Por que (não) existem milagres no Novo Testamento? O ambiente mágico mediterrânico: notas sobre poder e magia antigos
DOI:
https://doi.org/10.17648/rom.v0i9.18480Palavras-chave:
Mística, Religião, Magia, Paleocristianismos, SemânticaResumo
O que o presente texto defende é que o conceito fundamental para se falar de homens divinos que conhecem e manipulam as forças (dýnamis) cósmicas é o poder (dýnamis). É bastante evidente que na bacia mediterrânica a associação entre pessoas (homens divinos, magos, etc.) e poder (dýnamis) conformou um imaginário da magia. É exatamente essa associação que tornou conhecido o homem divino. Talvez por isso o Evangelho de João tenha evitado o seu uso. A advertência, aqui, é para que seja dada a devida atenção antes de se harmonizar a visão dos sinóticos quanto a suas respectivas compreensões de sēmĕîon, ĕrgŏn, tĕras e dýnamis, de um lado, e a visão joanina de sēmĕîon e ĕrgŏn, por outro. Uma vez posta a advertência sobre o risco da harmonização no emprego dos termos e seus respectivos significados e consequências, observada há séculos pela tradição cristã, torna-se imperioso analisar que papel o conceito de poder desempenha na questão semântica e, por conseguinte, na sua importância para a compreensão das experiências místicas mediterrânicas, no geral, e paleocristãs, em particular.Downloads
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