

EUSÉBIO DE CESARÉIA. História Eclesiástica. Tradução das Monjas Beneditinas. São Paulo: Paulus, 2000.

EVANGELHOS APÓCRIFOS. Tradução dos textos em copta para o italiano por Luigi Moraldi. Tradução de Benôni Lemos e Patrizia Collina Batianetto. São Paulo: Paulus, 1999.

IRINEU DE LYON. Contra as Heresias. Introdução, notas e comentários de Helcion Ribeiro. Organização das notas bíblicas de Roque Frangiotti. Tradução de Lourenço Costa. São Paulo: Paulus, 1995.

THE NAG HAMMADI LIBRARY IN ENGLISH. Translated and introduced by members of the Coptic Library Project of the Institute for Antiquity and Christianity, Claremont, California. San Francisco: Harper San Francisco, 1990.

LAYTON, B. As escrituras gnósticas. Tradução de Margarida Oliva. São Paulo: Loyola, 2002.

TERTULIAN. Apology; De spectaculis. With an English translation by T. R. Glover. Cambridge: Harvard University, 1931

Obras de apoio

ALEXANDRINA SILVA, R. “Afasta-se, Maria de nós, pois as mulheres não merecem a vida”: heterodoxia e ortodoxia nos inícios do cristianismo. In: RAGO, M.; FUNARI, P. P. A. (Orgs.). Subjetividades antigas e modernas. São Paulo: AnnaBlume, 2008.

______. A ambiguidade da ordenação feminina: mulher e subjetividades nas comunidades paulinas nos dois primeiros séculos. Tese (Doutorado em História) – Programa de PósGraduação em História da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.

BRAKKE, D. Los gnósticos. Traducción de Francisco J. Molina de la Torre. Salamanca: Síguem, 2013.

BROWN, P. R. L. A. Nova Antropologia. In: VEYNE, P. (Org.). História da Vida Privada: do Império Romano ao Ano Mil. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. v. 1.

EHRMAN, B. D. Pedro, Paulo e Maria Madalena: a verdade e a lenda sobre os seguidores de Jesus. Rio de Janeiro: Record, 2008a.

______. Os evangelhos perdidos: as batalhas pela escritura e os cristianismos que não chegamos a conhecer. Rio de Janeiro: Record, 2008b.

FOUCAULT, M. Ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense, 2006.

______. História da sexualidade: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984. v. 2.

______. História da sexualidade: o cuidado de si. Rio de Janeiro: Graal, 2005. v. 3.

FUNARI, P. P. ; NOGUEIRA, P. A.; COLLINS, J. (Orgs.). Identidades fluidas no judaísmo antigo e no cristianismo primitivo. São Paulo: Annablume, 2010.

KOESTER, H. Introdução ao Novo Testamento: História e Literatura do cristianismo. São Paulo: Paulus, 2005.

MACMULLEN, R. Christianizing the Roman Empire: A.D. 100-400. New Haven: Yale University Press, 1984.

PAGELS, E. H. Além de yoda crença: o evangelho desconhecido de Tomé. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

______. Os evangelhos gnósticos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.

PERISTIANY, J. G., Honra e vergonha: valores das sociedades mediterrâneas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1971.

PIÑERO, A. Textos gnósticos: Biblioteca de Nag Hammadi. Madrid: Trotta, 2005.

PUCCINI-DERBEY, G. A vida sexual na Roma Antiga. Lisboa: Texto & Grafia, 2010.

SILVA, G. V. A Redefinição do papel feminino na Igreja primitiva: virgens, viúvas, diaconisas e monjas. In: SILVA, G. V.; NADER, M. B.; FRANCO, S. P. (Orgs.). As Identidades no tempo: ensaios de gênero, etnia e religião. Vitória: EDUFES/PPGHis, p. 305-320, 2006.

______. As relações entre o judaísmo e o cristianismo no Império Romano: uma nova interpretação a partir do paradigma culturalista. História da historiografia, n. 5, 2 p. 58-70, 2010.

VEYNE, P. Quando nosso mundo se tornou cristão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

______. Sexo e poder em Roma. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

Downloads

Publicado

30-12-2015

Como Citar

SILVA, Roberta Alexandrina da. Das comunidades a Roma: o feminino nas comunidades gnósticas e o processo de segregação sexual entre os proto-ortodoxos (séculos I-IV). Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos, [S. l.], n. 6, p. 39–57, 2015. DOI: 10.17648/rom.v0i6.11969. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/romanitas/article/view/11969. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: A cidade romana entre a História, a Arqueologia e a Literatura