Dissident bodies and the sounds of silence
reflections on the music of whiteness in the belle époque of Fortaleza
DOI:
https://doi.org/10.47456/e-20243505Keywords:
Whiteness, music, Belle ÉpoqueAbstract
Our aim is to debate the systemic oppression of dissident bodies propagated in the music of whiteness in Fortaleza's Belle Époque. First and foremost, we understand the Belle Époque as a discourse that operates within the logic of coloniality, imposing a pattern of domination developed by modernity. This pattern affects the reality of bodies placed in dissent in relation to power structures and whiteness as a raciality historically constructed as a fiction of superiority that materially and symbolically benefits white people. The documents analyzed are songs recorded on sheet music and 78 rpm records, as well as correspondence, music books and periodicals. We reflect on these issues based on the reading of authors from the Decolonial Turn, Post-Colonial Studies and Intersectional Feminisms.
Downloads
References
Fontes
A ÓPERA nacional. A Época Teatral, Rio de Janeiro, 27 dez. 1917. In: CORRÊA, Sérgio Alvim. Alberto Nepomuceno. Catálogo Geral. Rio de Janeiro: Funarte, 1996. p. 31.
NEPOMUCENO, A. Medroso de amor: op. 17º, n. 1. Voz e Piano. Paris: Manuscrito, 1894. 1 partitura. In: CORRÊA, Sérgio Alvim. Alberto Nepomuceno. Catálogo Geral. Rio de Janeiro: Funarte, 1996. p. 41-43.
O HYMMO do Tricentenário. A República, Fortaleza, 29 jul. 1903. p. 7.
RAMOS. R. A cozinheira. Intérprete: Mário Pinheiro, Rio de Janeiro, Casa Edison-Odeon, 108134, 1907-1912. 78 rpm.
RANGEL, B. Cabôcla, Piano, Fortaleza: Melografia Gilberto Petronillo, 1955. 1 partitura.
Obras Gerais
AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Editora Jandaíra, 2019.
ANDRADE, M. Cândido Inácio da Silva e o lundu. Revista Brasileira de Música, Rio de Janeiro, v. 10, 1944.
BHABHA, H. O local da cultura. Belo Horizonte, Editora UFMG, 1998.
BALLESTRIN, L. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 11, p. 89-117, maio/ago. 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-33522013000200004
BENTO, M. A. S. Branquitude: o lado oculto do discurso sobre o negro. In: BENTO, M. A. S.; CARONE, I. (orgs.). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 147-162.
CASTRO-GÓMEZ, S. Ciências sociais, violência epistêmica e o problema da “invenção do outro”. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005. p. 87-95.
CAVALCANTE, F. H. B. O Brasil e o Ceará: as notas de viagem de Freire Alemão e Capanema e suas impressões sobre o Ceará. 2013. Dissertação (Mestrado em História e Culturas) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2013.
CÉSAIRE, A. Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Veneta, 2020.
COLLINS, P.; BILGE, S. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2021.
DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
ELÍBIO JR., A. M. et al. Provincializar a Europa: a proposta epistemológica de Dipesh Chakrabarty. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, [s. l.], v. 7, n. 13, p. 61-79, jul. 2015. DOI: https://doi.org/10.14295/rbhcs.v7i13.303
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Ed. UFBA, 2008.
FERNANDES, E. A. História, música e decolonialidade: possibilidades no ensino de História do Ceará. 2023. Dissertação (Mestrado em Ensino de História) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
FERREIRA SOBRINHO, J. H. “Catirina, minha nêga, tão querendo te rice…”: escravidão, tráfico e negócios no Ceará do século XIX (1850-1881). Fortaleza: SECULT/CE, 2011.
FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. Curso no Collège de France (1975-1976). Tradução de Maria E. Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2018.
FREYRE, G. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Editora Global, 2006.
GALENO, J. Lendas e canções populares. 5. ed. Fortaleza: Secult, 2010.
GOMES, A. L. Cultura popular nos arquivos de Mário de Andrade: “Na pancada do Ganzá” e os Fundos Villa-Lobos. Signo, Santa Cruz do Sul, v. 39, n. 66, p. 164-186, 2014. DOI: https://doi.org/10.17058/signo.v39i66.4644
GONDIM, Z. Traços ligeiros sobre a evolução da música no Brasil em especial no Ceará. In: COMMEMORANDO o tricentenario da vinda dos primeiros portugueses ao Ceará: 1603-1903. Fortaleza: Typographia Minerva, 1903.
GONZALEZ, L. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio Janeiro: Zahar, 2020.
GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: HOLANDA, H. B. Pensamento feminista brasileiro: interseccionalidades pioneiras do feminismo negro brasileiro. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 223-244.
GUHA, Ranajit. History at the limit of world-history. New York: Columbia University Press, 2002.
HALL, S. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
HERDER, J. G. Ideas para una filosofia de la historia de la humanidade. Buenos Aires: Editorial Losada, 1959.
KILOMBA, G. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Editora Cobogó, 2019.
LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005.
LUGONES, M. Colonialidade e gênero. In: HOLLANDA, H. B. (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 52-83.
MALDONADO-TORRES, N. Sobre a colonialidade do ser. Rio de Janeiro: Editora Via Verita, 2022.
MARTINS, A. L. R. As ressignificações da cultura popular na obra da compositora Branca Rangel. Revista de História Bilros, Fortaleza, v. 1, p. 44-56, 2014.
MARTINS, A. L. R. Entre o piano e o violão: a modinha e a cultura popular em Fortaleza (1888-1920). 2012. Dissertação (Mestrado em História e Culturas) – Universidade Federal Estadual do Ceará, Fortaleza, 2012.
MIGNOLO, W. A geopolítica do conhecimento e a diferença colonial. Revista Lusófona de Educação, Lisboa, v. 48, n. 48, p. 187-224, 2020. DOI: https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle48.12
RAMOS, G. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1995.
RIBEIRO, D. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.
SCHWARCZ, L. O espetáculo das raças. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG, 2018.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Ágora Journal
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Revista Ágora (Vitória) © 2005 by Universidade Federal do Espírito Santo is licensed under Attribution-ShareAlike 4.0 International