SOCIEDADE, SOCIEDADES: EPISTEMOLOGIA PARA ESTABELECER PRINCIPIOS DE UMA TEORIA SOCIAL DA ENUNCIAÇÃO
Abstract
Em “Estrutura da língua, estrutura da sociedade”, encontramos uma das afirmações do linguista Émile Benveniste mais criticadas por algumas vertentes da Sociologia, qual seja, a de que a língua inclui a sociedade, mas que a sociedade não inclui a língua. (PLG I, p. 98). Não pretendemos analisar detidamente tal crítica. Este artigo procura estabelecer os fundamentos epistemológicos para a discussão e a formação conceitual de uma rede conceitual em torno da noção de “sociedade” a partir do ponto de vista de uma teoria da linguagem. (BOUQUET, 1998; FLORES, 2005; NORMAND, 2006; NORMAND, 2009). Inicialmente, apresentamos uma discussão epistemológica sobre a necessidade de se constituir seja uma “linguística”, seja uma “teoria” da enunciação para pensar as relações entre língua e sociedade. (FLORES, 2001; FLORES, 2012; FLORES, 2013; TEIXEIRA, 2000). Em seguida, faremos uma leitura de alguns dos textos de Benveniste que abordam a noção da sociedade, a saber, os capítulos “Cidades, comunidades” e “A hospitalidade” de O vocabulário das instituições indo-europeias I. Essa leitura serve para elaborar Princípios de uma Teoria Social da Enunciação, entre os quais, o de que noção de sociabilidade depende da capacidade de um povo produzir em sua língua dupla designação para si mesmo a partir de sua ‘pátria’ e a partir do ‘estrangeiro’.
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