A violência organizada e institucionalizada nas estruturas de poder: processos de fascistização no Brasil da Era Bolsonaro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/e-2022330208

Palavras-chave:

Processos de Fascistização, Brasil, Estado

Resumo

O presente artigo busca analisar os pilares sob os quais vem se construindo um processo de fascistização no Brasil, cuja expressão se revela com mais clareza a partir da ascensão de Jair Bolsonaro ao poder nas eleições de 2018. Iniciaremos com uma breve discussão sobre o conceito de Fascismo e de processos de fascistização a partir de autores do pensamento marxista, desde a compreensão dos modelos “clássicos” até as especificidades latino-americanas. O debate se completa com uma análise sobre a escalada autocrática com claros traços fascistas que se formata a partir do golpe de 2016, explicitando como o poder e a violência se consolidaram como um instrumento de resolução de conflitos políticos a partir da consolidação do governo Bolsonaro e quais foram as principais consequências para o conjunto das lutas da classe trabalhadora no país.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Douglas Ribeiro Barboza, Universidade Federal Fluminense

Doutor em Serviço Social pelo PPGSS - UERJ. Professor Adjunto da Escola de Serviço Social da UFF - Niterói

Referências

CARVALHO, M. S. N. de. Prefácio. In: FREIRE, Silene de Moraes (Org.). Direitos Humanos para quem? Contextos, Contradições e Consensos. Rio de Janeiro: Gramma, 2014.

COGGIOLA, O. A crise global: uma abordagem do período de 2007 a 2012, Porto Alegre: Pradense, 2012.

FREIRE, S. de M. (Org.). Direitos humanos para quem? Contextos, Contradições e Consensos, Rio de Janeiro: Gramma, 2014.

GALEANO, Eduardo. Veias abertas da América Latina: tradução de Galeano de Freitas, Rio de Janeiro, 1979. Ed. 29: editora Paz e Terra.

INDEXMUNDI. Tabela comparativa sobre a taxa de desemprego no Brasil nos anos de 1999 a 2019. Disponível em:<https://www.indexmundi.com/g/g.aspx?c=br&v=74&l=pt>. Acesso em: jul de 2021

LUKÁCS, G. Para a ontologia do ser social, Maceió: Coletivo Veredas 2018.

MARX, Karl. O Capital ‒ Crítica da Economia Política. Livro I, Tomo I, Nova Cultural, São Paulo, 1996.

MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

MAZZEO, Antônio Carlos. Estado e burguesia no Brasil – origens da autocracia burguesa. São Paulo, Boitempo, 2015.

MÉSZÁROS, I. O poder da ideologia, trad. Magda Lopes, São Paulo: Ensaio, 1996.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948. Disponível em <http://www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshu- manos.php>. Acesso em: fev. de 2022.

OXFAM BRASIL. Democracia inacabada: Um retrato das desigualdades brasileira. 2021. Disponível em: <https://www.oxfam.org.br/wp-content/uploads/2021/08/relatorio_democracia_inacabada_vs07.pdf>. Acesso em: mar. de 2022.

REIS, Rossana Rocha. A América Latina e os direitos humanos. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar. São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, 2011, n. 2, p. 101-115.

SARTORI, V. B. Lukács e a crítica ontológica ao direito. São Paulo: Cortex, 2010.

TRINDADE, J. D. de L. Os Direitos Humanos na perspectiva de Marx e Engels: emancipação política e emancipação humana. São Paulo: Alfa-Ômega, 2011.

VAISMAN, Ester. A Ideologia e sua Determinação Ontológica. Revista Verinotio, n. 12, Ano VI, out. 2010.

VEDDA, Miguel. Sobre o ideal e o ideológico no Lukács tardio. In: JINKINGS, Ivana; NOBILI, Rodrigo (Org.). Mészáros e os desafios do tempo histórico, São Paulo: Boitempo, 2011.

Downloads

Publicado

13-09-2022

Como Citar

BARBOZA, Douglas Ribeiro. A violência organizada e institucionalizada nas estruturas de poder: processos de fascistização no Brasil da Era Bolsonaro . Revista Ágora, Vitória/ES, v. 33, n. 2, p. e-2022330208, 2022. DOI: 10.47456/e-2022330208. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/38295. Acesso em: 2 nov. 2024.

Edição

Seção

Direitos Humanos na América Latina: história, política e lutas sociais