Controle da oxidação fenólica no cultivo in vitro de Astronium urundeuva (M. Allemão) Engl.
DOI:
https://doi.org/10.47456/bjpe.v9i3.40683Keywords:
Aroeira do sertão, Brotações juvenis, AntioxidanteAbstract
Astronium urundeuva (aroeira-do-sertão) é uma das espécies nativas com potenciais silviculturais para exploração madeireira. No cultivo in vitro da espécie tem-se observado dificuldades como a oxidação fenólica, principalmente a partir de explantes coletados de árvores matrizes adultas. Dessa forma, a utilização de explantes originários de sementes é uma alternativa para a propagação da espécie, a fim de minimizar a oxidação. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar a ação de ácido ascórbico, carvão ativado e polivinilpirrolidina no controle da oxidação fenólica no cultivo in vitro de A. urundeuva. Brotações apicais obtidas a partir de plântulas de A. urundeuva germinadas in vitro foram utilizadas como explantes. Esses foram subcultivados em meio de cultura MS 50%, acrescido dos antioxidantes ácido ascórbico (0,2; 0,4; 0,6 e 0,8 mg.L-1) carvão ativado (3,0; 6,0; 9,0 e 12 g.L-1) e polivinilpirrolidona (0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 g.L-1). Apos o cultivo in vitro, o ácido ascórbico, carvão ativado e PVP nas concentrações de 0,2 mg.L-1, 12 g.L-1 e 1,5 g.L-1 respectivamente, foram efetivos no controle de oxidação fenólica. O carvão ativado nessa concentração controlou totalmente a oxidação fenólica das plântulas. Os resultados deste trabalho demonstram a viabilidade dos antioxidantes na minimização dos efeitos da oxidação fenólica, especialmente com o uso do carvão ativado e abre perspectivas para maiores estudos de micropropagação de A. urundeuva, tanto de materiais genéticos juvenis quanto adultos, contribuindo para a sua conservação e auxiliando em trabalhos de melhoramento genético da espécie.
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