Das comunidades a Roma: o feminino nas comunidades gnósticas e o processo de segregação sexual entre os proto-ortodoxos (séculos I-IV)

Autores

  • Roberta Alexandrina da Silva

DOI:

https://doi.org/10.17648/rom.v0i6.11969

Palavras-chave:

Gênero, Cristianismo, Identidades, Canônicos, Nag Hammadi

Resumo

Este artigo, primeiramente, debate as relações de gênero nos primórdios do cristianismo, partindo das comunidades paulinas – foi Paulo de Tarso quem definiu uma teologia e uma identidade cristãs – em meados do primeiro século, e depois enfoca as comunidades gnósticas, até o quarto século. Pretende-se analisar os discursos de feminilidade e masculinidade presentes tanto no corpus Paulinum, composto por escritos canônicos, quanto nos textos gnósticos de Nag Hammadi, tidos como não canônicos.

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Publicado

30-12-2015

Como Citar

SILVA, Roberta Alexandrina da. Das comunidades a Roma: o feminino nas comunidades gnósticas e o processo de segregação sexual entre os proto-ortodoxos (séculos I-IV). Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos, [S. l.], n. 6, p. 39–57, 2015. DOI: 10.17648/rom.v0i6.11969. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/romanitas/article/view/11969. Acesso em: 3 maio. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: A cidade romana entre a História, a Arqueologia e a Literatura